Combate à fome e desigualdades

Lula

O presidente Lula vem “trabalhando intensamente para diminuir a pobreza e a desigualdade no mundo”. Dentro dessa linha, anunciada quando assumiu o comando do grupo, em dezembro, o presidente tem como objetivo, promover três bandeiras centrais:  combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável e reforma da governança global, que estarão, juntamente, com a reforma das instituições financeiras multiraterais, os principais destaques da primeira reunião ministerial da Trilha de Finanças do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, que se realiza esta semana, em São Paulo. Hoje, a coordenação do grupo é do Brasil.

Emprego e estabilidade financeira

O ministro da Fazenda Fernando Haddad, em linha com as prioridades gerais do Brasil, vai intensificar o debate sobre o papel das políticas públicas no combate às desigualdades e tentar sensibilizar os demais países para atuarem na mesma linha. A reunião de chanceleres, que ocorre no Brasil, também tratará de perspectivas globais sobre crescimento, emprego, inflação e estabilidade financeira.

Grandes pautas da humanidade

Elvino Bohn Gass (Crédito: Zeca Ribeiro, Câmara dos Deputados)

O vice-líder do PT, na Câmara, Elvino Bohn Gass, destacou ao Repórter Brasília, , que “ o Lula é um líder mundial e toca nas grandes pautas que a humanidade precisa”. Na visão do parlamentar, são quatro grandes pautas neste momento:  a primeira é a democracia, a segunda pauta importantíssima é o enfrentamento das crises climáticas. O mundo  está com alterações, as mínimas, as máximas, a enchente, secas, estiagens longas. São ciclones, são tufões, é a queima da Amazônia, é o modelo de desastre”, alerta.

Acesso à alimentos

O presidente Lula, destaca Bohnn Gass,” está na linha de frente disto, até fazer a  Cop-30, no Brasil”. A terceira pauta é que” nós precisamos ter uma aliança global, pelo G 20, o Lula vai fazer com que o mundo inteiro priorize a questão do combate à fome. Não adianta só tirar o Brasil do Mapa da Fome, queremos que o mundo não passe fome, que ninguém passe fome, na humanidade”, acentuou o parlamentar. Para ele, neste sentido, “tem que vir junto o crescimento econômico, com distribuição de renda, que é fundamental para as pessoas terem acesso a alimentos e também qualidade alimentar.”

Lutando pela Paz

O quarto elemento, que é fundamental, segundo o deputado Bohn Gass, “ é que estamos lutando pela paz. O mundo não comporta guerra, violência, matança de crianças, genocídio. O Lula tem  reafirmado sua luta incessante pelo cessar fogo e pela paz,” concluiu o vice-líder do PT, na Câmara dos Deputados.

Comando Direto

A concentração de pessoas, em São Paulo, convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mostrou que o bolsonarismo, ainda está forte no País. Com o ex-presidente inelegível, pela justiça, não podendo exercer cargo público por oito anos, passando pelas denúncias diversas, entre elas, as joias dadas pelo príncípe da Arábia Saudita e a tentativa de comprometer às eleições, criticando, a um público qualificado internacional, (embaixadores), a quem vai mandar a foto deste domingo, as urnas eletrônicas, Jair Bolsonaro, deu uma demonstração de fôlego político, assumindo diretamente, o chamamento dos aliados, colocando o povo na rua.

Terceirização do recado

Bolsonaro com o pastor Silas Malafaia

Na opinião do  pastor Silas Malafaia, o Judiciário orquestra “uma engenharia do mal” para prender Bolsonaro; o pastor afirm0u que o ex-presidente será “exaltado” se for preso…

Até mesmo as críticas que queria fazer ao Supremo, tendo como  alvo o ministro Alexandre de Moraes,  conseguiu com a terceirização das críticas. O pastor  Silas Malafaia, além de desempenhar o papel de dar os recados, patrocinou o encontro, a paulista,  que deu um amplo palco aos aliados de Bolsonaro, num momento em que o ex-presidente, precisa da exposição e também  dar o recado aos prefeitos e vereadores, com vistas ás eleições municipais. Juntos com Bolsonaro, os governadores, Tarcísio de Freitas, de SP; Ronaldo Caiado, de GO, Romeo Zema, de MG e Jorginho Mello, de SC.

Comando do PL gaúcho

O presidente do PL, do Rio Grande do Sul, Giovani Cherini, disse que “ a esperança venceu o medo”. Ele contou que até chegar no caminhão onde foram feitos os discursos, na Paulista, caminhou em torno de oito quadras e estava tudo lotado, inclusive, as ruas paralelas. O parlamentar acentuou que, ” apesar das ameaças, Bolsonaro pode sair na rua, pode chamar o povo, apesar das ameaças que vivemos, hoje, de falta de liberdade, de prisão de deputados, de prisão de jornalistas, ainda nós temos esperanças. Para Giovani Cherini, “ o pastor Silas Malafaia foi precioso e preciso, na sua avaliação contando fatos de tudo o que nós estamos vivendo”…

Análise da notícia

O professor Peniel Pacheco, conversou com pastores evangélicos e fez uma análise da notícia sobre a manifestação, em favor de Jair Bolsonaro, em São Paulo, neste domingo. “Acho um tremendo erro estratégico expor tão abertamente a comunidade evangélica como uma espécie de “bastião” de defesa do Bolsonaro, justo no momento em que ele está exposto a múltiplas investigações envolvendo práticas anticonstitucionais enquanto ainda estava no exercício da presidência”, avaliou o pastor Peniel Pacheco. Abaixo a análise do pastor abordando o episódio pelo fator político e religioso:

Inocentes úteis

“Pelo lado dos evangélicos fica ruim, pois os deixa isolados perante a opinião pública, recebendo a pecha de estarem sendo usados como “inocentes úteis”. Pelo lado do próprio Bolsonaro também fica ruim, pois passa a ideia de que ele está se agarrando, com unhas e dentes, a um expediente que é tradicionalmente reprovado pela maioria da população, qual seja, a manipulação da religião para fins espúrios, no caso em questão, a tentativa de limpar sua imagem mediante a utilização de slogans e outros expedientes de natureza estritamente religiosa para, desse modo, tentar demonstrar poder de mobilização e de força política.

Contaminação do segmento evangélico

O risco, em caso de futuras condenações ao ex-presidente, é de haver uma espécie de contaminação do segmento evangélico o qual deverá arcar com o ônus de sofrer ainda mais rejeição em decorrência do aumento da reprovação de Bolsonaro perante os demais segmentos da sociedade.

Ou seja, os evangélicos estariam sendo usados como “muletas” na tentativa desesperada de conferir apoio ao ex-presidente num momento em que ele se acha bem “ruim das pernas”.

A espera do milagre

Restaria aos manifestantes que participaram ou aprovaram a realização do culto/comício, ficarem à espera de um milagre suficientemente capaz de salvar a reputação e a honorabilidade de ambos. Vale lembrar que, no passado recente, não ocorreu o tão almejado milagre para viabilizar a reeleição de Bolsonaro”.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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