Onda direitista no Parlamento

Bohn Gass: “País respira de novo”. Crédito: Zeca Ribeiro, Câmara dos Deputados)

A direita brasileira trabalha intensamente para aumentar o número de prefeitos em 2024, e foca também na intensificação da presença de parlamentares no Congresso Nacional. Nada ficará sem resposta com a “onda direitista no Parlamento”, prometem bolsonaristas. Na visão do deputado Bohn Gass (PT/RS) “essa onda vai enfraquecer, porque eles tinham anunciado que a economia ia crescer menos de 1%, nós estamos crescendo três vezes mais, vai chegar a uns 3 pontos de crescimento econômico”, comemora o parlamentar gaúcho, rebatendo as expectativas da direita

País respira de novo

“O país respira de novo, com oportunidades de emprego, uma inflação mais baixa, o real valorizado, o salário mínimo vai aumentar de novo acima da inflação, os preços dos alimentos e combustíveis estão mais baratos”, elenca o vice-líder do PT, Bohn Gass, acrescentando que, “de fato, a direita não tem mais discurso; a única coisa que eles refiam é na fake, mentira e nas pautas identitárias: sexo, banheiro unissex, pautas que nisso querem fazer uma exploração, digamos assim, política.”

Acabar com a guerra fiscal

Questionado se a reforma tributária poderia sofrer algum entrave por conta dessas posições direitistas anunciadas, Bohn Gass respondeu que, “o grande reparo que nós precisamos fazer na reforma tributária, além da simplificação, unificação, é acabar com a guerra fiscal, é a justiça tributária; não é criar nenhum imposto, não é aumentar imposto, é só fazer os ricos que não pagam, pagarem sobre suas fortunas. Isso é o que tem que fazer”, defende o congressista.

Grande desafio do governo

Para Bohn Gass, “o grande desafio do governo e do PT, para o próximo ano, é nós continuarmos a manter a economia crescendo, para que todos os programas que nós recriamos, continuem sendo implementados. Eles tinham acabado, agora passaram a parar em pé.”

Apoio do Centrão

Um levantamento publicado pelo Globo nesta quinta-feira (28) chama atenção pelos rumos que tomaram as siglas do Centrão que apoiaram Jair Bolsonaro, mudaram seu comportamento este ano após trocar de lado e aderir ao governo Lula. O levantamento mostra que, em média, 55% dos deputados do PP se aliaram ao Palácio do Planalto. Três meses depois de assumir uma cadeira na Esplanada dos Ministérios, esse índice foi de 53%, caindo um pouco. No caso do Republicanos o índice foi de 57% antes de fazer parte da base de apoio ao governo Lula, indo para 55% depois.

Ainda em busca de base confiável

Na avaliação de aliados do governo, os números mostram que apesar de Lula ter conquistado vitórias importantes na área econômica ao longo do ano, como a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária, ainda não consolidou uma base ampla em sua nova passagem pelo Palácio do Planalto. A avaliação é que mesmo tendo entregue ministérios ao Centrão, o governo continua tendo que negociar no varejo projeto por projeto, o apoio dos “aliados”.

Crédito para o leite

A difícil situação do setor leiteiro devido aos altos custos de produção e os subsídios dados ao leite importado foi destacada pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS). O parlamentar apresentou projeto de lei que permite a prorrogação de operações de crédito rural de custeio e de investimento dos produtores de leite.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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