Moradores de Santa Maria recebem orientações e medidas de combate à dengue

Conscientização faz parte do Dia D Contra a Dengue, organizado pela Administração Regional e a Secretaria de Saúde. Ação também incluiu recolhimento de inservíveis e entulhos

O Governo do Distrito Federal (GDF) trabalha para combater o mosquito da dengue rotineiramente. Neste sábado (2), os moradores de Santa Maria receberam a visita de agentes de Vigilância Ambiental e de servidores do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), para verificar a presença de focos do Aedes aegypti e repassar orientações sobre as formas de combate. A ação faz parte do Dia D Contra a Dengue, promovida pela Administração Regional de Santa Maria em parceria com a Secretaria de Saúde (SES-DF), e continua neste domingo (3).

Moradores de Santa Maria receberam a visita de agentes de Vigilância Ambiental e de servidores do Corpo de Bombeiros Militar para verificar a presença de focos do Aedes aegypti | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

A concentração das equipes ocorreu durante a 40ª edição do GDF Mais Perto do Cidadão, próximo ao ginásio poliesportivo de Santa Maria. Presente no evento, a vice-governadora Celina Leão observou a importância da parceria conjunta. “Temos armadilhas montadas e várias outras tecnologias para acompanhar a questão da dengue. Nós sabemos que o combate é uma luta de todos e precisamos da atenção da população. Os focos estão dentro das residências, e agora que começa a chover, começa a proliferação dos mosquitos”, disse.

A força-tarefa mobilizou cerca de 100 bombeiros militares e passou em endereços das Quadra 103 do Condomínio Santos Dumont e na Vila dos Carroceiros. “É importante abrir a casa para receber as equipes. Às vezes tem lugar que a gente nem imagina que pode nos prejudicar. Então, vamos abrir a porta para nos ajudar a fazer um trabalho em prol de todo o Distrito Federal”, defendeu o comandante-geral do CBMDF, Sandro Gomes.

O subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, destacou o potencial educativo do serviço: “Esse trabalho casa a casa é o momento em que temos a oportunidade de estar próximo do morador, para orientar e identificar os potenciais criadouros no domicílio. Quando identificamos a presença da larva, retiramos do local e mostramos para o morador, para que ele entenda o risco que tem dentro de casa.”

Segundo o subsecretário, os agentes aplicam larvicidas para tratamento focal em pontos que não permitem a remoção das larvas e, quando há registro de número elevado de criadouros, fazem a pulverização de veneno. “A Borrifação Residual Intradomiciliar é uma nova tecnologia que a Secretaria de Saúde tem implementado para auxiliar o combate à dengue. É uma substância que fica aderida ao local por um período maior de tempo – a literatura fala em até 60 dias. Então, quando o mosquito tiver contato com essa superfície, a substância vai aderir à estrutura do mosquito e vai matá-lo”, esclarece.

O aposentado Fernandino Rocha Coelho, 80, revelou que acumula materiais de construção no quintal, mas, atento às orientações, cuida para não ter criadouros do mosquito

O Dia D também incluiu o recolhimento de entulho e inservíveis das ruas da cidade com 20 caminhões caçamba e outros maquinários. Os materiais foram encaminhados ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU). “Estamos limpando a cidade e recolhendo todo o entulho que foi descartado de uma forma ilegal, infelizmente. É o GDF trabalhando na prevenção contra a dengue”, frisou o administrador regional de Santa Maria, Josiel França. O serviço teve apoio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Governo (Segov-DF).

A hora de prevenir é agora

Como o Aedes aegypti se reproduz em água parada, é essencial que qualquer recipiente, por menor que seja, seja eliminado, uma vez que pode se tornar um criadouro. A medida vale para vasos de plantas, pneus, garrafas e até mesmo tampinhas de garrafas, locais ideais para o inseto depositar seus ovos.

Essa foi uma das orientações repassadas ao instalador de ar-condicionado Éder Marques de Souza, 49 anos. Durante a visita, o morador de Santa Maria descobriu que havia larvas do mosquito em uma de suas plantas. “Eles verificaram tudo e acharam uma bromélia que vou ter tirar do jardim, porque está acumulando água. Vou colocar em outro lugar para não causar dengue aos vizinhos e nem para o pessoal daqui de casa”, garantiu.

Outras formas de combater a proliferação do mosquito é manter caixas d’água, tonéis e barris bem tampados, e instalar telas em janelas e portas para impedir a entrada em casa. O aposentado Fernandino Rocha Coelho, 80, revelou que acumula materiais de construção no quintal, mas, atento às orientações, cuida para não ter criadouros do mosquito. “Essas visitas são necessárias porque a vigilância do próprio do dono nem sempre é igual ao olho de quem visita. Sem a visita a gente não tem nem estatística como é que anda o lugar.”

Repórter Brasília/Agência Brasília

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *