
Em meio a uma crise sem precedentes que está devastando a economia gaúcha, o plenário do Senado recebeu nesta quarta-feira (26), as principais lideranças políticas do setor agropecuário para uma sessão solene, para com o lançamento da “Agenda de projetos estratégicos de 2024”, onde o agronegócio mostrou a força do setor no Brasil.
O senador Luis Carlos Heinze (PP/RS), aproveitou o espaço e fez um apelo veemente pela aprovação do PL 320/2025, de sua autoria, que propõe a securitização das dívidas
Principais conquistas
O documento traz as principais conquistas para os setores em 2024, além das principais proposições que tramitam no Congresso Nacional, e que impactam os produtores rurais. A CNA acompanhou mais de 7,5 mil projetos de lei, e destes, 87 propostas foram selecionadas e consolidadas na agenda de 2025.
Um pedido de socorro
O senador Luis Carlos Heinze, conhecido por sua incansável defesa dos interesses do campo, aproveitou o espaço e reiterou para que as lideranças lutem, trabalhem, para aprovar a securitização das dívidas.
Força das federações
“Se somarmos até 2025, as perdas para os produtores alcançarão R$ 150 bilhões. E, se incluirmos toda a cadeia, chega a quase R$ 500 bilhões”, enfatizou Luis Carlos Heinze, acrescentando: “precisamos da força das federações para aprovar a securitização e socorrer os produtores gaúcho”, ressaltou o progressista.
O recado foi direto
A proposta de Heinze não é apenas uma medida paliativa, mas é considerada uma tábua de salvação para milhares de agricultores endividados, que, inclusive, lotaram a audiência pública realizada sobre o assunto na Expodireto. O PL 320/2025 prevê a conversão das dívidas em títulos lastreados pelo Tesouro Nacional com condições de pagamento que incluem até 20 anos para quitação, três anos de carência, e taxas de juros anuais entre 1% e 3%, dependendo do perfil do produtor.
O tempo urge
Luis Carlos Heinze afirmou que, sem a aprovação, o Rio Grande do Sul entrará em colapso, já que a produção rural é a base da economia gaúcha e são quase cinco safras perdidas. Presentes à sessão solene, o presidente da FPA, Pedro Lupion; a ex-ministra e senadora Tereza Cristina, e o presidente da CNA, João Martins, respaldam a proposta.
A pergunta que fica é: até quando nossos produtores serão ignorados pelo Palácio do Planalto?
Impacto no Congresso

O senador Rogério Carvalho, líder do PT no Senado, questionado a respeito da reação da oposição sobre os envolvidos na trama golpista de 8 de janeiro, agora réus, por decisão do STF, qual o impacto no Congresso? Acentuou que, “sempre tem um impacto, os ânimos se acirram e isso aumenta a obstrução no debate das pautas que interessam ao país”.
Maioria consolidada
O senador afirmou que, “o governo está trabalhando para ter uma maioria consolidada, bastante mobilizada, aderida às políticas que nós devemos aprovar esse ano, porque são medidas de interesse de grande parte da população, como isenção do imposto de renda, reestruturação da infraestrutura financeira do país”, apontou.
Medidas serão anunciadas
Rogério Carvalho adiantou que várias medidas serão anunciadas na próxima semana, “várias medidas de importância para o trabalhador, para os empreendedores, para a sociedade de uma maneira geral, e eu acho que é isso que vai prevalecer, ou seja, a natureza das matérias e a importância, é o que vai predominar na hora da gente ter a formação de maioria para aprovar os projetos de interesse do país”.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa