O Brasil não tem terremotos, vulcões ou tsunamis. Talvez por isso o país tenha por muito tempo alimentado a ilusão de que a estabilidade geológica do território seria suficiente para garantir um futuro tranquilo — livre de tragédias provocadas por eventos naturais.
A catástrofe no Rio Grande do Sul provou da pior forma que tudo não passava de engano. Nos dias finais de abril de 2024, o estado sofreu com chuvas, enchentes e enxurradas que atingiram 478 dos 497 municípios gaúchos, afetaram 2,4 milhões de pessoas — mais de um quinto da população local — e deixaram mais de 4 mil desalojados, 173 mortos e 38 desaparecidos. Foi o maior desastre natural da história do país.
Se não temos tremores de terra, rios de lava ou ondas gigantescas, somos ano a ano castigados por fenômenos climáticos. São catástrofes geralmente associadas a condições extremas relacionadas à incidência da chuva: ou o excesso ou a escassez absoluta.
Quanto o país investe na prevenção? Quanto gasta para reconstruir comunidades inteiras destruídas por dilúvios ou estiagens de grande magnitude? Como preparar as cidades para evitar novas calamidades? Qual o papel do Congresso Nacional?
Ao tentar responder a algumas dessas perguntas, a Agência Senado publicou, entre maio e junho de 2024, reportagens sobre a emergência climática, que agora podem ser lidas por meio dos links abaixo.
- Medidas provisórias contra desastres climáticos revelam ‘mapa das tragédias’ (17/05/2024)
- Com baixa capacidade adaptativa para desastres, municípios correm riscos (24/05/2024)
- Brasil deixa de aplicar 35% da verba para gestão de riscos e desastres, aponta TCU (29/05/2024)
- Engenheiro defende plano permanente para evitar desastres climáticos (29/05/2024)
- Número de municípios vulneráveis dobra, com aumento do risco de catástrofes (07/06/2024)
- Emergência climática: os dez passos para cidades resilientes, segundo a ONU (10/06/2024)
- Congresso tem função central para o controle e a adaptação climática (14/06/2024)
Matérias sobre a sessão temática de 27 de maio de 2024, sobre a tragédia no Rio Grande do Sul:
- Precisamos de medidas para enfrentar desafios climáticos, diz Pacheco
- Senadores cobram análise das causas e consequências da tragédia no RS
- RS: debatedores defendem políticas de prevenção e desenvolvimento sustentável
Reportagens: Dante Accioly, Paula Pimenta, Guilherme Oliveira, Vinícius Gonçalves (sob supervisão)
Infografias: Bruno Bazílio, Diego Jimenez, Cássio Costa
Foto de capa: Município de Arroio do Meio (RS), após as enchentes de maio (Gustavo Mansur/Palácio Piratini)
Repórter Brasília, Edgar Lisboa/Fonte: Agência Senado