Por Edgar Lisboa
O preço dos medicamentos deve subir até 4,5% a partir deste domingo, com o aval do governo. As farmácias podem reajustar de uma vez ou dividir repasse ao longo do ano.
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Apesar de não ser um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste, a decisão leva pânico, principalmente, aos aposentados que tem que escolher entre tomar os remédios ou fazer as compras básicas no supermercado.
Os preços dos medicamentos em todo o país devem ser reajustados em até 4,5% a partir de hoje (31).
Esse percentual, que funciona como um teto (valor máximo), foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e publicado no Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (28), assusta a todos.
Trabalhador no limite de despesas
O aumento de preços de medicamentos, seja ele o menor, como quer justificar o Ministério da Saúde, programado ou não, a verdade é que o trabalhador já está no limite de suas despesas. É um tema bastante sensível que afeta, além da saúde, o bolso das pessoas que não tem dinheiro nem para pegar ônibus para ir ao trabalho, quem sabe para comprar medicamentos, numa época em que novas doenças chegam e as que já se imaginava extintas, começam a voltar.
Governo mais atento
Argumentos para aumentar os preços, os laboratórios preparam com bastante competência e até parcimônia, mas a verdade é que o custo vai além da capacidade de absorção da pessoa que precisa se tratar. O governo, ao aceitar os novos valores, com o Ministério da Saúde e outros órgãos, deve examinar com bastante intensidade a situação das pessoas que necessitam desses medicamentos para continuar trabalhando e, alguns, até continuar vivendo.
Mais atenção à população
O Congresso Nacional, por sua vez, apesar das audiências públicas, poderia dar uma desacelerada no embate que ainda continua, após as eleições, com ofensas e ameaças entre bolsonaristas e lulistas e focar mais neste aspecto, que deixa as famílias em pânico e sem saída para a saúde.
Pessoas sem remédios
As opiniões podem ser as mais variadas possíveis, mas a realidade é que as pessoas ficam sem remédios por falta do produto oferecido pelo governo nas farmácias, e pelo alto custo da compra.
Deputados e Senadores
As reclamações sobre aumentos de preços de medicamentos se avolumam, as famílias, não sabem mais o que fazer para comprar medicamentos e nossos parlamentares, no Congresso Nacional não parece estarem tão preocupados como a situação merece. Talvez, as eleições municipais sejam um bom momento para uma profunda reflexão dos nossos congressistas.
Medicamentos acessíveis
Muitos consumidores e Grupos de defesa do consumidor e os próprios consumidores, clamam por maior regulamentação e controle de preços para garantir que os medicamentos permaneçam acessíveis para todos, mas isso não chega a repercutir onde deveria. Quando o Legislativo se omite de tomar decisões mais duras, acaba o Supremo Tribunal Federal, ocupando espaço em assuntos que deveriam ser do Parlamento. Aí sim, deputados e senadores, fazem discursos de toda ordem, reclamando da interferência de um Poder nos assuntos do outro. Acho que numa democracia, ninguém pode ser favorável a isso. Mas na omissão… alguém tem que tomar as decisões, para que as coisas aconteçam e a população não seja prejudicada.
O certo é que a população tem que dispor de medicamentos. O resto é discurso e narrativas como gostam de dizer nossos parlamentares e governantes., às vésperas de uma eleição municipal.
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É importante que governos, empresas farmacêuticas, parlamento e entidades de defesa do consumidor, trabalhem juntos na busca de um equilíbrio entre a necessidade de incentivar a inovação na indústria farmacêutica e garantir que os medicamentos essenciais sejam acessíveis para todos aqueles que deles necessitam. Sem dúvida, isso passa por medidas como políticas de preços transparentes, incentivos para pesquisa de medicamentos essenciais e regulações que limitem aumentos excessivos de preços.
Repórter Brasília, Edgar Lisba