Construção reduz o tempo de deslocamento da população aos principais equipamentos públicos entre os trechos 1 e 2 da região administrativa
O que antes era um atalho pelo Córrego do Meio, com lama e poeira, hoje é uma ponte de concreto, com vigas firmes, que liga o Trecho 1 ao 2 do Sol Nascente/Pôr do Sol. Recebendo os ajustes finais, a construção está pronta e já serve de travessia para milhares de motoristas e pedestres que utilizam a via para chegar em casa ou utilizar os equipamentos públicos nas proximidades.
A nova ponte de concreto tem 15 metros de extensão e 16,6 metros de largura, duas faixas de rolamento, acostamento, barreiras de proteção, calçadas e iluminação. Ela faz parte de um contrato de serviços de urbanização do Trecho 1 feito pelo Governo do Distrito Federal (GDF), com valor total de R$ 50 milhões. As obras incluem drenagem, pavimentação e instalação de calçadas, entre outros serviços.
Na manhã desta quinta-feira (21), o governador Ibaneis Rocha passou pelo local e comemorou a liberação da estrutura para os moradores. “Entregamos a ponte num local que era de muito transtorno para os moradores, um trecho de difícil acesso”, observa.
De acordo com o secretário de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal, Luciano Carvalho, a comunidade usava uma ponte improvisada, o que tornava a travessia insegura. “Era uma estrutura feita pelos próprios moradores, que instalaram alguns tubos para permitir a passagem da água do córrego e aterraram tudo”, explica. “Além de o meio ambiente sofrer com essa solução, a passagem estava se tornando cada dia mais perigosa”, comenta.
O gestor acredita que a estrutura já em uso facilita a locomoção da comunidade e propicia mais mobilidade e conectividade à região. “Essa travessia é muito importante para os moradores do Sol Nascente. De um lado, temos duas escolas públicas. Do outro, o Restaurante Comunitário e a rodoviária. É uma passagem fundamental para a população local”, ressalta Carvalho.
Benefício para todos
O administrador regional do Sol Nascente/Pôr do Sol, Claudio Ferreira, salienta que a construção é uma grande engrenagem para que tudo entre os dois trechos funcione. “Era difícil o acesso, e o Córrego do Meio às vezes transbordava. A ponte vem em um momento muito importante. Temos de um lado os equipamentos públicos que os moradores do Trecho 2 precisavam de acesso e temos do outro a administração regional, supermercados, rodoviária e Restaurante Comunitário que os moradores do Trecho 1 precisam também. Então é uma obra que vai beneficiar a todos, estudantes, trabalhadores e os profissionais da saúde e das escolas”, destaca.
Além de beneficiar os motoristas, a obra foi também pensada para garantir a segurança dos pedestres, e para isso, foram construídas duas calçadas em cada lado da ponte para a circulação dos moradores.
A moradora da Quadra 91, bem ao lado da ponte, Adilma Rodrigues, destaca a praticidade da construção e como ela vai melhorar a vida da comunidade local. “Era uma obra muito esperada, porque antes era muito perigosa tanto para os motoristas quanto para os pedestres. Ela liga partes importantes da cidade, de um lado tem a UBS 16, do outro lado tem duas escolas e a creche Sarah Kubitschek, que é essencial para nossas crianças. Ficamos muito felizes, porque é uma obra que ajuda muita gente. Pode-se pensar que é pequeno, mas é uma grande melhoria para o nosso setor”, conta a dona de casa.
Já a cozinheira Maria da Conceição Gomes, que mora na Quadra 202, relata que faz o percurso diariamente de casa para o trabalho e relembra os desafios da travessia. “Caí diversas vezes dentro da lama, nem me lembro de quantas vezes tive que tirar o sapato, passar de chinela e só do outro lado colocava os sapatos novamente, quando não colocava uma sacolinha nos pés e atravessava”, lembra, aos risos. “Era uma reivindicação antiga nossa, moro aqui há 15 anos e enfim os perrengues acabaram. Agora temos um local seguro e iluminado para atravessar”, conclui.
Repórter Brasília/Agência Brasília