Roberto Freire (Crédito: Cidadania/Divulgação)
O ex-deputado Roberto Freire, ex-presidente Nacional do Cidadania, com forte influência política em Brasília, conversou com o Repórter Brasília, sobre o caminho que o Brasil deve buscar para o futuro. “O futuro é algo muito complicado, não apenas para o Brasil, isso é para o mundo. Nós estamos vivendo um processo de profunda ruptura. Talvez uma nova civilização esteja surgindo aí.”
Confronto com a democracia
O experiente político, que ao longo de sua vida pública destacou-se na luta pelo fim da ditadura e pela retomada da democracia, afirmou que “é difícil fazer qualquer previsão de profecias, isso não é do meu agrado. Mas uma coisa importante tem, acho que o mundo está vivendo uma disjuntiva, do ponto de vista político, e é um confronto que existe na democracia e em setores que defendem outras vias, outros caminhos, autoritários.”
Risco que vivemos
Roberto Freire destaca que “é um risco que estamos vivendo, e, essas fases sempre colocam essa disjuntiva. Nós já tivemos, na década de 30, tivemos uma revolução industrial, em todos os momentos de ruptura isso acontece, o que nós estamos vivendo agora, esse confronto, mas a democracia vai ganhar”, considera Roberto Freire.
Instituições em crise
Questionado sobre a relação entre Congresso Nacional e Governo, Roberto Freire afirmou que “o próprio Congresso está vivendo em crise. Todas as instituições estão: executivo, judiciário, legislativo, ou seja, a crise é geral. Nós não sabemos como a democracia vai se afirmar, cada vez mais e com esse mundo da internet, das redes, da inteligência artificial, isto está mudando tudo.”
Luta civilizacional vai continuar
Na visão de Roberto Freire, “é uma luta civilizacional, e ela vai continuar. Momentos como esse que estamos vivendo, tem que ser enfrentados com valores que a gente possa resumir como liberdade, igualdade e fraternidade.”
Inteligência Artificial
O deputado professor, Paulo Fernando (Republicanos/DF), alertou da tribuna do Parlamento, da utilização da inteligência artificial no processo eleitoral. Na visão do parlamentar de Brasília, “é um assunto urgente que clama por atenção. Nesse contexto, é crucial salientar o relevante papel que vem sendo discutido no Senado, onde foi criada uma comissão temporária para discutir sobre a inteligência artificial”. Paulo Fernando destacou que o debate vem sendo conduzido pelo Senador Eduardo Gomes, do Tocantins, a partir de um anteprojeto feito por uma comissão de juristas.
Inteligência artificial nas eleições
O deputado chamou atenção para um artigo publicado pelo marqueteiro político brasiliense, Marcelo Senise, que é especialista em inteligência artificial aplicada na comunicação política do Brasil. “Apesar da análise detalhada sobre o impacto da Inteligência artificial, em nossa sociedade, sua utilização nas eleições recebe pouca atenção. Nós temos eleições no ano que vem para prefeito e vereador, e em 2026, eleições majoritárias, ninguém está levando em consideração a influência da inteligência artificial nas eleições”, alertou.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa