Esforço conjunto para combater “epidemia” de dengue no Distrito Federal

Print Friendly, PDF & Email
Secretária de Saúde, Lucilene Florêncio admite epidemia de dengue, no Distrito Federal (Foto: Lúcio Bernardo Jr, Agência Brasília)

O número de casos de dengue no Distrito Federal, que soma cerca de 29 mil registros entre 1º e 27 de janeiro, levou as autoridades de saúde regionais a trabalhar o enfrentamento do problema como epidemia. A informação é da Secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Ano passado, os casos suspeitos totalizavam 2.154. A secretária reforça a recomendação para que à população procurem unidades de saúde logo nos primeiros sintomas. Ela alerta que 75% dos mosquitos e larvas estão nas residências das pessoas ou ao redor delas. Dos 29 mil casos da doença na região, seis mortes foram confirmadas e outras 24 estão sob investigação.

Esforço conjunto

O combate à dengue tem reunido esforços de todo o Governo do Distrito Federal (GDF) e parceiros. Uma dessas iniciativas é a compra de medicamentos para tratamento de pacientes com a doença, operação no valor de R$ 8,3 milhões que envolve a Secretaria de Saúde e o Consórcio Brasil Central.

Exército no combate à dengue

Exército ajudando no combate a dengue em Brasília (Foto: Agência Brasília)

Treinados pelo Governo do Distrito Federal, 200 integrantes das Forças Armadas ajudarão nas operações diárias de eliminação dos focos do mosquito transmissor da doença; outros 30 soldados vão colaborar na assistência aos pacientes infectados e 20 reforçam a aplicação de fumacê.

Dengue no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul apresentou em todo o ano de 2022, cerca de 67.000 casos confirmados de dengue, com 66 óbitos. Em 2023, o Estado apresentou um número total de notificações de 73.517 com 38.532 confirmados e 54 óbitos em razão da doença.

1º Caso de sarampo

O Rio Grande do Sul teve o primeiro caso confirmado de sarampo desde 2022.O diagnóstico de um menino de 3 anos, que chegou do Paquistão, em dezembro passado, foi confirmado pelo Lacen ( Laboratório Central de Saúde Pública) do RS e da Fiocruz, do Rio de Janeiro..

Vacinas de dengue e sarampo

Henrique Fontana (Foto: Mariana Ramos, Câmara dos Deputados)

Henrique Fontana, médico, Secretário Geral do PT e ex-deputado falou ao Repórter Brasília sobre dengue e sarampo. “Infelizmente, nós tivemos um declínio nas curvas de vacinação no Brasil, por conta da irresponsabilidade do governo que nos antecedeu, que incentivou uma cultura anti-vacina. Isso está sendo recuperado, no primeiro ano do governo Lula. Não tenho dados de cabeça, agora, mas todas as curvas de vacinação estão melhorando, isso é a solução mais efetiva”.

Medidas preventivas

Na questão da dengue, pontua Henrique Fontana que “entra, agora, em ações e locais específicos, que não tinha antes, recuperado o Ministério da Saúde, que atua com parecer técnico, e está olhando para a saúde pública, vai nos ajudar a enfrentar o problema, não só pela entrada da vacinação, que é uma coisa nova e positiva, mas também pelas medidas preventivas que tiveram que ser tomadas em função para o combate da dengue”.

Campanhas permanentes de conscientização

Pedro Wetsphalen ( Foto: Vinicius Loures, Câmara dos Deputados)

O médico e deputado federal Pedro Wetsphalen (PP/RS), da Frente Parlamentar da Saúde, alerta para o problema do sarampo e lembra que a Inglaterra está sob forte presença da doença, com identificação também na Europa.

O parlamentar chama atenção, mais uma vez, da importância de o Ministério da Saúde fazer campanhas de conscientização contra o sarampo, a poliomielite, as vacinas tradicionais, e não ficar preocupado com Covid para crianças que não precisa fazer, acentuou.

Sarampo tem vacinas à disposição

Pedro Wetsphalen acha que o governo está focando nas vacinas necessárias, “vamos ser justos. O que tem que ser feitas, agora, são campanhas permanentes, de conscientização de vacinas, nas escolas, nas mídias, nos postos de saúde, nas comunidades. Nós temos várias mortes, no Brasil, de sarampo, o que é inadmissível, tendo vacinas à disposição”.

Tem que acreditar nas vacinas

O parlamentar destaca a importância das vacinas. Disse que “ainda existem pessoas que não acreditam nas vacinas, mas elas são fundamentais. Já para a dengue, as vacinas são limitadas, mas tem que fazer dentro dos critérios que o Ministério da Saúde está adotando”

Dengue pode levar à morte

Zacharias Calil (Foto: Site Oficial da Câmara dos Deputados)

“A dengue é uma doença infecciosa causada pelo vírus da dengue transmitida pelo mosquito aedes aegipity, que em casos graves, pode levar à morte, com quadros hemorrágicos”, alerta o médico e parlamentar Zacharias Calil (União/GO). Ele destaca que “no Brasil está sendo um sério problema de saúde pública. Não existe um tratamento específico para a Dengue”.

Medidas que possam prevenir

O médico, deputado Zacharias Calil (União/GO) lembra à população que para evitar a dengue, “deve eliminar áreas de acúmulo de água, mantenha caixas d’água fechadas, utilize telas em janelas e portas, use repelentes, vista roupas protetoras com manga longa e calças compridas”.

Chave é a prevenção

O médico alerta também que a população “evite acúmulo de lixo, cuide do jardim, pois locais com plantas em excesso podem reter água e se tornar criadouros para os mosquitos”. Ele orienta que as pessoas “monitorem possíveis sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares. Caso apresente sintomas, busque orientação médica”.

Importância da informação

A informação é fundamental para prevenir a proliferação da dengue, afirma o dr. Zacharias Calil destacando que, caso haja ações de controle de vetores em sua região, colabore permitindo o acesso dos agentes de saúde e seguindo as orientações fornecidas. A prevenção é a chave para controlar a propagação da dengue”. O médico conclui pedindo para que todos fiquem atentos, e adote medidas regulares para proteger sua casa e comunidade”.

Prevenção nos municípios menores

No município de Rolante, no Rio Grande do Sul, com 21.453 habitantes, distante 118 quilômetros da Capital gaúcha, o Secretário da Saúde, José Ricardo Gonçalves, disse que há uma redução significativa no número de casos de dengue, no município. “Isso acontece devido às ações de rotina presentes tanto com as ações de campo feitas pela Vigilância Ambiental, fazendo o controle mecânico do Aedes Aegypti, em conjunto com a Vigilância Epidemiológica que monitora os pacientes e está em contato direto com as Unidades Básicas de Saúde e com o hospital do município. Rolante dispõe de 1 Agente de Combate a Endemias, 26 Agentes de Saúde trabalhando no combate ao mosquito da dengue.

Os números em Rolante

No ano de 2022 foram notificados 261 casos suspeitos de dengue sendo 28 casos positivos. No ano de 2023 foram notificados 63 casos suspeitos de dengue sendo 15 casos positivos. No ano de 2024, até o presente momento foram notificados 6 casos sendo 2 positivos, com dois óbitos.

Ações rápidas de controle

Dra. Vanessa Cecconi, Médica da Estratégia de Saúde de Família, do município de Rolante (RS).

A Dra. Vanessa Cecconi, Médica da Estratégia de Saúde de Família, do município de Rolante afirmou que “para diagnóstico e controle dos casos são realizados anamnese e exame físico detalhado, também como a testagem rápida para melhor atendimento ao paciente, como também exames laboratoriais. É importante também que o profissional da saúde oriente o paciente sobre sua patologia e as possíveis complicações e nas ações de campo para o controle da transmissão viral que se dá pelo mosquito Aedes Aegypti.” Na visão da dra. Vanessa Cecconi” é importante que o profissional médico, orienta, no consultório, sobre  o aumento de número de casos de dengue no país.

Importância da informação correta

Vanessa Cecconi disse ao Repórter Brasília, que o trabalho da Secretaria mostra que as ações de manejo ambiental, realizadas nas residências e na região rural, para eliminação de criadouros do mosquito, são importantes na educação, em saúde ambiental, além de se tornar instrumentos eficazes, na prevenção, e prevenção no combate ao Aedes Aegypti.

Período sazonal iniciou antes

O secretário da Saúde, José Ricardo Gonçalves, pontua que “em 2024 a preocupação está maior com os casos, pois o nosso quadro epidemiológico era muito característico já que os casos se iniciavam em maio e iam até junho. Agora, os casos já se iniciaram em janeiro, podendo assim termos pela previsão municipal, mais casos já que o período sazonal iniciou antes”, avalia o secretário.

Quadro vacinal adiantado

O município de Rolante não possui casos de Sarampo e se encontra com o quadro vacinal em 80%. “Fazemos ações para melhorar os números, frequentemente, com busca ativa de pacientes não vacinados. O município de Rolante investe em busca ativa de campo para o combate do Aedes Aegypti e também conscientização nas escolas através de teatros, folders, palestras e medidas semanais para o combate a dengue, cumprindo calendário programado pelo secretário José Ricardo e a equipe de prevenção, da Secretaria da Saúde”, concluiu a médica da Estratégia de Saúde de Família, do município de Rolante.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *