Sanderson apresenta Projeto de Lei para Ligação Lagoa dos Patos com o Oceano Atlântico

Ubiratan Sanderson (crédito: Elaine Menke, Câmara dos Deputados)

O deputado Ubiratan Sanderson (PL/RS), defende a construção de um canal de ligação Lagoa dos Patos-Oceano Atlântico, no Rio Grande do Sul. O parlamentar apresentou projeto de lei (indicação parlamentar 355/24) argumentando a necessidade de diminuir os riscos de enchentes ocasionadas pelo aumento acelerado dos níveis dos rios no estado.

Estudo de viabilidade técnica

Ubiratan Sanderson disse ao Repórter Brasília, que também encaminhou expediente à Agência Nacional de Transportes Aquaviários, solicitando respectivo Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, para a execução da obra, que servirá para abrir uma ligação entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico.

Canal do Panamá e de Suez

O parlamentar disse que já teve a oportunidade de conhecer o Canal do Panamá, o Canal de Suez, “que são obras complexas, grandes, mas que dá para fazer”. Ele aponta que “o Canal do Panamá tem 82 quilômetros e o Canal de Suez, 193; já o Canal da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, seria de oito quilômetros. Só não fazem porque não querem, tem alguns preconceitos ideológicos que precisam ser retirados”.

Farol da solidão

“O projeto para criar um canal entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, no Farol da Solidão, foi apresentado”, comemora Sanderson. Ele acrescentou que, “a Lagoa dos Patos tem 300 quilômetros, ela deságua em Rio Grande, tem 600 metros de boca de saída e eu quero abrir um canal aqui (mostrando o mapa da lagoa), com calha de concreto, se for o caso, com reclusas e com comportas para fazer a saída na parte norte do lago. A Lagoa dos Patos teria comunicação com o mar. Hoje ela é uma laguna”.

Programa de dragagem

Para o deputado, “é uma alternativa que vai ajudar muito. Além disso, o desassoreamento, um programa permanente de dragagem, lá de cima da serra até o Rio Guaíba, com a iniciativa privada fazendo a dragagem e vendendo o produto dessa dragagem, não tem problema. Ali tem cascalho bom, areia boa, e o Brasil inteiro precisa de cascalho e areia para fazer obras e não tem de onde tirar, porque a burocracia dentro do Ministério do Meio Ambiente é muito grande, que não ajuda em nada e atrapalha. Nós todos dependemos da questão do meio ambiente, só que ela tem que ser ligada às modernidades que a engenharia apresenta”.

Nem uma obra em 40 anos

O deputado acentua que, “nem uma obra a favor do meio ambiente foi feita nos últimos 40 anos, no Brasil. Agora o país está sofrendo. São Paulo não sofre tanto porque a cidade fez obras de engenharia que minimizam as enchentes. Blumenau (SC), no Vale do Itajaí, também minimizou os problemas das cheias com obras de engenharias caras, que tiveram que contar com a boa vontade e com a colaboração dos órgãos ambientais”. Fez dsuras críticas à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva: ” Só discurslos, sem obras”.

Retirar preconceitos ideológicos

O congressista argumenta dizendo: “o Brasil é a décima economia do mundo, dinheiro tem. Só falta um pacto nacional com dinheiro federal, com retirada de preconceitos ideológicos da questão ambiental; o Ministério Público ajudando, o Poder Judiciário ajudando, o Parlamento brasileiro ajudando, aí teremos condições de fazer. Temos que fazer o desassoreamento dos leitos desses rios sem burocracia e sem perseguição daqueles que estiverem fazendo a dragagem, além da retirada da população ribeirinha, colocando-as em local seguro”.

Atualzação cheias no Vale do Taquari.

Riscos de novos alagamentos

O deputado Ubiratan Sanderson (PL/RS) foi na noite desta quinta-feira (23), para o Vale do Tarquari e nos enviou mensagem: “muita chuva por aqui. Lajeado e Arroio do Meio (e por consequência Roca Sales, Encantado, Muçum) sem ligação”. O parlamentar alerta para risco de novos alagamento e deslizamentos. 9hs.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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