Velha e surrada expressão que se diz no Brasil: “chega dos mesmos” ou ” sempre dos mesmos” quando alguém se refere aos políticos. Tenho esperança de que em 2026, novas lideranças vão aparecer para vivermos novos tempos e aposentarmos de vez a velha geração do pós-guerra. Não seja entendido como uma discriminação aos brasileiros da minha geração, que deu bons governantes, mas é preciso cair na real e reconhecer que muitos ainda se mantem apenas de narrativas, da demagogia e do populismo para manterem suas famílias encasteladas a décadas no poder. São os atuais chefes, coronéis, donos de partidos muitos dos quais já demonstram senilidade pelos seus arcaicos métodos de comando, visivelmente descontextualizados para os novos tempos em que até a inteligência virtual começa se impor. O mais espantoso de tudo isso é que alguns são verdadeiros “analfabetos funcionais”, a comandar a velha política que impede o surgimento de novas lideranças.
Mas o curso da história é implacável e vai sucumbi-los ao esquecimento, até porque, já estamos revelando uma nova geração de homens probos, dinâmicos e preparados como está acontecendo com esta nova safra de governadores de alguns estados brasileiros. Acontecerá também aqui no Brasil, como bem disse John Kennedy, “who said in his inauguration speech: ‘We stand today on the edge of a new frontier” – “Estamos hoje à beira de uma nova fronteira”.
Realmente é fácil constatar que o atual presidente já não é mais o mesmo das décadas passadas. O mundo é outro e as mentes são outras. Quem não acompanha a evolução perde o caminho e se perde no tempo. Sabe-se que quando fala ao vivo sem o script enganoso quem mais treme são seus próprios cupinchas e assessores obrigados a ouvir as barbaridades e asneiras, além de narrativas mentirosas. Políticos que não mais frequentam as ruas não conhecem a realidade do seu povo. Disse Castro Alves, a praça é do povo e somente ali, escutando a soberania popular e o clamor das ruas, se saberá o porquê das pesquisas mostrarem em queda suas aprovações.
Está na hora da mudança para sair deste atávico radicalismo que causa guerras e desgraças aos povos deste planeta e, especialmente aqui no Brasil de ficamos à mercê das velhas raposas da fracassada política presidencialista. Chega dos mesmos. Está na hora de mudarmos para melhor se quisermos ver as novas gerações sendo educadas, tendo emprego, deixar de passar fome, ter ao menos água tratada, segurança jurídica e agora até o pavor e medo de conviver com o crime organizado que já se infiltra nas nossas instituições. Não nos esqueçamos da advertência de JOÃO XXIII, quando ensinou: “AS INSTITUIÇÕES SERÃO O QUE FOREM SEUS DIRIGENTES”. A recente “licitação” de arroz estrangeiro e vergonhoso escândalo de corrupção, obrigou o governo a demitir auxiliares mas ainda resta o Imposto de Renda o mesmo que pegou Al CAPONE nos EUA, saber como um pequeno comerciante, uma semana antes do leilão aumentou seu pequeno capital de milhares de reais, para exatos 50 milhões. Em que floresta o Leão do IR está metido?
Estamos falando do PODER EXECUTIVO, aonde, já nestas eleições acontecerá uma das maiores renovações. Não é preciso citar nomes, mas a diferença de gestão de alguns governadores de estado e prefeitos municipais, mostram novos métodos de gestão e não apenas obras realizadas, porque souberam implantar controles fiscais eficientes, além de atitudes e comportamentos exemplares de como lidar com o interesse público e a gastança desordenada, dando o exemplo com zelo, economia e responsabilidade, para terem moral de cobrar o mesmo de seus comandados.
Está claro que precisamos acabar com a reeleição porque mais que provado que ela não deu certo, responsável por criar este exagerado número de partidos e a perpetuidade de suas direções, isolando a sociedade civil de participar da atividade política partidária. Já tivemos o suicido de Vargas, renúncia de Jânio, impeachment de Color e Dilma, e o que não faltam no momento, são pedidos de impeachment do atual presidente, aliás o único presidente que saiu da cadeia condenado por corrupção para assumir a presidência.
Vemos também no PODER JUDICIARIO, não por mera coincidência que no ano de 2023, cerca de trinta e três milhões de processos https://www.cnnbrasil.com.br/politica/judiciario-julgou-33-milhoes-de-processos-em-2023-mas-fila-ainda-tem-outros-83-milhoes/, evidentemente com milhões de recursos procrastinatórios que tendem levar a prescrição dos acusados.
STF julgou em um ano a astronômica cifra de 98.223 processos, sendo 82.577 decisões monocráticas e 15.649 colegiadas, conforme o Relatório Gestão RW, que pode ser consultado no site (www.stf.jus.br), pag.55. Na Corte Suprema dos EUA – uma das mais conceituadas do planeta – em média de 100 a 150 causas são julgadas por ano, ou seja, aqui na nossa justiça mais de 80% são as famosas decisões monocráticas, como aquela do Ministro Toffoli (aquele mesmo que por 2 vezes não passou no concurso de juiz substituto, mas que foi super eficiente quando a sua esposa (somente no Brasil acontece isso) peticionou ele foi rápido no gatilho para liminarmente anular a multa milionária da JBS. Lembremo-nos que os irmãos açougueiros num vídeo que circulou as redes sociais e até nas tvs, se gabaram de serem os mais espertos para enganarem o então Presidente Temer e safaram-se das acusações.
A realidade é que o Poder Judiciário Gastou em 2023 a bagatela de 132 bilhões, equivalente a 1,2% do PIB brasileiro. https://www.correiobraziliense.com.br/direito-e-justica/2024/05/6867546-judiciario-tem-custo-de-rs-132-bilhoes-para-julgar-332-milhoes-de-processos.html. Porém em 2021, a gastança do judiciário chegou a 1,61% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse percentual é o mais elevado entre 53 países, como divulgou o Tesouro Nacional. (PDF(https://www.poder360.com.br/economia/brasil-lidera-ranking-mundial-de-gastos-com-tribunais-de-justica/). Resumo da história: o Brasil está atrasado nesse sistema de julgamentos televisionados (exibidos na TV Justiça e nos canais do YouTube das Cortes) deixando a mais alta Corte vulnerável às pressões nas pessoas dos ministros que ficam suscetíveis ao ataque das suas posições. O “ativismo judicial” é motivo da animosidade contra ministros do Supremo pelo papel político que a Corte vem assumido nos últimos anos, não faltando vozes autorizadas a dizer que estamos vivendo a ditadura da toga.
E o PODER LEGISLATIVO? Este está “mais perdido que cusco em procissão”. Caso de piada como o “street tease da blusinha” para taxar as importações até o valor de 50 dólares, em concorrência à indústria nacional, que no trimestre teve mais queda. O mais espantoso de tudo é ver logo na Comissão de Ética da Câmara um bate-boca e verdadeiro barraco para inocentar o Deputado Janones do Avante(?) pela prática da rachadinha. Foi relator desta irônica absolvição o Dep. Boulos que se apresenta como candidato a prefeito de São Paulo a maior cidade do país e conta com apoio declarado do presidente Lula, que em acintoso abuso de poder foi em São Paulo no 1º de maio, fazer comício em favor do seu apaniguado.
Legislativo inoperante e omisso, para ficar num só exemplo, a falta de legislação e regulamentação para a exploração mineral do silício, valioso mineral quando temos a maior reserva do mundo numa só mina na cidade de Cristalina no Estado de Goiás, apenas 274 km de Goiânia, ou seja, pertinho de Brasília, jazida de cristal que se estende por mais de 40 km, com profundidade de 100 metros que pode ser vista do espaço.
Em dados numéricos, a estimativa é que a produção global do silício esteja em torno de 8 milhões de toneladas anualmente, sendo o Brasil responsável por cerca de 10 a 15% dessa produção. Estima-se que o Brasil deve possuir uma produção de 800.000 a 1.200.000 toneladas de silício por ano, tudo isso está demonstrado em vídeo inclusive com o depoimento do proprietário da jazida, empresário Eduardo Fernandes, que sonha em ver, como aconteceu na California – EUA, a criação do Vale do Silício Brasileiro – veja neste link: (https://clickpetroleoegas.com.br/revelada-a-localizacao-da-maior-reserva-de-silicio-com-o-mais-alto-indice-de-pureza-do-mundo-cristalina-em-goias-detem-mais-de-800-000-toneladas-e-pode-ser-vista-do-espaco/)
NILSO ROMEU SGUAREZI, advogado, ex-deputado constituinte