Preço dos alimentos

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Lula quer preços dos alimentos acessíveis aos pobres

O Governo quer ajuda do agro para baixar o preço dos alimentos. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo federal estuda formas de reduzir o preço dos alimentos, que subiram acima da inflação desde o início do ano. O presidente Lula deve conversar com representantes do agronegócio esta semana. Ele quer incluir alternativas no Plano Safra 2024-2025.A bancada gaúcha, certamente, terá uma atenção especial do Palácio do Planalto, quase metade dos 31 eleitos pelo Rio Grande do Sul são ligados ao Agronegócio e integram a Frente Parlamentar da Agricultura.

Aumentar área plantada 

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, adiantou que as alternativas devem entrar no Plano Safra, para aumentar a área plantada de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca, incluindo também a oferta de crédito aos produtores. Caso o preço não baixe mesmo assim, a equipe econômica deve avaliar outras medidas.

Queda dos preços já em abril

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O preço do arroz e do feijão teve um aumento significativo, por consequência, principalmente, das fortes chuvas, no Sul. Agora, já começou a baixar, comemora o ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Ele anunciou, nesta segunda-feira (18), que o arroz e o feijão, já no mês de abril, voltam ao preço normal. O ministro está otimista e acredita na queda dos preços nos supermercados do arroz, do feijão, das frutas, hortaliças, leguminosas, começará a ser notado pelos consumidores, já nos próximos 15 a 20 dias.

Questões climáticas

Nos dois primeiros meses de 2024, o preço dos alimentos consumidos pelos domicílios brasileiros aumentou mais do que o dobro da inflação, medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). Técnicos do governo avaliam que a alta na inflação de alimentos é tratada como pontual e atribuída a questões climáticas, que impactam a produção desde o final do ano passado.

Governo “não priorizou”

O deputado Afonso Hamm, promete muito barulho, na instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Uva, Vinho, Sucos e Espumantes, nesta terça-feira (19), à noite, na FPA. O presidente da Frente Parlamentar, disse ao Repórter Brasília, que “o governo está acordando tarde para a importância do agro, não priorizou, na forma que é necessária do ponto de vista de prioridade”.

Desestímulo ao agricultor

O deputado reclamou também que, alguns agentes do Governo “falaram mal, fora do país e dentro, o que desestimulou e desestimula o agricultor, o produtor da agricultura familiar e agricultura empresarial”.

Produtor tem que ter renda

No entendimento de Afonso Hamm, “uma produção menor de alimentos, são preços mais firmes, escassez de alimentos e, consequentemente, um processo inflacionário. Não podemos esquecer que o agricultor tem que garantir uma renda, uma rentabilidade. Se tiver produção e produtividade, e política agrícola, apoio, financiamento, crédito e garantia de preço na compra, tudo isso, são políticas que há muitos anos, todos os governos fizeram, em prol do agro”.

Segurança Alimentar

Neste momento, cobra Afonso Hamm, “o governo Lula já está, no seu segundo ano e recém despertou para a importância estratégica da produção de alimentos, que é a segurança alimentar, preço acessível em condições do consumidor e os excedentes para exportação”.

Um terço do PIB Nacional

O agro, acentua Afonso Hamm, “movimenta um terço do PIB nacional”. Enfatizou que, no Rio Grande do Sul é praticamente a metade, próximo de 50%. O parlamentar reforça que, “hoje o agro não é só dentro da porteira. Hoje o agro é diferente. Você vai numa Expodireto (Não me Toque/RS) e vê, por exemplo, pessoas absolutamente urbanas, que são prestadoras de serviços, na cadeia produtiva do agro. É no domínio tecnológico de uma máquina, no desenvolvimento, numa tecnologia e nos insumos”.

Urbanos fazem parte do agro

“O mundo do agro, aponta Afonso Hamm, no bom sentido, invadiu as cidades. Hoje, os urbanos fazem parte do agro e o governo custou a entender isso e precisou tomar um susto na questão da inflação”. A expectativa do deputado, “é uma política justa e de suporte, que é o que nós estamos há muito tempo falando na Frente Parlamentar da Agropecuária, na Frente Parlamentar da Fruticultura e Vitivinicultura. Ali dentro temos a cadeia dos sucos, que são fundamentais para alimentação dos brasileiros e os excedentes também já se exporta”.

Falta política de suporte

Afonso Hamm afirma que “o arroz, o trigo que dá o pão ás massas, também tem que ter um cuidado com a cultura de inverno, porque está sem uma política de suporte”. Ele chamou atenção para o seguro agrícola, que precisa ser efetivo e verdadeiro para que o produtor garanta renda.

Plano de Governo

Novo presidente da Frente Nacional em Defesa da Uva, Vinho, Sucos e Espumantes (crédito:Laycer Magalhães)

“Não é só crédito que precisamos, nós precisamos de um amplo plano de governo que contemple setor a setor: o arroz, a própria cultura de exportação de soja que se pode trabalhar na agregação de valor e industrializar, processar, gerar empregos aqui e com isso, nós vamos ter um equilíbrio, num preço justo ao agricultor que remunere e um preço acessível ao consumidor”, argumentou Afonso Hamm, para concluir: “esse é o fiel da balança, e que o governo estava dormindo e acordou”.

Balanço de preços

O total acumulado do IPCA de janeiro e fevereiro é de 1,25%, enquanto apenas os alimentos subiram 2,95%. Somente em fevereiro, os alimentos em domicílio aumentaram 1,12%. As maiores altas foram na cebola (7,37%), batata-inglesa (6,79%), frutas (3,74%), arroz (3,69%) e o leite longa vida (3,49%). No ano passado, o preço dos alimentos fechou com a menor alta desde 2017.

Arroz gaúcho

O ministro da Agricultura Carlos Fávaro, citou como exemplo o plantio de arroz no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão. Em outubro do ano passado, o excesso de chuvas no estado atrasou o plantio da safra 2023/2024. Até o momento, cerca de 10% da safra foi colhida. O ministro da Agricultura afirmou que “o preço da saca do arroz já caiu de R$ 120 para R$ 100 para o produtor. Esperamos que, com essa baixa, os atacadistas também abaixem (o preço) na gôndola dos supermercados, que é onde as pessoas compram”.

Desaceleração do aumento

Os dados indicam uma desaceleração do aumento em relação aos meses passados. “Houve influência do clima, por conta de temperaturas mais elevadas e um maior volume de chuvas”, afirmou o gerente de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Almeida.

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O clima extremo no ano passado, mostra o IBGE, trouxe impactos para a produção atual. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), também divulgado na última semana, estima que a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve chegar a 300,7 milhões de toneladas, 4,7% a menos do que em 2023.

Consumidor na torcida

Com esses episódios todos, os consumidores, por sua vez, sentem o resultado no bolso. Devem ficar atentos pois além disso, estão perdendo na quantidade e, muitas vezes, na qualidade, que é o mais grave. Agora, todos na torcida, para que o anúncio do Ministro Paulo Teixeira, dos preços baixarem ainda em abril, realmente comecem a acontecer.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios  do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

 

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