Por Edgar Lisboa
Os voluntários estão fazendo a diferença neste momento triste pelo que passa o Rio Grande do Sul. Em tragédias como a que atinge o povo gaúcho, os voluntários desempenham um papel vital no salvamento de vidas, e, na recuperação e reconstrução das comunidades afetadas. Está certo o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, quando pede para todos olharem para esses heróis anônimos que oferecem ajuda prática, apoio emocional e solidariedade às vítimas e suas famílias, que por solidariedade concentram seu tempo pensando apenas no sentido social, auxiliando quem perdeu tudo.
Sentimento de União
Paulo Pimenta exalta o trabalho dos heróis anônimos, que fazem a diferença (Crédito: reprodução, vídeo do ministro)
Os voluntários ajudam na busca e resgate de sobreviventes, na distribuição de alimentos e água, na organização de abrigos temporários e na mobilização de recursos e doações. “Pessoas que perderam quase tudo e repartem um pouco do que sobrou, com cozinha comunitária, com ajuda, abrigando, e dando apoio. Então se tem um personagem nesta história que merece todo o nosso respeito, e nós temos que de alguma maneira enxergar isso, é essa figura voluntária, o gaúcho, a gaúcha, anônimos que estão fazendo a diferença. Mais do que o poder público neste momento”, atestou Paulo Pimenta, ao Repórter Brasília.
Brasília pelo Sul
Em Brasília, o Governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, entrou forte na campanha de solidariedade ao Rio Grande do Sul. O governador Ibaneis Rocha (MDB), enviou ao Estado bombeiros, especialistas policiais e equipamentos, que já atuam no resgate da população, além de promover campanhas para doações. Mobilizações da sociedade pedem cobertores, água, roupas e itens de higiene para ajudar a população vulnerável no estado gaúcho, que são levadas pela FAB.
Senado lança campanha
Além do trabalho intenso que vem sendo liderado pelo presidente Rodrigo Pacheco, na agilização para liberação de verbas e outras providências legais, o Senado Federal promove campanha para arrecadação de 5 mil cobertores. A iniciativa foi planejada pela diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, e pela Liga do Bem.
UNB e UFRGS
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o DCE da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), também estão se movimentando para receber doações e entregar diretamente na Base Aérea de Brasília.
PIX Oficial
O Escritório do Rio Grande do Sul, em Brasília, vem atuando em todas as frentes, tanto no Congresso Nacional, Governo Federal, e inclusive com autoridades e gaúchos do Distrito Federal. O secretário José Henrique Pires, lembra que o Pix oficial “SOS Rio Grande do Sul” continua ativo e apto a receber contribuições de pessoas físicas e jurídicas. “O CNPJ (92.958.800/0001-38) é a chave Pix do governo do estado na conta do Banco do Estado do Rio Grande do Sul”, referenda o secretário, destacando o que tem informado a Defesa Civil.
Zoológico de Brasília
A partir desta terça-feira (7), a fundação receberá doações para as famílias de quem trabalha em zoológicos na região afetada pelas fortes chuvas no Sul do país
Em uma iniciativa que visa auxiliar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, o Zoológico de Brasília está promovendo uma campanha solidária para arrecadação de alimentos não perecíveis, água potável, roupas, agasalhos, cobertores, produtos de higiene e outros itens essenciais.
Essas doações têm como destino as famílias dos trabalhadores dos zoos do Rio Grande do Sul, que foram impactadas pela tragédia. De acordo com o diretor-presidente do Zoológico de Brasília, Wallison Couto, a ação é uma forma de mostrar que as instituições estão unidas.
Arte: Zoológico de Brasília
Nos próximos dois fins de semana, quem doar qualquer item da lista de necessidades terá direito a meia entrada no parque, no valor de R$ 5
“O Zoológico de Brasília se solidariza com a situação que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Por isso, a partir desta terça, nós seremos um ponto de coleta de alimentos, roupas, produtos de higiene e tudo que seja para contribuir. Cada gesto de solidariedade conta e faz a diferença nesse momento difícil”, anunciou Couto.
Comida para animais em situação vulnerável
Além disso, o Zoológico está arrecadando ração para cachorros e gatos, visando ajudar os animais que também estão em situação vulnerável devido às enchentes. A fundação estará recebendo as contribuições durante as próximas semanas.
Corrente de solidariedade
Para estimular ainda mais essa corrente de solidariedade, o zoo de Brasília oferece um incentivo especial: nos próximos dois fins de semana, quem doar qualquer item da lista de necessidades terá direito a meia-entrada no parque, no valor de R$ 5. As doações podem ser feitas na entrada do zoológico, das 8h às 17h, todos os dias. GDF envia água potável e reúne doações para o Rio Grande do Sul
Equipes do DF já realizaram 80 resgates em cidades gaúchas
Gaúchos mobilizados
A gaúcha Teresa Cristina Machado, que mora em Brasília, foi até a Base Aérea na FAC, levar suas doações. A jornalista, que tem família em Porto Alegre e em diversas cidades afirmou:“ Fiquei muito preocupada, principalmente, após ver , na TV, aquelas imagens com pessoas em desespero. Juntei o que podia e fui até a FAB”. Teresa Cristina resume o sentimento de solidariedade de todos: “É muito emocionante ver essa fraternidade que a sociedade está tendo com o Rio Grande do Sul”.
Doações de donativos
A Força Aérea Brasileira (FAB) continua recebendo donativos para distribuição às vítimas das enchentes. As bases de Brasília, São Paulo e Galeão estão abertas para a entrega de donativos como roupas, colchonetes, água potável e gêneros alimentícios não-perecíveis.
Mobilizações no DF
A Ordem dos Advogados do Distrito Federal também se mobilizou para ajudar o estado. As doações podem ser feitas na sede da OAB-DF, na 516 norte. A vice-presidente Lenda Tariana destaca que “a gente precisa sensibilizar as pessoas para essa situação. Imagina não ter um colchão e um cobertor para dormir ou um lugar para colocar as crianças”.
Dívidas Rurais
O Governo Federal vai suspender as dívidas rurais dos produtores do Rio Grande do Sul, pelo menos por 90 dias. Carlos Joel da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, afirmou: “é o nosso pedido ao Governo Federal, que suspenda tudo por 90 dias para que a gente tenha tempo depois de trabalhar uma coisa mais concreta”.
A Coluna Repórter Brasíliaé publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa