Para saber o que pensa a população brasileira e ir mais fundo na utilização plena para a Associação Brasileira de Internet (Abranet) lança junto com o ITS, o Conselho de Inteligência Artificial e Sociedade. A presidente da Abranet, Carol Conway, explica que “todos estão percebendo que existe uma evolução em curso, muito mais rápida, inclusive, do que as outras fases da internet, quando nos deparamos com as tecnologias mais recentes, porém antes da inteligência artificial”.
Exemplo de Taiwan
“Percebemos também que existe um movimento regulatório que vem da Europa, mas que vem também de outros lugares, com propostas muito inovadoras como a de Taiwan, de consultar a sociedade para entender o que se quer dessa nova era da inteligência artificial”, afirmou Carol Conway.
Marco Civil
A Abranet foi bastante protagonista na construção do Marco Civil, assim como o ITS, Instituto de Tecnologia e Sociedade e todas as outras associações instituto que contribuíram à época. “Nós pensamos porque não juntar os maiores especialistas, juntar todos num Conselho, mas juntar grandes especialistas nos temas u mais nossa afligem e entender o que a gente quer da inteligência artificial. Montamos esse Conselho e lançamos um website para todos entrarem aqui o que pensam da ia. A nossa pergunta é: O que o Brasil quer da inteligência artificikal ?
Formar nossa posição
Com todas as colaborações da sociedade, poderemos formar a nossa opinião e colocar o Conselho para colaborar com essa nova onda de regulação, acentua Carol Conway.
Campus Party
A consulta começa em maio, “vamos fazer diversas rodadas, principalmente em parceria com a Campus Party – que realiza eventos de tecnologia em todo o Brasil e reúne milhares de pessoas interessadas em tecnologia, haverá sessões presenciais para debater a regulação da Inteligência Artificial nas próximas edições do event”, anuncia a presidente da Abranet.
Eventos agendados
A última Campus Party, realizada em Brasília, reuniu 150 mil pessoas. Há novas edições agendadas em 10 cidades do país nos próximos meses.
Consulta Online
Nós vamos começar online, então está aberto e não tem prazo de encerramento. Mas nós também vamos fazer essa consulta ao longo do calendário da Campus Party, durante o ano.
Todos podem se cadastrar pelo site que nós vamos informar todos os próximos movimentos dessa consulta.
Brasil é diferente
Carol Conway, avalia que “a Europa ela é ótima nesta questão de técnica legislativa e, realmente está terminando de aprovar um projeto. Mas esse tema ele nos preocupa muito de simplesmente copiar a legislação europeia porque o Brasil é muito diferente da Europa, em termos de equidade digital. Nós precisamos pensar que no Brasil, em como posicionar os novos empreendedores nessa era da inteligência artificial, como uma política industrial”.
Modelo de Taiwan
Carol Conway atesta que “nós gostamos de todo esse modelo que a gente pode olhar na Europa, mas nós trabalhamos, por exemplo, com o modelo de Taiwan, nós vamos perguntar à população, o que a população quer, o que os empresários, os jornalistas querem. E a partir daí, vamos formar nossa opinião. Nós estamos num portal e está tudo muito avançado”.
Discussão democrática
O objetivo do conselho é organizar uma consulta pública aberta à ampla participação para discutir a regulamentação da inteligência artificial no Brasil. Para isso, o primeiro ciclo da consulta será responder, no site, a seguinte pergunta: “O que o Brasil quer da Inteligência artificial”?
Modelo de lei
A partir da resposta a essa pergunta, a segunda fase da consulta irá redigir um modelo de lei para a inteligência artificial que reflita as necessidades e anseios do país nessa área, conforme os consensos forem sendo alcançados.
Amplo processo de participação
“A inteligência artificial é uma tecnologia que afeta a vida de todas as pessoas. Por essa razão, ao caminho a ser seguido para sua regulação é o processo amplo de participação. Outros países estão fazendo o mesmo, como os EUA e Taiwan. A Europa também seguiu esse caminho para a elaboração da sua lei. Em nosso país temos o exemplo do Marco Civil da Internet, que foi construído por meio de um processo amplo de participação e foi reconhecido mundialmente como exemplo, tanto por seu processo quanto por seu resultado. Com o tema da inteligência artificial podemos fazer o mesmo e melhor.
O que temos hoje no ChatGPT 3.5
“A inteligência artificial representa uma oportunidade significativa para o Brasil em diversos setores, incluindo saúde, agricultura, educação, indústria e serviços. Ela pode impulsionar a eficiência, a inovação e o crescimento econômico, além de oferecer soluções para problemas complexos.
No campo da saúde, por exemplo, a IA pode ajudar na análise de dados médicos, no diagnóstico de doenças e na personalização de tratamentos. Na agricultura, pode otimizar o uso de recursos, prever safras e auxiliar no manejo de cultivos. Na educação, pode fornecer ferramentas de ensino personalizado e adaptativo.
Na indústria, a IA pode melhorar processos de produção, aumentar a segurança e reduzir custos. Nos serviços, pode aprimorar a experiência do cliente, oferecer suporte ao cliente 24 horas por dia e agilizar processos administrativos.
No entanto, é importante que o Brasil também esteja atento aos desafios, como a necessidade de investimento em infraestrutura digital, a questão da ética e da privacidade dos dados, e a preparação da força de trabalho para lidar com as mudanças que a IA trará para o mercado de trabalho.”
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa