Equilíbrio fiscal do país

Bohn Gass (Crédito: Bruno Spada/ Câmara dos Deputados)

O deputado Bohn Gass (PT/RS) criticou, da tribuna, o Congresso Nacional que “nem o teto de gastos que defendiam, cumpriram. Estouraram todos os anos e em bilhões”, disparou o parlamentar gaúcho. Ele questionou: “Esta casa, a Câmara dos Deputados, o Senado, o Congresso Nacional, qual é o compromisso real com o equilíbrio fiscal no país?”.

Desoneração da folha

O parlamentar lembrou que “só no Perse, na desoneração da folha, esta casa tirou 45 bilhões das receitas do Brasil. Eu repito, esta casa foi responsável por retirar 45 bilhões de orçamento desse país. E sem falar nos mais de 40 ou próximos a 50 bilhões de emendas parlamentares, que é outra distorção desse país, onde tem um orçamento parlamentar no regime presidencialista, que é totalmente perverso”.

Chega de hipocrisia

Bohn Gass afirmou que foi à tribuna para dizer que chega de hipocrisia. “O Parlamento também é responsável pelo déficit das contas públicas, porque amplia benefícios para o andar de cima, que ainda é a outra grande contradição. Mas mesmo assim, com tudo isso, o presidente Lula, o ministro Haddad, tem feito todo o esforço, e não terá calote como teve em governo anterior, e nem mentira como foi feito por Bolsonaro e Paulo Guedes, do ponto de vista do equilíbrio das contas do Estado”.

Economia crescendo

“Nós vamos debater esse assunto, fazer tudo o que é possível para que a economia continue crescendo, e ela está crescendo, crescendo com distribuição de renda, afirmando o país internacionalmente, recolocando os programas sociais, fazendo a economia crescer, e ainda de forma sustentável”, acentuou Bohn Gass.

Renda melhorou

Bohn Gass destacou a industrialização, “do ponto de vista da última pesquisa do crescimento econômico, com enfoque nos serviços, porque o povo começou a precisar mais de serviços, porque a renda do povo melhorou, tem mais emprego, diminui a taxa de desemprego e também porque a indústria passou a ter estímulo novamente dentro do Brasil”.

Mais gente doente

Para o deputado petista, “o que a direita sabe e fez, é deixar mais gente doente, sem estudo e com fome. Isso nós não vamos permitir. Esse final do ano é muito importante, nós precisamos aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentária para os PLN que estão hoje, para alocar recursos em várias áreas fundamentais da economia deste país. E podermos votar a Lei Orçamentária para 2025, para podermos continuar na união de reconstrução, que é o grande tema do presidente Lula”.

Ano desafiador

Rogério Marinho (Crédito: Bruno Spada/ Câmara dos Deputados)

O senador Rogério Marinho (PL/RN), falou após o petista gaúcho, e fez duras críticas ao governo Lula. “Estamos concluindo o ano de 2024, um ano extremamente desafiador, um ano que nos testa todos os dias em função das formas reiteradas e inopinadas com que este governo vem, de maneira atabalhoada, gerindo a economia do país”.

A montanha pariu um rato

O senador do Rio Grande do Norte, afirmou: “nós estamos, e é importante que se diga, nas vésperas da aprovação de um pacote fiscal onde literalmente nós poderíamos simplificá-lo com um adágio popular – a montanha pariu um rato. Enquanto todos aqueles que têm interesse na economia real e sabem que há um desacerto, que é um desencontro, que é um desequilíbrio nas contas pública”, disse.

Farra fiscal

“Esperávamos que este governo tomasse tento, acordasse, emergisse dessa farra fiscal e populista que está levando o nosso país para uma trilha tão conhecida, que ocorreu há pouco tempo atrás, em 2014, 2015, 2016, quando tivemos a maior catástrofe econômica que se tem notícia na história brasileira desde 1948”.

De costas para o Brasil

Na opinião do senador bolsonarista, “os mesmos personagens, os mesmos métodos, a mesma estratégia, a mesma arrogância, a mesma empáfia, a mesma insensibilidade, o mesmo governo imbuído de um projeto de poder, e de costas para o Brasil”.

Um cala boca

Continuando com suas críticas, Rogério Marinho disparou. “Esse governo populista, irresponsável, nos oferece uma espécie de cala boca que, na verdade, não tem nenhuma consistência do ponto de vista de realmente levar a alguma consistência às contas públicas brasileiras”.

Relação dívida PIB

“Nós estamos apenas com dois anos de governo, mas a dívida pública brasileira saltou mais de 8%. Parece um número pequeno, mas vamos lembrar que essa relação dívida PIB se dá em 11 trilhões de reais, desculpe, chegamos a 9 trilhões de reais”, disse o senador.

Dívida pública

Rogério Marinho argumenta: “nós estamos falando de mais de 1 trilhão de reais novos acrescidos à dívida pública brasileira em menos de dois anos. Esse é o tamanho dessa irresponsabilidade continuada. Não é por acaso que o dólar, que era 4,80 . Chegou a mais de 6 reis.

Falta de confiança

“A falta de confiança neste governo tornou-se uma tônica”, assinalou Rogério Marinho. “Nós dizíamos alguns dias atrás, lá no plenário do Senado da República, quando vimos discursos apaixonados de senhores senadores que fazem parte da base do governo, que o Banco Central, que é o regulador da nossa política monetária, deveria intervir no mercado de dólar porque ninguém havia feito isso na época do presidente Bolsonaro”.

Pregando para cobras e escorpiões

Na visão do senador, “pregávamos como João Batista no deserto, para cobras e escorpiões; para pessoas que não conseguem ouvir, que não tem um discernimento, que não tem a capacidade cognitiva de entender que naquela época, na época do presidente Bolsonaro, nós temos problemas externos, nós temos problemas ligados ao início de uma guerra entre a Ucrânia e a Rússia, que proporcionou uma crise energética e alimentar mundial”, apontou Rogério Marinho.

Pandemia

“Nós tínhamos uma pandemia que se tinha notícia que ocorreu de forma similar em 1918, há mais de 100 de cem anos. E essa pandemia desarrumou a economia mundial, permitiu que houvesse uma série de dificuldades no fracionamento da economia e o crescimento desmesurado da relação do dólar com o real”, avaliou o senador. “Aí sim, havia a necessidade da intervenção. Agora nós estamos enxugando gelo. Mais de 12 bilhões de dólares foram queimados da nossa reserva de forma inútil”, criticou.

Pífio plano fiscal

No entender de Rogério Marinho, “este governo apresenta um pífio plano fiscal, onde prevê a possibilidade de se economizar R$ 30 bilhões no próximo ano e 40 nos subseqüentes, se todas as medidas forem aprovadas, e nós sabemos que isso não vai ocorrer”.

Fundos compensatórios

Segundo o senador, “os cálculos que fizemos com responsabilidade, apontam em R$ 21 bilhões e 30 bilhões. Este mesmo governo já anunciou R$ 20 bilhões no próximo ano de aumento para funcionários e cargos comissionados. Não colocou na lei de orçamento os 8 bilhões dos fundos compensatórios”, alertou.

Aumento da Selic

Para  Rogério Marinho, “este governo com o aumento da Selic que é feito em função da sua irresponsabilidade, cada ponto percentual são R$ 50 bilhões. Façam a conta, nós estamos enganando a população brasileira, e quem vai pagar a conta, infelizmente, novamente é a população mais frágil, é a sociedade brasileira que não consegue se proteger, porque este governo que se diz protetor da população mais pobre, na verdade é o predador da sociedade brasileira”.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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