Izalci Lucas fala aos empresários do Lide sobre os Impactos da reforma tributária na economia  

Na reunião do LIDE, o Senador Izalci Lucas, o governador Ibaneis Rocha e o Presidente do LIDE Brasília, Paulo Octávio (Crédito: Rayra Paiva/GPS Brasília/Divulgação)

Governador Ibaneis Rocha diz que “Brasil poderá ter uma das maiores cargas tributárias do mundo”. Pela complexidade do tema, Izalci Lucas não acredita que a regulamentação seja aprovada até o final do ano, no Senado e na Câmara

Por Edgar Lisboa

O senador Izalci Lucas (PL-DF), integrante da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado foi o palestrante convidado do presidente do Lide Brasília, Paulo Octávio, para uma plateia de uma centena de empresários do Distrito Federal, nesta terça-feira (01), no Lago Sul. O senador falou sobre os “Impactos da reforma tributária na economia”. Ele defendeu à revogação da tramitação em regime de urgência do projeto que regulamenta a Reforma Tributária no Senado. O argumento é de pelo fato da grande complexidade do tema, que já acumula cerca de 1,2 mil emendas a serem analisadas antes da votação.

Na avaliação de Izalci Lucas, “é impossível votar essa matéria sem uma discussão maior. Por isso, estamos fazendo reuniões na Comissão de Assuntos Econômicos, serão 21 reuniões. Temos muitas demandas. É um projeto que afeta a vida de todo mundo, de todo contribuinte”, acentuou o senador do Distrito Federal.

O Lide Brasília, que reúne os principais empresários do DF, é presidido pelo ex-senador Paulo Octávio (PSD-DF), que concordou com o ponto de vista de Izalci Lucas. “É um assunto importante que vai mudar o Brasil e vai incentivar novos empregos e novas empresas. Ele tem que ser discutido com intensidade. Não adianta pressa para depois criar um monstrengo que ninguém entende e que não vai ajudar, porque nós queremos mais, nós queremos gerar empregos, queremos crescer o país”, assinalou o líder empresarial.

“Brasil tem que crescer 5%, 6% como já cresceu”, afirma Paulo Octávio

Na opinião de Paulo Octávio, “o Brasil não pode crescer 2% ao ano, o Brasil tem que crescer 5%, 6%, como já cresceu. Nós tivemos décadas em que o Brasil cresceu 8%, então é inacreditável que hoje o nosso crescimento é um crescimento tão pequeno, se comparado a todas as economias do mundo. Isso é muito ruim. Eu não aceito um Brasil com esse potencial. Nós temos que mudar esse patamar”, disse Paulo Octávio.

Ibaneis: “Brasil terá uma das maiores cargas tributárias do mundo”

Também presente no evento realizado na casa de Fernando Cavalcanti, vice-presidente do NWGroup, o governador Ibaneis Rocha (MDB) reforçou a importância da discussão da matéria, que ainda será votada pelo Senado Federal. “Nós temos uma preocupação muito grande com essa questão da reforma tributária, uma vez que as matérias que a gente tem visto e o que a gente tem acompanhado da legislação que está surgindo apontam que o Brasil terá uma das maiores cargas tributárias do mundo. Isso vai penalizar muito, diversas áreas da economia brasileira. Eu tenho acompanhado muito a área de serviço, eu sou da advocacia, a gente vai ter quase uma dobra no valor da nossa tributação e de vários outros setores, o que tem revelado uma grande preocupação com o que está tramitando no Senado Federal nos dias de hoje. Então é um debate muito importante”, assinalou Ibaneis Rocha (Crédito: Edgar Lisboa).

Não deixar que a população seja penalizada

Segundo o chefe do Executivo, o Governo do Distrito Federal (GDF) faz o acompanhamento através da Secretaria de Economia e da Procuradoria do Distrito Federal para poder contribuir com o debate e não deixar que a população, em especial a mais carente, seja mais penalizada.  ” Eu sou um governador de direita. Não tenho muito alinhamemento com a esquerda deste pais. Espero colaborar com a discussão para favorecer, desde o momento que eu resolvi ingressar na política aqui na nossa cidade do Distrito Federal, que eu entrei para contribuir com aquilo que eu tenhno de melhor”.

“Sou totalmente contrário ao pedido de urgência”, disse o governador

“Eu sou totalmente contrário a esse pedido de urgência, eu acho que nós já passamos mais de 30 anos discutindo reforma tributária, conseguimos avançar em alguns pontos. Nós temos que ter uma atenção a esse chamado que está sendo feito por todos os setores da economia para que a gente não tenha uma situação reversa daquilo que foi proposto e que é um avanço para o país”, afirmou o governador.

Importância das reuniões do Lide

Gustavo Alvares, Paulo Henrique Costa e Frederico Candian (Crédito: : Rayra Paiva/GPS Brasília/Divulgação)

O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa (ao centro), disse à coluna Repórter Brasília que, “a reunião do Lide, que tem acontecido mensalmente, é muito importante pois reúne pessoas dos vários setores de Brasília, seja do Governo do Distrito Federal, do Legislativo, do Judiciário, da iniciativa privada. É uma oportunidade de discutir temas importantes. Hoje, com o senador Izalci Lucas, tratando da reforma tributária, algo que é determinante para o nosso país e precisa de uma regulamentação clara”.

Importância da previsibilidade

Paulo Henrique Costa lembra que, “a reforma tributária, é um tema que se discute há muito tempo e ainda a gente não tem uma clareza exata do que vai acontecer. É importante a previsibilidade para que todos os setores possam se desenvolver e a carga tributária possa ser distribuída e simplificada, o esforço tributário, de maneira equânime”.

Segundo semestre com olhar positivo

Paulo Henrique Costa destaca que o BRB acompanha os impactos que as mudanças podem trazer, “não só para o nosso negócio diretamente, mas para todos os setores que a gente tem presença”. Questionado sobre o segundo semestre, o presidente do BRB, vê o segundo semestre com olhar positivo. “A economia brasileira tem crescido, apesar do aumento da taxa de juros que preocupa a todos, interfere na atividade econômica, nós entendemos a necessidade disso neste momento e espero que provoque a necessária reflexão dos gastos públicos sobre a importância do equilíbrio fiscal para logo logo a gente ter uma trajetória, de queda novamente, estimulando a atividade econômica e seguindo o movimento que está acontecendo no mundo todo. Os Bancos centrais pelo mundo, em várias áreas, tem feito movimentos de redução de juros”.

Preocupação com a questão tributária

Jael Silva com governador Ibaneis Rocha

O presidente do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Jael Silva afirmou que, “nós estávamos com uma expectativa muito boa, que as coisas iam começar a funcionar. Estamos muito preocupados com a questão tributária. Sempre tem uma novidade contrária ao segmento de bares e restaurantes que está indo relativamente bem, mas estamos aguardando algumas definições por parte do governo, para que a gente possa trilhar com mais tranquilidade”.

Expectativa de crescimento

Jael Silva destacou a importância do Lide onde, segundo ele, “é sempre uma oportunidade de termos um tema muito importante para todos nós do setor produtivo. Para o líder empresarial, no segundo semestre a expectativa é de crescimento. Não vai ser muito mas vai ter um crescimento de 5%, a 6% que é um crescimento razoável”, acentuou.

Setor produtivo, parlamentares e governo preocupados com a Reforma Tributária

Ney Ferraz, com o ex-deputado federal Osório Adriano (5 mandatos), Izalci Lucas, governador Ibaneis Rocha e Paulo Octávio
Guilherme Machado, Secretário José Humberto e Luciano Tonon (Crédito: Rayra Paiva/ GPS Brasília/ Divulgação)
Cláudia Pereira e Raquel Carvalho (Crédito: Rayra Paiva/GPS Brasília/Divulgação)
O anfitrião Fernando Cavalcanti com o governador Ibaneis Rocha (Crédito: Rayra Paiva/GPS Brasília/Divulgação
Eugênio Lacerda, Fabiano Cunha Campos, Paulo Octávio e Jonas Félix (Crédito: Rayra Paiva/ GPS Brasília/ Divulgação)
Cristiano Araújo e Juliana Monici (Crédito: Rayra Paiva/ GPS Brasília/ Divulgação)
Daniel Cambraia e André Kubitschek (Crédito: Rayra Paiva/ GPS Brasília/Divulgação)

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