Especialistas da Secretaria de Segurança Pública e de outros órgãos do Governo do Distrito Federal apresentaram medidas para o combate ao feminicídio
Delegados e agentes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) participaram, nessa terça-feira (3), do workshop Ferramentas da SSP-DF no Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, uma iniciativa da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). Os participantes – delegados-chefes e agentes de polícia das seções de atendimento à mulher – assistiram a uma série de palestras sobre as políticas e estratégias de enfrentamento à violência doméstica da pasta, nas quais foram apresentadas ferramentas de acolhimento e acompanhamento das vítimas e de monitoramento de agressores.
O objetivo do encontro foi fortalecer o desenvolvimento de ações conjuntas de prevenção à violência e oferecer ferramentas e informações que possam ser aplicadas no dia a dia do trabalho, promovendo a colaboração entre diferentes setores e instituições.
Também foram apresentados os dados estatísticos da violência contra a mulher no Distrito Federal (SGI) e as análises acerca do feminicídio feitas pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), bem como o trabalho desenvolvido no âmbito do Programa de Segurança Preventiva Viva Flor e da Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP). Foram abordados, ainda, temas como o uso de tecnologia no combate aos crimes cometidos contra mulheres, o sistema de videomonitoramento urbano no DF, o grupo Refletir e a atuação do Copom Mulher, da Polícia Militar (PMDF).
O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, destacou a importância da atuação da PCDF na investigação e prevenção de crimes cometidos contra mulheres. “Hoje, no Dia do Delegado, estamos aqui recebendo-os, juntamente com agentes que atuam em seções que atendem diretamente mulheres, para que possamos apresentar ferramentas e tecnologias desenvolvidas pela SSP-DF, que têm sido fundamentais no apoio a investigações e na proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade. Queremos para o Distrito Federal o feminicídio zero, o que passa por uma mudança de cultura e, principalmente, um esforço muito grande com o engajamento de diversos órgãos do poder público e da sociedade”, afirmou. “Já realizamos encontros como este com magistrados, Ministério Público e imprensa. Esta é uma luta de todos nós, e é preciso o envolvimento do setor público e da sociedade civil para maior efetividade das ações e redução de crimes”.
Palestras
Os números do Painel de Feminicídios da SSP-DF foram apresentados pelo coordenador-geral da CTMHF, Marcelo Zago. “Nossas políticas públicas são baseadas em evidências. Orientamos nossas ações com base em dados e não em ilações”, ressaltou.
A prevenção criminal com foco em grupos vulneráveis, como um dos objetivos traçados no Plano Distrital de Segurança Pública e Defesa Social (Pdisp), também foi objeto do encontro, com a apresentação do Programa de Segurança Preventiva Viva Flor. “Muito além do aspecto da repressão criminal, o que se pretende é evitar que a violência contra a mulher ocorra“, pontuou a subsecretária de Prevenção à Criminalidade, Regilene Siqueira. “E, uma vez verificada a violência, a função do programa Viva Flor é oferecer socorro policial prioritário às vítimas de violência doméstica, acrescido de atendimento especializado e humanizado para acolhimento adequado dessas mulheres”.
Já a coordenadora da Diretoria de Monitoramento de Pessoas Protegidas, Andrea Boanova, destacou que encontros como o desta terça são oportunidades de aperfeiçoamento dos serviços já oferecidos. “Já atuamos em sintonia e parceria. O encontro de hoje tem como objetivo não só mostrarmos os dados do que tem sido feito, mas também trocarmos informações acerca das possibilidades e dificuldades existentes durante o monitoramento de pessoas, buscando sempre o aperfeiçoamento do serviço”.
Mulher Mais Segura
A ação integra o Eixo IV do Programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, denominado Eixo Mulher Mais Segura, que reúne medidas preventivas e tecnologias voltadas à proteção da mulher e ao enfrentamento à violência doméstica e familiar.
Repórter Brasília/*Com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF)