Passamos por um retrocesso, diz líder do PDT

Print Friendly, PDF & Email

O novo líder do PDT na Câmara dos Deputados, o gaúcho Afonso Motta, fez um balanço ao Repórter Brasília sobre o momento político no País. Com posições firmes, e um palavreado claro, o novo líder afirmou que “o melhor encaminhamento é tentar isolar o radicalismo extremo. É uma posição que envolve tanto um lado como o outro. Nós passamos por um retrocesso”.

Tensionamento maior

Afonso Motta (Crédito: Bruno Spada/ Câmara dos deputados)

De acordo com o líder do PDT, “passamos por uma conjuntura que envolve alguns fatores: os conflitos internacionais e o posicionamento do presidente Lula, desnecessário no meu ponto de vista, quando ele radicaliza sem entrar no mérito, contribui para um tensionamento maior”.

Prerrogativas atentadas

Para Afonso Motta, “antes do ato do dia 25, que vem sendo convocado pela oposição, em São Paulo, tem o debate que passa por todo o Congresso Nacional, que é a recuperação das prerrogativas do Parlamento”.

Parlamentares cederam

Segundo o líder,“desde que os parlamentares cederam, as prerrogativas foram alteradas. No momento parecia necessário, houveram fatos diversos, e nós cedemos a preceitos constitucionais”. Hoje, segundo Motta, “a opinião da maioria é outra. As coisas têm uma dinâmica muito rápida no momento, mas houveram fatores outros, e a grande maioria quis alterar as prerrogativas do Parlamento, prerrogativas dos deputados e senadores”.

Tem que ter investigação

“Hoje, acredito que há um arrependimento, porque sem entrar no mérito, sem entrar no conteúdo dos inquéritos, que podem ser legítimos, podem ser procedentes, tem que ter investigação”, afirmou Afonso Motta.

Invasão de Gabinete

Na visão do líder do PDT, “não se justifica invasão de gabinete no Parlamento, não se justifica expor os parlamentares a situações vexatórias junto com sua família, a prisões indevidas. Não estou aqui defendendo quem quer que seja, mas é o conceito”, alertou o congressista.

Conotação de Resistência

Para Afonso Motta, “o ato do dia 25, ele tinha uma conotação, que era uma conotação de resistência às investigações que vêm sofrendo o ex-presidente Bolsonaro”. Para o parlamentar, “não importa quem seja o presidente, do ponto de vista constitucional, parlamentares,  tem que respeitar os ex-presidentes, sejam eles quem for, companheiro ou adversário”, advertiu o congressista.

Fatos atentatórios

Sem entrar em nenhum mérito, da procedência ou da não procedência, Afonso Motta, acredita que “a mobilização original era de resistência em relação à figura do ex-presidente da República que está sendo investigado. Depois da iniciativa de resistência, surgiram os fatos atentatórios, como estávamos falando das prerrogativas parlamentares, isso faz com que a mobilização engrosse, e agora mais recentemente surgiu a questão internacional”, avaliou o líder do PDT.

Na busca do entendimento

Afonso Motta espera que “o resultado de tudo isso não seja mais do que um reflexo perante a sociedade, perante a população, e que a gente possa continuar no caminho, não da ruptura, mas de procurar um entendimento”, acentuou o novo líder do PDT.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *