O principal projeto para o país, votado na Câmara, na opinião do deputado Bohn Gass (PT/RS), foi a reforma tributária, “é o que importa para o Brasil. Isso foi uma sinalização boa. A nossa luta permanente, na retomada, nos projetos para que Minha Casa, Minha Vida, os empregos, o reajuste do salário mínimo, a igualdade do salário mínimo entre homens e mulheres, o financiamento que nós estamos alocando para resolver a indústria nacional”.
Baixar juros
Para o parlamentar gaúcho, “baixar os juros do Banco Central é uma luta de todos nós: do Lula, do Haddad, é o que conta. Isso fez com que a economia crescesse, crescesse mais do que havia a expectativa dos economistas, que nós fechássemos um período onde as pesquisas do próprio DIEESE, do IBGE, do Instituto PNAD, que foram feitos mostram que nós temos uma diminuição dos desempregos, que no primeiro trimestre do ano passado era 8.75 e agora é 7.75, da diminuição do desemprego”.
Folha dos assalariados
Bohn Gass afirmou, “nós tivemos um crescimento da folha dos assalariados com carteira assinada, nós tivemos a percepção salarial também aumentada. Isso é um grande resultado do governo do presidente Lula, independente da forçação de alguns setores aqui na Câmara dos Deputados que tentam votar pautas de costumes, que tentam fazer polêmica sobre fatos que são somente para fazerem demarcação política ou lacrar, como dizem nas redes sociais”.
Pena pelo aborto
Para o deputado Bohn Gass, “a votação que foi feita aqui, não foi sobre o aborto. A votação é tornar assassina, uma criança estuprada, que nesse caso é aborto legal, autorizado onde a pena da menina que foi estuprada é maior que a do estuprador. Isso foi rechaçado pela sociedade. A pesquisa que foi feita pela própria Casa aqui, mostra que mais de 80% das pessoas negaram nós darmos aqui, por isso é que nós votamos contra, uma pena maior para uma criança do que a pena em relação ao estuprador. Criança não é mãe e estuprador, não é pai. É esse o debate que nós temos que fazer. É uma hipocrisia a gente fazer um discurso defendendo a vida, assassinando uma criança, dando uma pena maior para ela. Esse projeto não pode passar na Câmara”.
Jogos de Azar
O projeto de lei que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalos, foi aprovado pela Comissão de Justiça e Cidadania do Senado, nesta quarta-feira (19). O texto segue agora para votação no Plenário do Senado.
Precisa de um regramento
“Os jogos de azar existem hoje”, afirmou o deputado Bohn Gass. Ele acrescentou: “em torno deles, tem muita lavagem de dinheiro, tem muita corrupção. No meu entender, eles precisam ter um regramento que permite que se diminua esse processo de lavagem de dinheiro, que haja um tratamento contra o jogo contumaz, aqueles que se perdem nos jogos, que haja, já que o Estado brasileiro precisa assumir segurança, controle, saúde, conjunto de elementos que ele tem que gastar, com o jogo que é ilegal, que haja também arrecadação para que o Estado regule, evite corrupção, evite jogo contumaz, evite prejuízos à sociedade e que com isso, tenha recursos para dar qualidade de vida, e outras opções para as pessoas”.
Análise mais profunda de projetos
Na opinião de Bohn Gass, “com a situação infeliz que houve da forçação de pena ser maior para a criança, do que para o estuprador, haverá uma análise mais profunda antes de tramitar projetos que são só para demarcar espaço político ou criar um ambiente desses conceitos, que a extrema direita, infelizmente, presente no mundo, também se manifeste aqui onde ela tem interesse de só votar esse tipo de pauta”.
Entrevista de Lula
Para o petista, “é importante que tu tenhas um presidente da República, que tenha opinião, que numa sociedade democrática ele possa manifestá-la”. Bohn Gass defende, “o presidente Lula deveria falar com a sociedade, mais vezes”.
Líder mundial
“O Lula é um dos maiores líderes mundiais e nós vivemos um conceito, através das redes sociais hoje que, infelizmente, a extrema direita se mantém, de forma violenta e bruta, por isso ela quer armas; com muito dinheiro”, acentuou Elvino Bohn Gass, assinalando, “por isso que ela é patrocinada pelos ricos no mundo. Em terceiro lugar, ela precisa da mentira. Por isso, ela não quer regulamentar a fake News, essa onda de fake News, que cresceu muito, quer impedir que o Lula possa se manifestar, por isso, eles deturpam, lacram só seus interesses, deturpam as mensagens que o Lula faz para a Nação brasileira. É importante que o Lula faça e eu defendo, uma coletiva imprensa aberta, livre, a cada semana e até mais vezes durante a semana”.
Prejudicando a economia
No entendimento do congressista, “o presidente da República, tem que se comunicar com seu povo e o que o Lula faz, é exatamente isso, colocando vários pontos importantes dessa pesquisa de hoje, por exemplo que eu queria destacar. Para mim, a mais importante, é o que ele vem dizendo nos últimos dias: se continuar pelo Banco Central os juros altos, vai prejudicar a economia do nosso país, vai prejudicar o agricultor que quer produzir com juros mais baixos, vai prejudicar a indústria que quer investir em um financiamento mais barato, vai fazer as pessoas pagarem mais caro e, se nós tivermos uma inflação crescendo, os juros continuam mais altos ainda”. O deputado alerta: “ aí, vem a velha tese do desajuste fiscal”.
Consumo e produção
Bohn Gass lembra que, “o Bolsonaro e o Paulo Guedes, no Governo anterior ao do Lula, faziam: “ah, não podemos gastar, porque a indústria vai produzir mais, a indústria não está preparada e, com isso, foram destruindo a nossa indústria”. Ele acrescentou, “nós queremos que o governo gaste, que o governo coloque recursos, que o povo possa consumir, que a indústria possa produzir. Por isso, que nós damos condições, com um salário mínimo acima da inflação e para isso, não pode ter juro alto”. Na visão do deputado petista, “o Lula está corretíssimo, ele tem dito isso, que hoje o Campos Neto está destruindo e prejudicando a economia brasileira”.
BC atrapalha crescimento
“Nós já crescemos mais que o governo passado, mas se não fosse o Banco Central, com esse juro alto, nós teríamos crescido mais ainda o nosso país”, acentuou Elvino Bohn Gass.
Relação com o Congresso
Questionado sobre a relação do Governo Lula, com o Congresso Nacional, o deputado Bohn Gass afirmou, “nós precisamos ter uma ação mais forte em debate na sociedade, para que as regras do Estado republicano de um Estado com regime presidencialista, funcione”. Para o congressista, “não é razoável que o orçamento seja tão grande administrado pelo Parlamento. Isso é uma grande contradição”.
“Poder do Congresso sob o Executivo”
Para Bohn Gass, “é exatamente o poder que o Congresso impõe ao Executivo, é sobre o mando financeiro do orçamento, que tem que ser coordenado, a partir do Executivo. Essa é a grande distorção”.
Distorção política
O parlamentar pontua que é contra, “inclusive, aqui já teve até emenda secreta, hoje, são viabilizadas de outras formas, as emendas de comissão, de bancada. Acho que isso é um dos maiores temas da distorção política, que tem no regime presidencialista, e o Lula tem sido muito claro sobre isso, no sentido também de fazer suas ponderações, porque isso empodera demais um Congresso sobre o Executivo, um Executivo que foi eleito para essa função, no regime presidencialista. Acredito que esse é um grande tema, que nós precisamos continuar debatendo e aprofundando porque é exatamente, o comando sobre o orçamento e que decide a grande influência do Congresso sobre o Executivo”.
Direito do trabalho decente
Bohn Gass concluiu afirmando, “o Lula reposicionou neste período, o Brasil na conjuntura mundial. O Lula está sendo, neste ano, o presidente do G20, dos 20 países, organismos mais ricos e poderosos do mundo; no G7, que são os sete mais fortes do mundo, o Lula foi chamado e foi ouvido”. O parlamentar destacou também que, “o Lula foi agora para OIT (Organização Internacional do Trabalho) em Genebra, participar da coalisão, em relação ao direito do trabalho decente. Em todas as áreas, o Brasil está presente”.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa