Triste e envergonhado, diz Heitor Schuch ao criticar deputados

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Heitor Schuch (Crédito: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O deputado Heitor Schuch (PSB/RS) fez um pronunciamento emocionado, da tribuna da Câmara, que chamou de sua manifestação mais triste, no Parlamento, durante todo o mandato. “Triste e me deixa envergonhado, senhores e senhoras deputados ouvir, nesse plenário algumas manifestações de colegas que, antes de falar, deveriam ir lá no Rio Grande do Sul, puxar a enxada, o carrinho de mão, ajudar a limpar umas casas”.

Sem luz, sem água, sem comida

O parlamentar sugere, “os deputados devem ir ao Estado, ver a situação de famílias, que estão há 10, 12 dias, sem luz, sem água, sem internet, sem telefone. E o pior, sem comida. Deputados fazendo discursos como se o problema é o governo”.

Brizola “à frente de seu tempo”

O Presidente da Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini, Manoel Dias, comentou a entrevista de Adroaldo Galeazzi, publicada no Repórter Brasília desta quinta-Feira (16), sobre o projeto de Leonel Brizola construir um canal Lagoa dos Patos ao Oceano Atlântico.

Falta de planejamento

O Secretário-geral do PDT, Manoel Dias, vê os episódios dramáticos ocorridos no Rio Grande do Sul, “como uma demonstração da falta de ação, de planejamento e de visão de futuro, o que o Brizola tinha muito”. Segundo o dirigente do PDT, “Brizola vivia à frente do seu tempo, ele tinha uma visão espetacular de futuro. Prova disso é que, quando foi Governador do Rio Grande do Sul, ele encomendou um projeto que previa a criação de um canal ligando a Lagoa dos Patos ao Oceano Atlântico. Dizem que esse projeto desapareceu, infelizmente”.

Prevenir catástrofes

Na visão de Manoel Dias, “como tudo na vida do Brizola, ele vivia muito à frente do seu tempo, e isso precisa ser lembrado nesse momento em que se constata que não se tomou nenhuma medida com o objetivo de se prevenir catástrofes, como as de hoje”, avalia. “Aliás, lamentavelmente é o que acontece no Brasil inteiro. O Brasil não está preparado para tais ocorrências”.

Ambição maior que as forças

“O homem degradou o meio-ambiente, como consequência inevitável a natureza veio buscar o que é dela. E isso não é apenas aqui no Brasil, é no mundo todo porque o meio-ambiente não está sendo cuidado como deveria. Infelizmente a ambição do homem é maior do que todas as forças. Eu lamento muito pelas gerações futuras, pois a ganância humana parece ser maior do que tudo”, aponta.

Homenagem a Castello Branco

Carlos Castello Branco (Arquivo Pessoal)

A placa de identificação da homenagem feita por Lula ao Jornalista Carlos Castello Branco, saiu de seu lugar de destaque na sala de imprensa do Palácio do Planalto. Ninguém sabe explicar por que durante o último governo, a placa foi retirada.

Volta a seu lugar

“A história que por iniciativa do Ricardo Kotscho, o então assessor de imprensa do primeiro mandato do Lula, que decidiu fazer essa homenagem, retomará seu lugar”, afirma Mateus Castello Branco, neto de Carlos Castello Branco.

Sala de redação

“O Lula inaugurou e fez descerramento da placa, o Carlos Castello Branco chamando a sala de redação de imprensa do Palácio do Planalto, “sala de redação Carlos Castello Branco”, colocou a placa e uma foto bem bonita do meu avô lá”, comemora.

“Foi uma noite muito bacana, estava com todos os ministros, o Lula fez o discurso, a minha vó estava presente, o jornalista Luís Orlando, também  presente”.

Homenagem à imprensa

“Enfim, foi uma homenagem entendi assim, a imprensa brasileira, o governo ali fez um gesto de apreço à imprensa brasileira através da pessoa do meu avô”, disse Mateus Castello Branco.

Placa sumiu

“Depois passado o tempo, eu fui atrás para saber como andava essa placa, porque alguém me disse que essa placa não estava mais lá. Eu consegui em 2022 um acesso ao Palácio e achei a foto e a placa, mas num lugar totalmente fora do original, uma coisa discreta, não sei se era uma sala de comunicação, uma coisa bem diferente da proposta original”.

Questão familiar

Mateus Castello Branco

“A ideia era conseguir saber o que houve. Isso aí não interessa ao governo, mas de qualquer maneira, é importante, não por uma questão pessoal, é familiar”. Agora, deve voltar ao seu local de relevo. O neto de Castello Branco, Mateus Castello Branco, trabalha intensamente, evitando responsabilizar pessoas, pelo sumiço da placa. Só quer a volta da placa do seu avô, uma referência no jornalismo político nacional.

Paladino da liberdade de imprensa

“Pelo o que ele representou, acho que é válido todo o esforço daqueles que querem preservar a memória dos que lutaram pela democracia, pelos paladinos da liberdade de imprensa, como é o caso que todo mundo sabe, da história do meu avô”, avalia Mateus Castello Branco.

Livro renúncia de Jânio

“Aproveitando que teve agora a sessão solene no Senado, chamada pelo Randolfe Rodrigues, líder do governo, foi publicado, editado e relançado a renúncia de Jânio Quadros, escrito pelo meu avô. Teve o centenário dele em 2020, é sempre bom resgatar memórias”.

Missão: volta da placa

“A missão agora é fazer com que a placa volte, é claro que tem uma dinâmica própria naquela época em 2005, não sei como que era a questão da necessidade do espaço”, acentua.

Restabelecer a memória

O presidente Lula acatou a sugestão  do jornalista  Luis Orlando e, por iniciativa do Assessor de Imprensa do Palácio do Planalto  na época, Ricardo Kotscho, foi feita a homenagem”, conclui Mateus Castello Branco, hoje, professor da Educação Básica do Ensino Médio, no Elefante Branco, em Brasília.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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