Zucco retorna ao PL em ato de filiação bastante concorrido em Brasília

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Deputado federal mais votado em 2018 pelo Republicanos, se credencia para disputar um cargo majoritário nas próximas eleições

Luciano Zucco em discurso inflamado ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto (Crédito: Beto Barata/PL).

O auditório do Centro de Eventos Brasil 21 ficou pequeno para abrigar tanta gente. O ato de filiação do deputado federal Luciano Zucco ao PL, realizado nesta terça-feira (12), em Brasília, reuniu lideranças de peso do Partido Liberal. Prefeitos, vereadores, deputados federais e senadores marcaram presença no evento, que contou com a presença do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não escondeu sua euforia com o retorno do mais novo filiado. “Você não sabe a importância da sua presença em nosso partido. A sua vinda para o PL não tem preço. Vamos estourar a boca do balão no Rio Grande do Sul. São duas vagas para o Senado. Eu não sei se já posso lançar porque ele também pode concorrer a governador”, discursou Costa Neto.

Já o presidente do PL gaúcho, deputado Giovani Cherini, lembrou que o Partido Liberal está recebendo um campeão de votos, ao se referir aos quase 260 mil votos recebidos por Zucco na última eleição. “E voto a gente bate continência. Sem voto não tem poder, sem voto não tem ação. O Zucco vem trazer esse grande reforço ao PL”, destacou Cherini. Para ele, o PL se encaminha para ser o maior partido do Rio Grande do Sul.

Zucco deixou o PL em 2018 para ingressar no Republicanos com a missão de ajudar no projeto político de construção de uma frente ampla de direita. No entanto, com a vitória do PT, o partido ingressou na base governista e deu uma guinada ideológica. Essa adesão ao Palácio do Planalto e o alinhamento nas votações em Plenário foram cruciais para a saída de Zucco.

Com um discurso dirigido a Bolsonaro, o deputado lembrou que só está na política graças à insistência do ex-presidente. “Em 2017, eu virei para ele e disse que nunca tinha sido síndico de prédio. Mas missão dada é missão cumprida. 01, o bom filho à casa torna. Só eu sei como foi difícil em 2018 me eleger pelo PSL, ficar quatro anos e, no primeiro dia de filiação, já ir para o PL, fazer um evento para quase mil pessoas e, 20 dias depois, migrar para outro partido com uma estratégia maior”, recordou.

Zucco afirmou que sua chegada ao PL coincide com o início da construção de uma caminhada para novamente mudar os rumos do Brasil. Segundo ele, 2024 será um ano fundamental para atingir tais objetivos. “Precisamos eleger o máximo de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, levar aos quatro cantos do Brasil a experiência e o jeito de governar do Partido Liberal. Esse trabalho representa as fundações do projeto que será colocado à prova em 2026, com Jair Messias Bolsonaro novamente na presidência da República”, argumentou o parlamentar.

O mais novo filiado do PL também reafirmou a identidade e os valores partidários. “Somos liberais na economia, mas conservadores nos usos e costumes. Acreditamos num Estado que existe para servir às pessoas e não se servir delas. Valorizamos o empreendedorismo, a liberdade econômica, a redução do peso da máquina pública na vida do cidadão, menos impostos e menos burocracia. Exatamente o oposto do que estamos testemunhando com esse trágico governo do PT”, finalizou.

Apoiadores e convidados lotaram o auditório do Brasil 21 (Crédito: Beto Barata/PL)

Último a discursar, o presidente Bolsonaro aproveitou sua fala para fazer um relato da sua visita à Argentina, onde participou da solenidade de posse do presidente Javier Milei, e a recepção calorosa que recebeu do povo argentino, que tem se repetido em todos os locais que ele tem visitado no país. “Não tem satisfação maior do que ser bem recebido em qualquer lugar do Brasil, como foi na Argentina. O povo acordou conosco sobre a importância da política na vida de cada um de nós. Falei com o Milei que, mais do que a direita na Argentina, é a direita na América do Sul e no mundo. É sinal de que temos muito ainda do que dar e oferecer para a nossa população”, afirmou Bolsonaro. Segundo ele, o PL está se preparando para lançar candidatos em todos os estados e não fará concessões em 2026. “O Zucco é muito bem vindo. É um grande reforço para nós. Não é somente no Rio Grande do Sul. Ele reverbera em todo o país”. Bolsonaro também fez duras críticas contra o atual governo e condenou a politização dos julgamentos na Suprema Corte brasileira.

O senador Cleitinho e os deputados Marcon, Evair de Melo e Messias Donato também devem ingressar no PL. Os quatro parlamentares estiveram presentes no ato de filiação de Zucco.

Repórter Brasília, Edgar Lisboa /Por  Apolos Paz

O Congresso fará a diferença

Congresso Nacional, imagem ilustrativa

O deputado Luciano Zucco ingressa no PL, com apoio das lideranças mais expressivas do Partido e começa a trilhar um caminho nada fácil da política em Brasília, que ele classificou como “uma cama de pedra”.

Luciano Zucco disse ao Repórter Brasília, que vai atuar fortemente contra as invasões de terra, um trabalho que marcou sua passagem pela chamada CPI do MST.

Outro tema que terá atenção especial do deputado gaúcho serão as escolas cívicos militares, que ele pretende levar para todo o Brasil.

Dentro dessa proposta, defendida por Luciano Zucco, outros parlamentares, já começaram a pavimentar seus caminhos para engrossar a legenda do PL, que tem como principal comandante o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, que após perder as eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marca presença em atos políticos ou não políticos em todo o país e até no exterior.

A direita brasileira que obteve quase a metade dos votos nas eleições não perde tempo e se prepara com força e determinação para o próximo pleito.

O congresso Nacional, que na opinião de lideranças de diversos partidos, é hoje considerado timoneiro na condução do país, fará a diferença. Já passou da hora do presidente Lula e sua base aliada, ajustar os ponteiros com deputados e senadores, nunca esquecendo, que a base de oposição, a chamada base bolsonarista, onde estão os evangélicos e boa parte dos integrantes do agronegócio, vão fazer muito barulho até 2026.

Repórter Brasília, Edgar Lisboa

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