Enchentes no Rio Grande (Pompeo de Mattos)

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Apresentado na Tribuna da Câmara
Pompeo de Mattos

 Enchentes no Rio Grande 

Meu Rio Grande alvissareiro

Pago santo abençoado

Torrão bendito e sagrado

De um povo bravo e altaneiro

Que escolheu ser brasileiro

Combatendo o bom combate

E que ao final, no arremate

Redesenhou a geografia

Transformando em poesia

Os mais duros dos embates

II

Mas hoje os tempos são outros

E os embates diferentes

Pois a natureza inclemente

Já machucada e ferida

Maltratada, incompreendida

Numa reação natural

Trouxe, chuvarada, temporal

Tempestades e enchentes

Catástrofes que nossa gente

Nunca tinha visto igual

III

As mudança do nosso clima

Provocada pelo EL NINHO

Alterou os ventos marinho

Levando chuvas pra serra

Deslizando a mata, a terra

Pro Paranhana, Sinos, Gravatai

Pro Caí, Rio Pardo e Rio Jacui

A água encheu cada vale

Mas não há nada que se iguale

As cheias do Antas e Taquari

IV

As águas feito avalanches

Foram dizimando cidades

Deixando em calamidade

Alguns Milhões de flagelados

Homens e animais afogados

Com cenas sem precente

Onde o povo mais carente

Da serra, dos vale à capital

Viram uma enchente mortal

Judiando de tanta gente

V

A capital dos gaúchos

Com as águas vindas de riba

Viu as margens do Guaiba

Chegar na rua da praia

Cruzando o risco da raia

Pra ocupar o que era seu

Pois o Rio nunca esqueceu

Onde era o “Praia de Belas”

E invadiu portas e janelas

Porto Alegre inteira sofreu

VI

A tragedia que fica pra história

Revela, a bem da verdade

Correntes de solidariedade

Nos 4 cantos do Rio Grande

Em qualquer lugar que ande

Tem legiões de voluntários

Com este povo extraordinário

Veio o exército e bombeiros

E coração dos brasileiros

Mostrou o quanto é solidário

VII

O Brasil provou sua força

Com gestos de carinho doação

E cada estado da nação

Mobilizou sua gente

E a esta grande corrente

Vai a nossa gratidão

Afinal, somos todos irmãos

E na pátria verde e amarela

O gaúcho é o sentinela

Que leva, o Brasil no coração

VIII

O momento de angústia e dor

Vai deixar muitas lições

Pra que as novas gerações

Respeitem a natureza

Pois vivemos a incerteza

Por culpa dos nossos atos

Mudança do clima, são fatos

Que devem ser enfrentado

Pois o retrato do passado

É quem nos mostra o futuro

E pro mundo ficar seguro

O planeta, precisa ser respeitado

Deputado Pompeo de Mattos,PDT/RS (Autor)

 

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