Enfrentamento à Corrupção

Heitor Schuch (Crédito: Bruno Spada, Câmara dos Deputados)

O Procurador de Justiça, Roberto Livianu, presidente do Instituto “Não Aceito Corrupção”, disse que, nos últimos três anos, foi bastante ruim, no ponto de vista do interesse público, o enfrentamento à corrupção, é lamentável. Ele criticou a nomeação de esposas de governadores e ex-governadores para os Tribunais de Contas dos Estados. O deputado Heitor Schuch concorda com o presidente do Instituto e acentua que a corrupção tem que ser  combatida permanentemente.

No Ceará, o caso mais recente

Roberto Livianu citou como exemplo, o mais recente caso, no Ceará, da esposa do ministro da Educação, Camilo Santana, que é psicopedagoga, “uma profissão nobre, mas não para exercer a função de conselheira do Tribunal de Contas. Essa é uma função que exige um conhecimento específico”.

Situação esdrúxula

Esposas de ex-governadores e até governadores estão sendo nomeadas, são empossadas para fiscalizarem as contas dos maridos durante os próprios mandatos enquanto governadores, destacou o procurador. “Quer dizer, é uma situação absurda, esdrúxula. Há um evidente conflito de interesse. Nos últimos três anos, acentuou Roberto Livianu, tivemos sete casos”.

Vacilo politico

Na visão de Livianu,” existe um vacilo político, uma certa leniência do campo político, não existe uma clareza total em relação à isso. Existe uma certa imprudência em relação a esta questão, na Bahia, Roraima, Pará, Piauí, Alagoas. Então, essa é uma situação que vem acontecendo de maneira reiterada. Ao meu ver, o ideal é que houvesse uma regra constitucional vetando esse tipo situação”.

Articulação do executivo e legislativo

Na avaliação do presidente do Instituto “Não Aceito Corrupção”, tem uma articulação por parte do chefe do Executivo estadual, e você tem a Assembleia Legislativa do respectivo estado, que chancelam. Então na combinação entre Executivo e Legislativo, quem perde é o interesse público”.

Não há proibição legal

A situação já foi levada à justiça que ao final entendeu que não há uma proibição legal absoluta em relação a isso. “Ao meu ver o ideal é que se construa uma regra constitucional que proíba de maneira cabal, de maneira induvidosa esse tipo de prática, para que não tenhamos qualquer questionamento, ou seja uma regra em controvérsia no sentido de não se pode ter esse tipo de situação, porque fere a ética republicana”.

Deputado concorda com procurador 

O deputado Heitor Schuch (PSB/RS), concorda com o presidente do Instituto “Não Aceito Corrupção”, Roberto Livianu. O congressista afirmou que a corrupção tem que ser combatida permanentemente: “corrupção, despesa e unha a gente tem que cortar, tem que estar sempre muito vigilante para que não aumentem, as unhas não fiquem grandes e a corrupção não tome conta”.

Tem razão o procurador

Heitor Schuch destacou que vê “as centenas e centenas de processos que o Ministério Público Eleitoral apresenta a Justiça Eleitoral por causa de corrupção, de compra de votos e outras tantas coisas na eleição do ano passado. Para o parlamentar, “o procurador tem toda razão, eu concordo com ele, porque nós já temos inclusive pedidos de cassação de prefeitos, de prefeitas, de vereadores, anulação de chapas, cancelamento inclusive de diplomas de eleitos e empossados por causa dessa maldita palavra corrupção”.

Corrupção está no nosso meio

Na opinião de Heitor Schuch, “a corrupção ela existe, ela está no nosso meio ela não está só no serviço público ela também está no setor privado”.

Mais justiça

“Não há dúvida nenhuma, a gente percebe isso e portanto, todos que querem uma sociedade que tenha mais justiça precisam combater essa maldita corrupção que beneficia alguns, normalmente poucos, e prejudica milhares e milhares de cidadãos que muitas vezes ficam a mercê do processo e nem sabe o que estão acontecendo”, assinalou Heitor Schuch.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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