Mais chuvas no Rio Grande do Sul deixam 1,3 mil pessoas fora de casa

Chuvas intensas causam estragos em cidades do Rio Grande do Sul. — Foto: Prefeitura Municipal de Segredo

Pelo menos uma pessoa morreu por causa da chuva que atinge o Rio de Grande do Sul desde segunda-feira. Conforme a Defesa Civil, o temporal afetou ao menos 33 cidades e deixou mais de mil e trezentas pessoas fora de casa.

Em Candelária, no Vale do Rio Pardo, os bombeiros encontraram o corpo de mulher de 54 anos que estava em um carro arrastado pela água. O marido dela, de 65 anos, que também estava no carro, está desaparecido.

A chuva, acompanhada de vento forte e granizo em algumas regiões, afetou residências, alagou ruas e deixou rodovias bloqueadas. Há pelo menos nove trechos com bloqueio total.

Em alguns municípios, as aulas foram suspensas em razão do tempo instável.

Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia, há alerta de “grande perigo” para alagamentos, transbordamentos de rios e deslizamentos de encostas, principalmente nas Missões e no centro do Estado. O acumulado de chuva pode chegar a 100 milímetros e os ventos, a 100 quilômetros por hora.

Alerta de “perigo potencial”

Há, ainda, alerta de “perigo potencial” para a região da divisa com Santa Catarina. Famílias precisaram deixar suas casas em diversas cidades, como Santa Maria, Jaguari e Encruzilhada do Sul. 17 cidades suspenderam totalmente as aulas na rede municipal de ensino.

Ronaldo Nogueira pede aos parlamentares aprovação de projeto, de sua autoria, que institui o Plano Nacional de Prevenção e Mitigação de catástrofes

Deputado Ronaldo Nogueira (Republicanos/RS)

O deputado Ronaldo Nogueira (Republicanos/RS) pediu a aprovação do Projeto de Lei nº 2.144, de 2024, de sua autoria, que tem o objetivo de instituir o Plano Nacional de Prevenção e Mitigação dos Efeitos de Catástrofes. O parlamentar argumenta que o Brasil é a quinta maior extensão territorial do mundo e é um país que tem diversidade no solo e no clima.

Ronaldo Nogueira destaca a importância do projeto de lei porque “seguidamente, neste território imenso, continental, que é o território brasileiro, em algum Estado da Federação, acontece algum evento climático que traz problemas para a população”.

O Estado do Rio Grande do Sul alerta o republicano gaúcho, nesta segunda-feira, foi novamente afetado por um evento: vento, granizo, chuva. Trinta e três municípios foram afetados diretamente no Vale do Rio Pardo e na fronteira oeste”.

Ronaldo Nogueira conta que recebeu ligação telefônica do vice-prefeito do Município de São Francisco de Assis, Miguel Lamberty, e o Vereador Gelson Leal, que mandaram imagens do que ocorreu naquele Município: destruição das estradas vicinais, destruição de pontes. Nogueira afirmou, da tribuna, que quem é mais afetado diretamente são os produtores rurais e as pessoas que moram na periferia”.

O parlamentar lamenta que “mais uma morte ocorreu por conta desse advento. Mais de 200 milímetros de chuva trouxeram novamente inundação e destruição para o Estado do Rio Grande do Sul, principalmente no Vale do Rio Pardo”.

Segundo Ronaldo Nogueira, “sempre que ocorrem esses adventos da natureza, não ocorrem só no Rio Grande do Sul; outras Unidades da Federação são afetadas diretamente. Então, os Prefeitos, da população afetada precisam sair correndo atrás de socorro, buscando ajuda no Governo Federal, no Governo Estadual e também nos Governos Municipais”.

“Nós defendemos que, dos 220 fundos públicos existentes, que têm amarrados mais de 280 bilhões de reais, algum seja extinto, e seja criado um fundo público para socorro, de forma natural e rápida, quando acontecem esses adventos”, defende Ronaldo Nogueira.

O parlamentar e ex-ministro do Trabalho critica “a burocracia do serviço público brasileiro, muitas vezes, atrasa”. Nogueira quer que “a ação, o socorro do serviço público aconteça de forma eficaz e eficiente, conforme a necessidade das pessoas”.

O deputado concluiu acentuando que “estamos trabalhando e contando com a sensibilidade, a empatia desta Casa, para que esse projeto seja votado e aprovado”.

Portal Repórter Brasília, Edgar Lisboa

 

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