Novo esforço concentrado

A Câmara dos Deputados cumpriu nesta semana, a primeira etapa do “Esforço Concentrado”, convocado pelo presidente Arthur Lira (PP/AL), para analisar várias prioridades de votação deste segundo semestre por causa das eleições municipais.  Duas semanas de esforço concentrado foram programadas para agosto. A primeira terminou na madrugada desta quinta-feira (15). Agora os parlamentares voltam às suas bases para dar suporte aos candidatos às eleições municipais. Retornam à Brasília, para mais um “esforço concentrado” nos dias 26,27 e 28. O próximo será nos dias 09,10 e 11 de setembro.

Pressionando o governo

A bancada gaúcha, nesta semana, focou principalmente na cobrança dos recursos, anunciados pelo governo federal, à recuperação do Estado, com o agronegócio pedindo socorro para sobreviver. Na mesma linha das manifestações anteriores, os deputados cobram, com veemência, uma posição do governo sobre o auxílio ao Estado.

Recursos para o agronegócio

Alceu Moreira (Crédito: Mário Agro, Câmara dos Deputados)

“Não desejo transformar esse espaço para utilizar de um velório, para fazer comício. Velório não é para comício. Nós temos que saber, querendo ou não querendo, a solução. A única que existe, está aqui no governo federal, que é quem pode buscar recursos, emitir moeda, inclusive para o endividamento, e salvar o Rio Grande do Sul. A afirmação é do deputado Alceu Moreira (MDB/RS).

Decreto regulamenta o impossível

Na avaliação de Alceu Moreira, “a Medida Provisória é insuficiente, o Decreto regulamenta o impossível, atende um pouquinho da Agricultura Familiar. Nós temos que achar uma solução. Eu sou oposição ao governo, quero buscar solução. Tenho tristeza, abatimento com isso”.

Rio Grande de joelhos

Segundo Alceu Moreira, “o Rio Grande do Sul está de joelhos, está de castigo, nós não merecemos isso. O que estão fazendo conosco é um desprezo completo. Este diagnóstico está absolutamente claro no governo federal que, até agora, não fez absolutamente nada. O que nós temos é uma carga publicitária gigantesca. Quero pedir à União para que faça uma Comissão Especial Permanente em Brasília, e que os Produtores que saiam daqui até encontrar uma solução”.

Intensificam-se as pressões

Afonso Hamm

Sem resposta ainda das reivindicações reapresentadas ao Ministério da Agricultura, os produtores e parlamentares gaúchos intensificam as pressões contra o governo federal. Na opinião do deputado Afonso Hamm (PP/RS), “não precisa mais de diagnóstico. É a maior tragédia do Rio Grande, é a maior tragédia do agro que se tem conhecimento”.

MP sem conteúdo

Para Afonso Hamm, “a busca de diálogo com o ministro, e a busca de soluções, já teve tempo, já acabou. O Governo Federal transferiu para o Congresso a responsabilidade que é dele”. No entender do parlamentar, “é responsabilidade do governo federal fazer uma Medida Provisória que nós pedimos, com conteúdo necessário. O que o governo fez foi uma Medida Provisória em pleno recesso do Congresso, sem conteúdo nenhum”.

Nas bases, cobranças continuam

Os deputados prometem que, mesmo em campanha nas bases, estarão com os produtores, dando continuidade à cobrança para que o governo acelere o envio de recursos ao Rio Grande do Sul.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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