A principal autoridade em saúde pública dos Estados Unidos, cirurgião-geral, Vivek Murthy recomendou, na sexta-feira (03/01), que bebidas devem incluir advertências de risco similares às que estampam os rótulos de cigarros. O deputado Bibo Nunes (PL/RS) disse à coluna Repórter Brasília, que é favorável à proposta e vai apresentar um projeto de lei buscando criar uma legislação para que haja essa obrigatoriedade, em defesa da saúde pública também no Brasil. Ronaldo Nogueira (Republicanos/RS) sugere uma lei sobre os efeitos colaterais na saúde.
Maioria desconhece o risco
O comunicado do especialista pontuou que novas pesquisas associam o consumo dessas bebidas a sete tipos de câncer. Ele reafirmou que “a maioria dos americanos desconhece esse risco. Cerca de 100 mil casos de câncer e, 20 mil mortes, anualmente nos EUA, são causadas pelo álcool”, diz o documento.
Ampliar ações educativas
Vivek Murthy também propôs reavaliar os limites indicados para o consumo de álcool, e ampliar as ações educativas sobre os riscos de câncer associados às bebidas alcoólicas.
O mal para a saúde
“Todos sabem que bebidas alcoólicas e bebidas açucaradas não fazem bem para a saúde”, afirmou o deputado Ronaldo Nogueira. O parlamentar acentua que “especialistas em saúde vem alertando sobre esses malefícios, no entanto, a informação não é disseminada de forma ideal e perde na expansão pela mídia comercial contratada”, alerta Ronaldo Nogueira. Segundo o congressista, “uma lei obrigando a informação sobre efeitos colaterais na saúde, talvez seja uma iniciativa importante”.
Combate a doenças infecciosas
Projeto do deputado Osmar Terra (MDB/RS) que permite às autoridades sanitárias o acesso forçado em imóveis públicos e privados para combater focos de doenças infecciosas, tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara. O Projeto de Lei n.º 3826/201, tem como relatora a deputada Bia Kicis (PL-DF). O PL já foi aprovado na Comissão de Saúde com parecer favorável do deputado e médico Zacharias Calil (União/GO).
Redução de benefícios
Na opinião do deputado professor Reginaldo Veras (PV/DF), “é uma atitude hipócrita discursar a favor dos mais pobres, mas votar pela redução de benefícios que atendem os mais vulneráveis”. O deputado observa que, “para garantir recursos que ajudam aqueles que não podem se manter sozinhos, é preciso cobrar de quem ganha mais, como, por exemplo, reduzindo o lucro dos bancos, taxando as grandes fortunas e cortando os supersalários”.
Fúria do mercado
“Apesar de enfrentar o que chama de fúria do mercado, o governo federal promoveu grandes avanços na economia”, destaca Érika Kokay (PT/DF). A deputada argumenta que o crescimento do PIB em quase 4%; a queda do desemprego; os lucros de empresas públicas, como o Banco do Brasil e a Petrobras, e a inclusão de mais de 10 milhões de jovens que deixaram a condição de “nem estuda, nem trabalha”, mostra os avanços.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa