Afonso Hamm (Crédito: Vinicius Loures, Câmara dos Deputados)
O deputado Afonso Hamm (PP/RS) considera afirmou que os mais R$5 bilhões, liberado pelo governo esta semana, é uma medida importante, mas é tardia e insuficiente. O parlamentar que está em Bagé, em recuperação, rompeu o tendão e Aquiles do pé, enquanto tocava o gado, na fazenda, assinalou ao Repórter Brasília, que “os recursos são importantes, mas é bom saber que só as cooperativas precisam em torno de R$ 20 bilhões, isso sem falar nos cerealistas e nos fornecedores de insumos”.
Recursos direto aos produtores
“Há necessidade de outros R$20 a R$30 bilhões”, argumenta o parlamentar, e teria que ser direto aos produtores. “Vamos botar que seja R$ 20, então foi disponibilizado R$15, está agregando mais R$5 bilhões, só que a notícia não é boa, nós vamos assim, acabar tendo poucos recursos, porque esse recurso, na minha opinião, deputado Afonso Hamm, é que tinha que ir direto para os produtores. Em vez disso, eles estão disponibilizando, R$5 bilhões para distribuir para cerealistas, fornecedores de insumos que são valores altos, e cooperativas. Só as cooperativas absorvem tudo isso, então de novo o produtor, corre um risco nos bancos, que o produtor está com dificuldade”.
Melhores garantias
“O que o banco faz? Pega, e fornece os recursos para aquele que tem melhores garantias, que são as cooperativas, e as cerealistas”, prevê Afonso Hamm. Para o deputado, “todos são fundamentais, mas, na minha opinião o atendimento, primeiro, tem que ser ao produtor, ao cara que está plantando”.
Recurso é insuficiente e chega tarde
Afonso Hamm acentua que “o ideal é para atender tudo, mas o recurso é insuficiente e chega tarde. Ressalta, no entanto, que o recurso chega tarde, mas é importante sim, é uma conquista, de terem falado com Haddad, A medida materializa uma conversa dos senadores progressistas Luís Carlos Heinze /RS) e Tereza Cristina (MS), além de representantes do SOS agro e deputados com o ministro da Fazenda Fernando Haddad. O senador Luis Carlos Heinze já pediu uma nova reunião com o ministro, para retomar as negociações sobre os valores.
Banda desafinada do governo
Na visão de Afonso Hamm, “também mostra, uma banda desafinada do governo federal. O ministro da agricultura, Carlos Fávaro que vinha fazendo a interlocução, depois também o ministro Paulo Pimenta passou a fazer a interlocução. Inclusive, esteve aqui na região e nas regiões produtoras, em Ilha Negra.
De joelhos diante dos bancos
“Eu tenho usado uma frase, o atual governo deixou os nossos agricultores e produtores de joelho diante dos bancos, e continua. Porque para o cara conseguir acessar, é R$5 bilhões, R$15 bilhões foi muito rápido, 5não é o suficiente. E ainda botou cooperativas e cerealistas”.
Governo misturou tudo
Na avaliação de Afonso Hamm, “o governo misturou tudo, e aí acaba não atendendo o produtor com a sua família, que segue em situação desesperadora para poder se manter na atividade”, destacou o parlamentar.
Sem capacidade política
O parlamentar progressista afirmou que já se passou mais que meio ano: abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, e outubro não é mais de meio ano, setembro, outubro, e o governo não teve capacidade política, de resolver o acesso a crédito e a viabilidade. Afonso Hamm chama atenção que, ” resolvendo as dívidas, prorrogando, renegociando, é viabilizado o novo plantio.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa