Um mundo verdadeiramente humano

Reginete Bispo (Crédito: Mário Agra, Câmara dos Deputados)

Alguns temas abordados por parlamentares fizeram a diferença, esta semana, no Congresso Nacional. Em meio a um turbilhão de críticas e palavras que assustam, a deputada Reginete Bispo, do PT, do Rio Grande do Suldefendeu “um mundo verdadeiramente humano, que seja movido pela coragem, pela solidariedade e acima de tudo pelo amor”.

Declaração dos Direitos Humanos

A deputada Reginete Bispo destacou na Câmara, os 76 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Um documento que simboliza a esperança de um mundo mais justo, livre e igualitário. Mas ao olharmos ao nosso redor, percebemos que a igualdade ainda é uma distância longa a ser percorrida para muitos”.

Luta continua, incansável e coletiva

“O racismo, a violência de gênero, a exclusão das pessoas com deficiência, dos idosos, a fome e tantas outras formas de prisão, revelam que a luta pelos direitos humanos precisa ser contínua, incansável e coletiva” afirmou a deputada.

Vítima das desigualdades

Segundo a parlamentar, “no Brasil, a população negra representa mais da metade do povo, mas continua sendo a maior vítima das desigualdades estruturais. Os jovens negros têm quase três vezes mais chances de serem assassinados do que os jovens não negros. As mulheres negras, nós mulheres negras, somos as principais vítimas do feminicídio”, acentuou Reginete Bispo.

Pessoas com deficiências

“Da mesma forma, as pessoas com deficiência enfrentam barreiras que muitas vezes se tornam invisíveis em nossa sociedade. A falta de acessibilidade, de oportunidades no mercado de trabalho e, de inclusão nos espaços públicos, mostra o quanto ainda precisamos avançar”, alerta a congressista.

Violência de gênero

Para a deputada gaúcha, “os direitos humanos não podem ser privilégios, eles precisam alcançar cada pessoa, independentemente da sua condição ou suas capacidades. Não podemos esquecer das mulheres que enfrentam diariamente a violência de gênero, as desigualdades e a sobrecarga das jornadas”.

Quilombolas, indígenas e LGBT

Reginete Bispo chama atenção para o trabalho dos quilombolas que seguem lutando por reconhecimento e direito ao acesso a terra; dos indígenas que veem suas terras e culturas ameaçadas, da população LGBT que ainda são alvos de preconceito e violência, das tradições de matriz africana que sofrem o racismo e a intolerância cotidianamente. Cada pessoa carrega em si múltiplas identidades que se cruzam e amplificam direitos e discriminações”.

Jornalistas assassinados

104 jornalistas assassinados até agora em 2024, informa a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). Em 10 de dezembro de 2024, a FIJ contabilizou 520 jornalistas presos; o que representa um aumento acentuado em comparação com 2023 (427) e 2022 (375). “Estes números tristes mostram mais uma vez quão frágil é a liberdade de imprensa, e quão arriscada e perigosa é a profissão de jornalista”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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