Sobrevivência Política

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Sessão Câmara, Lula Marques, Agência Brasil. Foto ilustrativa

O Palácio do Planalto e a equipe econômica do Governo buscam, com cautela, uma relação de sobrevivência política tentando alinhar a escolha de dum nome para sucessão de Arthur Lira, na Câmara dos Deputados, para que no próximo ano a convivência seja menos traumática na hora de arregimentar votos para os projetos de interesse da base de Lula.

A Força do Centrão

Mas a vontade petista, não será tão fácil de ser concretizada. Tem que passar pelo Centrão e tenha certeza, não será um obstáculo nada facilitado. O poderoso bloco comandado, hoje, por Lira, quer fazer o sucessor na presidência da Câmara, com o apoio de Lula. O PT não tem nomes para fazer seu próprio presidente, avaliam parlamentares.

Candidato de Centro

O governo poderia apostar num candidato de centro, numa parceria com alguns partidos da base. Mas o importante, neste momento, é a articulação política que pode resolver o problema ou ampliar a situação, transformando numa crise, difícil de sair.

Fábrica de tratores de Belarus no RS

O Rio Grande do Sul pode receber tecnologia de Belarus para a fabricação de tratores de pequeno porte, específicos para o uso de agricultores familiares e assentados rurais, conforme havia anunciado a coluna Repórter Brasília, dia 29 de janeiro, após entrevista om o embaixador. O assunto foi discutido, nessa terça-feira (6), em reunião na Embaixada, em Brasília. Participaram do encontro, promovido pelo embaixador Sergey Lukashevich, o secretário-executivo do Escritório de Representação do RS (EBSB), Henrique Pires, e o diretor de Promoção Comercial e Assuntos Internacionais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RS (Sedec), Evaldo Junior.

Parcerias no Rio Grande

Sergey Lukashevich afirmou que Belarus já exporta fertilizantes para o Brasil (400 milhões de dólares em 2023), mas que o foco agora é buscar parcerias no Rio Grande do Sul para fabricar pequenos tratores, com potência máxima de 20 a 25 hp.

Incentivos fiscais

O assunto ainda deve ser aprofundado, com discussões sobre possibilidades de concessão de incentivos fiscais, logística e opções de locais para instalação de uma fábrica, que tenha acesso fácil ao porto de Rio Grande e que permita a exportação para países do Mercosul e também da África.  Independente das negociações junto ao Governo do Estado, Evaldo Junior sugeriu que a ideia da fabricação dos tratores seja levada por uma delegação de Belarus à próxima edição da Expodireto/Cotrijal, uma das maiores feiras de tecnologia agropecuária do mundo, que acontece de 4 a 8 de março, no município gaúcho de Não-Me-Toque.

Caminhões gigantes

O embaixador afirmou que a tecnologia de Belarus também é avançada na fabricação de caminhões gigantes para mineração, ônibus urbanos elétricos e mini helicópteros sem piloto, movidos por rádio controle, que podem ser utilizados para diversas funções, inclusive aplicação de defensivos agrícolas.

Relações internacionais

Também participaram da reunião na Embaixada de Belarus os assessores de Relações Internacionais e de Assuntos Estratégicos do EBSB, Robson Valdez e Fábio Marçal, respectivamente, e o consultor da Sedec, José Guilherme Caixeiro.

Garantindo recursos em Brasília

A retomada das atividades do Congresso, após o recesso parlamentar, já as vésperas do carnaval, trouxe à Brasília, prefeitos de todo o país, em busca de garantir seus recursos, nas emendas parlamentares. Os executivos gaúchos também iniciaram a semana percorrendo os gabinetes dos deputados e senadores, para garantir o futuro da administração, após as eleições municipais.

Emendas parlamentares

José Moacir, Prefeito de Bossoroca (Crédito: Edgar Lisboa)

O prefeito de Bossoroca (RS), José Moacir Fabrício Dutra (PP), disse ao Repórter Brasília, que “o momento é decisivo para os municípios, hora da definição das emendas parlamentares. É importante que nós prefeitos estejamos presentes no Parlamento buscando recurso para o município, para nossas entidades, hospitais, entre outros. É o momento da decisão, antes do carnaval e depois o fim do prazo dessa decisão”, argumentou o prefeito de quatro mandatos.

A solução é no município

José Moacir lembra que o cidadão quer soluções para seus problemas. “Ele bate no prefeito, bate no vereador, não vai no governador do Estado, nem no ministro da saúde, nem no presidente da República, então nós temos que resolver, e as soluções são caras, principalmente, na área da saúde que envolve bastante recursos”. O prefeito argumenta que as emendas têm custeio, para sustentar os municípios, para amenizar.

Corrigir retrocesso

“Infelizmente”, lamenta o prefeito, “agora está havendo retrocesso nesse sentido, nós esperamos que o novo governo corrija essa deterioração e que facilite mais para os municípios que é lá na ponta que acontecem as coisas”.

Principais problemas

O prefeito José Moacir que comanda um município com uma vasta extensão territorial de 600 km quadrado de área, isso nos consome muito recurso para nós conservar as estradas, e também na área da saúde é um problema permanente que nós temos, que nós não temos hospital no município, tem o hospital municipal que é de referência.

Dificuldades dos hospitais

“E como todo brasileiro sabe as dificuldades que os hospitais passam, com essa estrutura que vem de anos sem ter o devido cuidado, os governos que passaram, deixaram sem solução”, afirmou o prefeito José Joaquim Fabrício, acrescentando que o atual, hoje, vai promover uma revisão nesse ano, na questão da tabela do SUS. Será feita uma revisão que deveria ter sido feita há 20 anos atrás e depois todos os anos sendo revisados, mas imagina a defasagem que existe hoje em termos estrutural na ação pública”.

Menos Brasília, mais Brasil

Na opinião de José Moacir, é como se os municípios estivessem sobrevivendo nos últimos anos, aliás nos últimos anos que tivemos recursos como nunca no município, através de emendas e também de menos Brasília e mais Brasil”, acentuou o Chefe do Executivo de Bossoroca.

Hospital em São Luis Gonzaga

Hoje a população de Bossoroca é em torno de seis mil habitantes. O hospital de referência é em São Luís Gonzaga, relata José Moacir.

Questionado se existe projeto para hospital em Bossoroca, o prefeito disse que não. “nós tínhamos hospital lá, as minhas filhas nasceram no hospital e a partir de um dado momento no andar do tempo, quando a tecnologia vai avançando vai algumas coisas, isso cria algumas dificuldades, por exemplo, eu já fiz cirurgia de transfusão de sangue feita direta, tirava do sangue e colocava no cidadão, hoje não, hoje tem um banco de sangue, então tem que levar lá em Santa Rosa, aonde tem uma estrutura própria para isso.”

Avanço Tecnológico

Estamos passando hoje por um avanço tecnológico, então esses hospitais pequenos que tinham dificuldade estrutural e para montar toda essa estrutura necessária para vigilância sanitária fazer seu trabalho e dentro da estrutura legal e científica que nós temos hoje criou dificuldades para os pequenos e ficou os hospitais de referência. Isso em 2000, 2001 aconteceu.

Inteligência artificial 

Para o prefeito de Bossoroca, em seu quarto mandato, e não pode mais se reeleger por questões legais, a inteligência artificial, “é uma novidade boa, é um desenvolvimento, mas é aquilo que estávamos comentando, tem pouco conhecimento sobre isso aí, e o receio é que os mais espertos usem para o mal e não para o bem.”

Regulamentação até as eleições

“Dado o momento que estamos vivendo, da regulamentação até as eleições eu acho um prazo impossível de haver isso aí, então poderá nos trazer algumas dificuldades, principalmente para quem trabalha mais de acordo com os princípios básicos e elementares da vida humana, que são os princípios morais, afirmou o prefeito.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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