Pressão para reforma ministerial

Congresso Nacional ( Crédito: Saulo Cruz, Agência Senado)

O pacote de corte de gastos, no Congresso, mostrou, muitas dissidências na votação do pacote que pressiona o governo por uma reforma ministerial prevista para o começo do ano que vem. A base aliada deixou claro nas votações da última semana, no Parlamento, principalmente, no pacote de corte de gastos, divisões que poderão refletir na reforma ministerial prevista para o começo de 2025. Parlamentares avaliam que os poucos votos de partidos com bancadas como União Brasil e o PSD também poderão pesar nas discussões sobre trocas de ministros.

Dissidência também no Senado

O líder do PSD, Antônio Brito, anunciou apoio ao pacote. Mas, nem tanto. Dez dos 42 deputados da sigla presidida por Gilberto Kassab votaram contra, mostrando dissidências dos aliados também no Senado.

Minas e Energia, Agricultura e Pesca

O partido já a algum tempo, administra insatisfações internas no comando dos Ministérios de Minas e Energia, Agricultura e Pesca, avaliam analistas políticos, os aliados não conseguem colocar apadrinhados em cargos. Afora isso, existem alas do PSD que resiste aderir à gestão petista. Na expectativa de ampliar a presença na Esplanada dos Ministérios, o partido quer ministérios mais representativos. De saída do cargo, O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que deixa o comando do Senado, é um dos mais cotados do PSD para, na reforma ministerial, assumir, um Ministério.

Mais espaço na Esplanada

Já o União Brasil, com 59 deputados também está dividido na relação com o governo Lula. Pede mais espaço na Esplanada dos ministérios. Hoje, o partido ocupa os ministérios do Turismo, Comunicações e integração Regional. Mesmo com essa presença significativa, no Governo Lula, na votação do pacote de medidas fiscais, 34 deputados votaram contra o texto, que modifica as regras do benefício de prestação continuada (BPC).

Lira na Agricultura ou Saúde

Chamou atenção a posição do líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento, não votou. Já o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira, teve 17 dos 47 deputados pela rejeição da matéria. O Palácio do Planalto pensa entregar o Ministério da Saúde ou o da Agricultura, ao deputado Arthur Lira, atual presidente da Câmara e conhecido como o grande comandante do Centrão, um bloco fiel, com enorme poder de fogo que quando entra em campo, faz a diferença.

Prejuízos das estatais

O deputado Ronaldo Nogueira (Republicanos/RS) parlamentar argumentar que, o governo precisa dar uma sinalização para a sociedade brasileira. Ele cobrou do governo decisões sobre as estatais brasileiras. “A nível federal, nós temos em torno de 149 estatais. As estatais estaduais e municipais ficam na casa de 292. Nós temos no Brasil mais de 400 estatais, e é notado que muitas dessas estatais elas perderam a sua finalidade, não tem porque existir, porque elas estão dando prejuízo”.

Oposição repete mentiras

Na opinião do deputado Bohn Gass, do PT do Rio Grande do Sul, a oposição repete mentiras sobre a situação econômica do País e ignora avanços sociais para incentivar a especulação sobre o câmbio do dólar. Ele cita melhorias como a redução da fome, aumento do salário mínimo, fortalecimento do SUS e retomada do crescimento industrial, comercial e agrícola.

Desgaste do governo

Atualmente o PP ocupa o Ministério do Esporte. A pauta também gerou desgaste do governo com o Psol. Com discursos contrários na tribuna, 10 deputados do Partido Progressista votaram contra o pacote Até mesmo, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, chegou a reclamar da postura do partido. O Psol ocupa a pasta de Povos Indígenas e a Federação Psol, Rede, o Ministério do Meio Ambiente.

Vaquinha de presépio

O deputado Chico Alencar ressalta que o governo não vem consultando o partido em nenhuma pauta. “Nesses primeiros dois anos, jamais houve uma reunião sequer da bancada do Psol com o governo. Nós não operamos como vaquinha de presépio. O governo manda e a gente vota, a gente analisa criticamente com toda a boa vontade o interesse público que nos orienta. A gente espera um ano novo de 2025 com mais diálogo com o governo e também que não haja nenhuma retaliação pequena da velhissíma política em relação a ministérios em função do nosso voto crítico”.

Deputados Dissidentes

Depois de u, tsunami de discussão interna contra as medidas relacionadas ao BPC, o PT fechou questão a favor, mesmo assim, teve três deputados dissidentes. o gaúcho Marcon, Natália Bonavides e Rui Falcão, ex-presidente do partido.

Siglas da base

As siglas da base, botam o governo para pensar. O PSB, com 14 deputados, teve seis parlamentares votando contra, incluindo a deputada Tabata Amaral, que concorreu ao governo de São Paulo, e Pedro Campos, irmão do prefeito de Recife, João Campos. A legenda ocupa dois ministérios.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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