Combate ao abuso sexual infanto-juvenil 

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Delegada Rafaella Parca (Crédito: reprodução youtube/CBN)

A delegada Rafaella Parca, responsável pela repressão aos crimes cibernéticos, relacionados ao abuso sexual infanto-juvenil, da Polícia Federal, falou, em entrevista, nesta quarta-feira (28) à Rádio CBN, sobre o sistema criado pela PF que se constitui num banco de dados de notícias de crimes ligados ao abuso sexual infanto-juvenil. “É um banco de dados pesquisado que correlaciona informações. Os crimes cibernéticos que a gente considera, hoje, como crimes massivos, porque os números são bastante assustadores, é necessário utilizar-se da tecnologia para correlacionar dados e conseguir identificar criminosos de maior potencial lesivo, priorizando os casos mais graves”.

Resgatar crianças

“O sistema permitiu à Polícia Federal aumentar a quantidade de operações dessa temática e, não só isso, mas especialmente, melhorar a qualidade do trabalho. A gente consegue resgatar crianças em situação de violência atual, consegue chegar a um produtor de material de abuso sexual”, acentua a delegada.

Ferramenta de vanguarda

Rafaella Parca destaca que “a ferramenta é de vanguarda, e, esse instrumento de cooperação, entre Polícia Federal, Ministério da Justiça e a Polícia Judiciária de Portugal, é uma forma de o Brasil colaborar com os polícias portugueses no combate ao abuso sexual infantil”.

Cenário mudou

O sistema, que agora é exportado, foi desenvolvido pela Polícia Federal brasileira. A delegada apontou que, “por muitos anos, o Brasil como um todo, sempre recebeu muito dos outros países: informações, treinamento e tecnologias. De alguns anos para cá, o cenário mudou. Nós agora conseguimos exportar informações, compartilhar tecnologia desenvolvida por nós para outros países”.

Brasil destaque internacional

A delegada Rafaella Parca, comemora dizendo que “hoje, o Brasil tem um destaque internacional no combate ao abuso sexual infantil”. Para a titular da delegacia de repressão aos crimes de exploração sexual infantil, “o número de denúncias, imagens de abusos, e exploração sexual infantil, tem crescido por uma combinação de fatores. O uso excessivo de internet pelas crianças e adolescentes, facilita muito os crimes relacionados ao abuso sexual infantil na internet”. Ela enfatiza que “95% das crianças entre 9 e 17 anos são usuárias de internet. Só esse motivo já seria suficiente para elevar o número de crimes”.

Aumento de 84%

“O número é alarmante: de 2022 para 2023, a gente teve um aumento de 84% de material de abuso sexual infantil circulando na internet. É algo realmente assustador”. A delegada alerta que “o Anuário Brasileiro de Segurança Pública nos informa que a cada hora no Brasil, 28 crianças de até seis anos sofrem algum tipo de violência. Para nós é algo muito preocupante, e a Polícia Federal trata esse tema com muito carinho e dedicação”. Rafaella Parca acrescenta: “tenho muito orgulho de coordenar os trabalhos no país com os colegas que se dedicam muito com essa temática”.

Polícia Federal exportadora

O importante é que a Polícia Federal brasileira sai de importadora para exportadora de tecnologia, e sistemas que vão ajudar outros países a combater com maior eficácia, o abuso sexual infanto-juvenil.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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