Evangélicos escolhem seu novo líder

Otoni de Paula e Gilberto Nascimento (Crédito: Mário Agra, Câmara dos Deputados)

A escolha do novo líder da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, que sempre foi por consenso, está provocando divisões. A disputa é entre os deputados Otoni de Paula (MDB/RJ), aliado do governo Lula, e Gilberto Nascimento (PSD/SP), vinculado ao bolsonarismo, que pode levar à escolha para votação.

Dois candidatos da Assembleia de Deus

A escolha do nome para presidir a Frente Parlamentar Evangélica acontece a cada dois anos. Hoje, os dois candidatos são membros da Assembleia de Deus. O grupo escolhe seu líder, que vai comandar a chamada bancada evangélica, tradicionalmente na primeira semana de fevereiro. No entanto, a expectativa é antecipar a decisão para o dia 11 de dezembro, durante o culto da Santa Ceia.

Sem consenso vai para o voto

Até hoje a bancada evangélica nunca havia colocado a escolha do presidente em votação, sempre buscando consenso. Em 2023, Otoni retirou a sua candidatura em um acordo de presidência alternada, que  foi estabelecido entre Eli Borges (PL/TO) e Silas Câmara (Republicanos-AM).

Nos bastidores, outro nome

Além de Otoni e Gilberto, chegou a ser cogitado o nome do Pastor Diniz (União-RR), da Igreja Batista. O impeditivo, na visão dos evangélicos, foi seu pouco tempo no Parlamento.

Ampliação dos espaços

O pastor Peniel Pacheco, ex-deputado, professor de teologia, disse ao Repórter Brasília que “normalmente as frentes Parlamentares têm como objetivo central, a busca pela ampliação dos espaços de articulação em favor das propostas apresentadas pelos respectivos segmentos por elas representados”.

Ampliar o diálogo

Segundo o professor, “é natural, portanto, que no lugar de transformar o colegiado em uma trincheira para acirrar a luta política, considere-se a necessidade de ampliar o diálogo, o máximo possível, com todas as esferas de poder, incluindo o Executivo Federal. Com base nesse raciocínio, seria de bom alvitre que a Bancada Evangélica fosse liderada por alguém cujo perfil seja mais voltado para o diálogo construtivo, visando a adoção de ações estratégicas em prol do atendimento das legítimas demandas construídas junto ao segmento evangélico”.

Mais respeitosa e menos radical

“O passado revela que as respostas aos pleitos formulados pelas lideranças evangélicas foram muito mais efetivas nos momentos em que o diálogo com o governo se deu de forma mais respeitosa e menos radical, ou intransigente.  Espera-se que tais exemplos sejam levados em consideração na escolha do novo líder”, observa.

12 anos sem um homicídio

Um município que, sem problemas de segurança, onde em 12 anos, não houve nenhum homicídio, e não ocorrem crimes de maior relevância. Dona Francisca, com 3.132 habitantes, fica a 55 km de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde, certamente, muitos brasileiros gostariam de morar.

O prefeito eleito, Saul Antonio Dal Forno Reck (PP), otimista, esteve em Brasília em busca de recursos para novos investimentos, disse que “em Dona Francisca, a agricultura é forte, com destaque para produção de arroz, com lavouras sistematizadas. Outra força do município gaúcho é a agricultura familiar”. Veja matéria completa em Matérias Especiais.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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