Lagoa dos Patos-Oceano Atlântico

“ Mais uma vez, o Brizola tinha razão”, afirmou o deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS) comentando a entrevista de Adroaldo Galeazzi, ex-supervisor- administrativo do Porto de Porto Alegre, ao Repórter Brasília sobre o projeto de ligação Lagoa dos Patos-Oceano Atlântico, com a parceria da França e da Holanda, quando Leonel Brizola foi governador do Rio Grande do Sul.

Obras do engenheiro governador

Na opinião de Pompeo de Mattos, Brizola sempre foi um visionário, “era um cara adiante do seu tempo”. Ele lembrou algumas medidas tomada pelo ex-governador, destacando a estrada 386, que foi ele que traçou, no avião. Outras obras são: a questão da energia no Estado, a telefonia, a logística, a logística das principais rodoviárias, tudo foi traçado pelo engenheiro Leonel Brizola e não poderia faltar uma logística lacustre, de navegação”.

Recuperação do Porto

Para o congressista, “quem sabe o projeto do ex-governador gaúcho, um dia se torne realidade.  Mata dois coelhos numa cajadada só: escoa as águas da Lagoa dos Patos, em caso de enchente, repõe a água da Lagoa, e ainda protege Porto Alegre. Além disso, permitirá que navios de maior calado entrem, inclusive os de turismo e se recupere o Porto”.

Tudo se tornou proibido

Segundo o deputado Pompeo de Mattos, “tudo o que o Brizola havia encaminhado ou desejava, quando foi exilado, se tornou proibido. ” Por isso é também que desapareceu o projeto feito pela França, que depois foi pago pela Holanda que era a fiadora, e foi trazido para o Rio Grande do Sul, pelo então governador Euclides Triches e desapareceu.

Caminhos foram sinalizados

Questionado sobre se ele identifica, hoje, alguma liderança no PDT, que tenha “a visão privilegiada de Leonel Brizola”, para que possam retomar alguns projetos importantes que sofreram descontinuidade, como a ligação da lagoa com o mar, respondeu: “eu não enxergo ninguém, que veja tão longe, como Brizola enxergava, mas se seguirmos os seus caminhos, nós podemos chegar onde ele queria. Ele sinalizou os caminhos, na educação, na infraestrutura, na energia, na logística, nas rodovias, ferrovias, hidrovias, mas os que vieram depois não seguiram o caminho já traçado”.

Mais útil agora

Para Pompeo de Matos, hoje, a ligação Lagoa dos patos-Oceano Atlântico, ainda poderia ser útil. “Primeiro tem que resgatar o projeto. Eu diria que talvez, seja mais útil agora, com tudo o que está acontecendo. ”

“Catar o projeto sumido”

O parlamentar promete “catar” o projeto sumido, adaptá-lo e apresentá-lo. “Projeto não é obra, mas não tem obra sem projeto”, acentuou Pompeo de Mattos.

Abandono dos CIEPs

A pressão sobre todos os projetos também, como governador do Rio de Janeiro, os projetos dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), que são projetos de construção de escolas integrais no Rio de Janeiro, feito pelo ex-governador, Leonel Brizola”.

Desculpas de Lula

Pompeo de Mattos relata que “os civis que assumiram no lugar do Brizola, abandonaram os CIEPs também, tanto da direita como da esquerda, tanto de lado de Moreira Franco, como do lado do PT. O Lula, esses dias, pediu desculpas, por eles não terem compreendido os CIEPS, ou seja, as escolas de tempo integral, que foram “renegadas, escanteadas pela direita, que governava o Rio depois de Brizola e pela esquerda”. O Lula que assumiu o pais, não deu continuidade à educação, em tempo integral.

 Reverter o curso do rio

O leitor Irajá Luiz Ferreira, escreveu ao Repórter Brasília, “a respeito do artigo de Manoel Dias, (Jornal do Comércio de 17,18 e 19 de maio de 2024), Brizola, encomendou um projeto que previa a criação de um canal ligando a Lagoa dos Patos ao Oceano Atlântico o qual Desapareceu. Na época eu era um pré- adolescente, e eu  ouvia as pessoas falarem – VÃO INVERTER O CURSO DO RIO GRAVATAÍ DE Gravataí x Porto Alegre para  Porto Alegre x Tramandaí ( que livraria a Grande Porto Alegre das enchentes e também seria  o canal para os navios até o Oceano Atlântico)”.

Taxação de importação

O deputado Átila Lira (PP/PI), busca um consenso por meio de reuniões com o Ministério da Fazenda e parlamentares contrários à taxação de importação para produtos de até US$ 50. O relator do projeto de lei do Mover (Programa Mobilidade Verde e Inovação), recebeu o apoio de setores do comércio brasileiro para manter um dispositivo que retoma a taxação. Já representantes da indústria têxtil ameaçam que podem rever seus planos no Brasil caso a isenção seja mantida.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa