Neste domingo (6), eleitoras e eleitores de 5.569 cidades irão às urnas para eleger representantes aos cargos de prefeito, vice-prefeitos e vereador. Cerca de 11% de todo o Congresso Nacional vai disputar as eleições municipais deste ano. Ao todo, 65 parlamentares federais serão candidatos a prefeituras ou vice-prefeituras do país, neste domingo. No Parlamento, a Câmara dos Deputados terá o maior número de pretendentes ao comando das Prefeituras. Serão 59 deputados concorrendo à prefeito e dois, a vice-prefeitos. Os números representam quase 13% do total de deputados federais. No Rio Grande do Sul, a única deputada federal concorrendo à Prefeitura é Maria do Rosário (PT), que está no 6º mandato consecutivo como deputada federal e disputa a Prefeitura de Porro Alegre.
No Senado quatro senadores na disputa
No Senado, são quatro senadores que vão disputar postos em capitais do país — três disputam prefeituras e um, uma vice- prefeitura: Carlos Viana (Podemos), que está licenciado, candidato à prefeito de Belo Horizonte; Eduardo Girão (Novo), Fortaleza; Rodrigo Cunha (Podemos), candidato à vice-prefeito de Maceió e Vanderlan Cardoso (PSD), Goiânia. Entre os 16 suplentes há seis candidatos a prefeito e dez à Câmaras Municipais. No total, os senadores que concorrerão no pleito de outubro equivalem a pouco menos de 5% do Senado.
Um dia de eleições na América Latina
ILUSTRAÇÃO – Um dia de eleições municipais, capturando a energia intensa da cena com candidatos esbravejando, membros na fila, caminhões carregando pessoas, e a prefeitura ao fundo. A atmosfera está relacionada, com a população observada pela polícia.(Ilustração, com recursos de Inteligência Artificial ).
Consultas populares
No entanto, além de escolher os representantes para a prefeitura e câmara de vereadores, os eleitorados de cinco municípios terão de responder a consultas populares sobre questões ligadas à cidade onde moram.
Centro Administrativo
Dois Lajeados (RS), 181 quilômetros de Porto Alegre, é a única cidade gaúcha a realizar um plebiscito, no domingo. A consulta pública é sobre a construção de um novo Centro Administrativo Municipal, em uma área do Parque de Eventos, João Pizzol.
Acordo Mercosul União Europeia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou entusiasmo sobre a possibilidade de chegar à conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Após anos de avanços e recuos, mais uma tentativa do acordo entre os dois blocos. O Mercosul (Mercado Comum do Sul) é um bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, enquanto a União Europeia é composta por 27 países europeus. As negociações entre os dois blocos visam criar um dos maiores canais de cooperação, nas diversas áreas, como no comércio, por exemplo.
Mercosul enfraquecido
O Deputado Heitor Schuch (PSB/RS), presidente da Comissão Especial de Mudanças Climáticas do Parlasul, disse ao Repórter Brasília que não conseguiu ouvir “o que o presidente Lula falou ou não falou, sobre o acordo Mercosul-União Europeia”. O parlamentar afirmou que o “Mercosul está enfraquecido, está esvaziado, ele não é o fórum onde efetivamente os temas tenham celeridade. As coisas não caminham como a gente gostaria que caminhasse”, lamentou.
Fortalecimento dos blocos
Se o presidente tratou nos encontros da ONU, vai dar uma fortalecida nesses fóruns regionais, de integração. Isso facilitará também a vida das pessoas, porque hoje ninguém é uma ilha, as pessoas se movimentam, não só nas cidades, se movimenta nos estados, e por exemplo, para um gaúcho é muito mais perto ir a Montevidéu e Buenos Aires, do que ir para Brasília”, acentuou.
Oportunidade de avanço
“Olhando nesse prisma, eu acho que o Mercosul pode ter uma ótima oportunidade de avançar em alguns projetos e alguns temas de integração, que possam melhorar a vida das pessoas”, afirmou Schuch.
Eliminar o problema
Na opinião de Heitor Schuch, o problema poderia ser eliminado, criando um QR code, avançando em algum projeto dessa área para facilitar a vida, para esse pessoal ganhar tempo, para as mercadorias chegarem mais rápido, para que a gente não desperdiçasse tanta papelada, documento, carimbo, registro, e logicamente que esse é um exemplo prático de um setor”.
Burocracia a maior dificuldade
“São muitos produtos que vai e muitos produtos que vem, e o que a gente percebe ouvindo os relatos do pessoal, que o que mais atrapalha é a burocracia”, argumenta o deputado do Parlasul. Se nós falarmos com o despachante aduaneiros, com esse pessoal que é profissional dessa área de logística, nós vemos muita coisa que acontece nos cinco países.
Problemas na fronteira
Para concluir, Heitor Schuch deu um exemplo, que ele extraiu do manifesto do presidente da Associação Comercial Industrial de Foz do Iguaçu. Ele disse que “está mais fácil pegar o milho no Paraguai e alimentar o suíno na China, do que trazer para o lado de cá do rio para poder fazer o processamento no Brasil”.
Preocupações ambientais
As negociações para o acordo comercial ocorreram há mais de duas décadas, mas enfrentaram vários desafios. Nos últimos anos, houve avanços significativos, com a assinatura de um acordo de princípio em 2019. No entanto, a ratificação completa do acordo tem enfrentado obstáculos, principalmente devido a preocupações ambientais, principalmente relacionadas ao desmatamento
Perda de tempo
Destacando a importância dos blocos regionais, Heitor Schuch, deu um exemplo: “no ano passado em Foz do Iguaçu passaram 11 mil caminhões, do Brasil para o Paraguai e vice-versa, e todos acabam perdendo tempo, dois, três dias parados por causa de burocracia”.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa