Combate à fome

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O Mapa da Fome da ONU mostra que a insegurança alimentar severa cai 85% no Brasil em 2023. Em números absolutos, 14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país no ano passado. Percentualmente, queda foi de 8% para 1,2% da população. Os números são da edição 2024 do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial divulgada nesta quarta-feira, 24 de julho, no Rio de Janeiro.

Caminho certo

Wellington Dias (Crédito: José Cruz, Agência Brasil)

“Os dados das Nações Unidas indicam que estamos no caminho certo. Em apenas um ano de governo, reduzimos a insegurança alimentar severa em 85%. Tiramos 14,7 milhões de brasileiros e brasileiras dessa condição”, afirmou Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. “Os dados desta edição nos deixam ainda mais confiantes de que iremos retirar o Brasil do Mapa da Fome no triênio 2023 a 2025”, celebrou o Ministro.

Sem acesso a alimentos

Pela metodologia da FAO, a insegurança alimentar severa é quando a pessoa está de fato sem acesso a alimentos, e passa um dia inteiro ou mais sem comer. Representa a fome concreta que, se mantida regularmente, leva a prejuízos graves à saúde física e mental, sobretudo na primeira infância, no desenvolvimento e na formação cognitiva.

Força Tarefa do G20

O lançamento do relatório das Nações Unidas ocorreu no mesmo dia da Reunião Ministerial da Força Tarefa do G20 para a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Insegurança alimentar

O Brasil tinha saído do “Mapa da Fome” em 2014 e sustentava a posição até 2018. Entre 2019 e até 2022, contudo, vinha em tendência de crescimento da pobreza, extrema pobreza e crescimento da insegurança alimentar e nutricional. Voltou ao Mapa da Fome no triênio 2019-2021 e se manteve.

Dados Mundiais

Com o lançamento do SOFI 2024, foram também atualizados os dados globais da fome. Não houve grande progresso em âmbito mundial: estima-se que 733 milhões de pessoas no mundo estavam em situação de fome em 2023, praticamente o mesmo número apontado na edição 2022: 735 milhões de pessoas.

Pessoas cronicamente desnutridas

Segundo as projeções do relatório, a serem mantidas as tendências, 582 milhões de pessoas ainda estarão cronicamente desnutridas em 2030. “Mesmo com o fim da pandemia, o mundo no geral não está conseguindo retomar os trilhos do combate à fome e à pobreza”, afirmou o Ministro Wellington Dias.

Na África maior proporção

De acordo com o relatório, a fome segue crescendo na África e manteve-se relativamente inalterada na Ásia, com progressos na América Latina. A África continua a ser a região com a maior proporção da população que enfrenta a fome (20,4%, em comparação com 8,1% na Ásia, 6,2% na América Latina e Caribe, e 7,3% na Oceania). No entanto, a Ásia abriga mais da metade das pessoas que enfrentam a fome no mundo.

Progressos na América Latina

Já a prevalência da insegurança alimentar moderada ou grave permaneceu praticamente inalterada na África, Ásia, América do Norte e na Europa entre 2022 e 2023, e se agravou na Oceania. Em contrapartida, o relatório registra progressos notáveis na América Latina, em parte em função dos resultados do Brasil.

Aliança Global

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome  ressaltou a importância do simbolismo do relatório internacional, pela primeira vez na história, estar sendo lançado fora de Roma ou Nova York. “A escolha de lançá-lo no Brasil foi por um motivo claro: hoje estamos dando o pontapé inicial para uma nova Aliança Global contra a Fome e a Pobreza no mundo, a proposta brasileira para a Cúpula do G20 lançada pelo presidente Lula, que deverá trabalhar para reverter essa trajetória e cumprir a promessa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 e 2, eliminação da pobreza extrema e fome zero até 2030”, afirmou Dias. “Se tudo der certo, queremos chegar ao relatório de 2030 podendo afirmar que a fome é problema do passado. E os avanços no Brasil mostram que é, sim, possível reduzir a fome rapidamente quando se tem disposição política, recursos e conhecimento para implementar as políticas públicas que dão resultado. Essa é a proposta da Aliança”.

Democracia, Clima e Fome

Bohn Gass (Crédito: Mário Agra/ Câmera dos Deputados)

O deputado Bonh Gass (PT/RS), comemora o Brasil estar na presidência do G20.  “Que bom que o Lula é o presidente do G20, porque o Lula está puxando essa pauta, porque é uma pauta que ele coordena no Brasil, ao planeta”.

Respeito ao meio ambiente

Para oi parlamentar gaúcho, “a humanidade tem quatro grandes pautas: a democracia, a preocupação com o Clima, a preocupação com a fome e a preocupação com a guerra. O Lula luta pela paz para que o povo deixe de ter fome, para que a gente respeite o meio ambiente. A COP vai ser também no Brasil, em Belém, é a democracia”.

Foco é ninguém passar Fome

Bohn Gass argumenta que “nós já tiramos o Brasil do Mapa da Fome, nós temos experiência, nós somos chamados pelo mundo afora, para a ONU, para vários países, para mostrarmos as nossas experiências”.

Levas nossas experiências

Na visão do congressista, “nós precisamos continuar sim levando as nossas experiências, e ajuda os mais pobres, para tirá-los da extrema pobreza”. Boas ações, em três sentidos: as ações da humanidade para a fome elas dão dignidade para as pessoas porque elas saem da situação da fome e da pobreza, por outro lado elas estimulam o agricultor a produzir alimentos”.

Ajudando a produzir comida

Para Bohn Gass, “nós temos que ter produção de alimento, e tendo o círculo de mercadorias e círculo financeiro nós ajudamos a melhorar a economia, então nós damos movimentação financeira, que é o que o mercado precisa, nós ajudamos o agricultor a produzir comida, e saciamos a fome das pessoas”.

Desenvolvimento com sustentabilidade

“Não é apenas uma ação, é pensar no desenvolvimento com sustentabilidade, porque tirar as pessoas da miséria ela aquece a economia, ela fortalece todos os setores da produção, além de trazer dignidade para as pessoas” ,considera o deputado Bohn Gass, do PT, do Rio Grande do Sul.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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