“Um mau mensageiro cai no mal, mas o embaixador fiel é saúde” (Provérbios de Salomão 13.17).
Abro este artigo com uma séria palavra de advertência: não é de bom alvitre lamber o mel de espinhos em detrimento daquilo que é relevante de fato!
Olhando para os atuais cenários político, econômico, social e religioso, parece fácil identificar quem seria o mau mensageiro citado por Salomão: trata-se do indivíduo que, por não estar interessado em cooperar para o bem coletivo, vive por conta de difamar os outros e de destruir reputações.
Existem supostos líderes, atuando nos cenários anteriormente descritos, que se munem de tochas prontos para incendiarem a “grande floresta” chamada Brasil. Acho que tais pessoas se enquadram muito bem na expressão “lamber mel de espinhos”, pois na ânsia de sorverem o mel dos privilégios, acabam se arranhando nos espinhos da difamação, ferindo a própria língua e ofendendo àqueles que, por uma ou outra razão, contrariam suas opiniões ou interesses.
Lembremos de Jesus, que em sua missão salvífica, anunciou o autêntico Evangelho, visando alcançar as pessoas em seus mais variados contextos de vida. Aqueles que aceitaram suas palavras, não somente foram evangelizadas e tiveram seus pecados perdoados, mas, também, receberam a palavra de esperança e de fé, e tiveram seus corpos curados das enfermidades que lhes assolavam. Outros foram libertos dos espíritos imundos e, suas vidas foram completamente transformadas pelo poder de Deus. Sem omitir a extraordinária cura do paralítico de Cafarnaum e os esplêndidos milagres de ressurreição do filho da viúva de Naim, da filha de Jairo, e também de Lázaro de Betânia.
Hoje em dia, identificamos pessoas que não estão, nem um pouco, interessadas em amenizar a dor do outro, mas, ao contrário disso, só pensam em tirar vantagem das fragilidades alheias para prevalecerem sobre elas. Ou seja, gostam mesmo de se promoverem às custas dos outros. Transformam o Reino de Deus em trampolim para atenderem às próprias conveniências. Usam o Evangelho de forma totalmente oposta daquela que foi ensinada por Jesus e seus apóstolos.
É óbvio que tais mensageiros não se enquadram na definição dada por Salomão de “embaixadores fiéis”. Ao contrário, são pessoas de mau testemunho, que estão sempre causando confusão, dividindo o povo de Deus com falsos discursos, gerando confusão e contendas por meio de estratégias malignas. Tais indivíduos só se sentem felizes se puderem tirar vantagem pessoal de cada situação. São os verdadeiros mensageiros do mal, que não cessam de lamber o mel de espinhos e, por assim procederem, estão se ferindo nos próprios espinhos e provando sérias feridas na alma.
Esses que lambem o mel dos espinhos imaginam estar obtendo sucesso com suas práticas, pois sentem prazer em ofender aos outros supondo que estão se colocando acima de seus concorrentes ou adversários. Entretanto, acontece exatamente o contrário: eles que acabam se diminuindo quando são desmascarados em suas frustradas tentativas de se darem bem à custa do sofrimento alheio. O mais incrível disso tudo é que os lambedores de mel dos espinhos acabam encontrando adeptos dispostos a aprovarem e a seguirem suas práticas. Infelizmente, não faltam seguidores para aqueles que fazem estardalhaço e se utilizam principalmente das redes sociais para difundirem seus métodos e estratégias antiéticas. Não é por outro motivo que, ultimamente, o número de ministros do evangelho envolvidos em polêmicas, principalmente no contexto político tem crescido de forma assustadora. E, o que é ainda pior, aumenta também o número de pessoas dispostas a segui-los. Entretanto, as igrejas onde eles atuam acabam pagando um alto preço por causa de suas más condutas.
Apesar de todas as consequências nefastas, tais mensageiros do mal, travestidos de homens de Deus, não se mostram dispostos a mudarem suas posturas. Eles gostam do ringue, da batalha, de levar o outro ao nocaute, tentando eliminar todos quantos contrariarem suas ideias, principalmente, se alguém pisar em seus calos por discordar de seus métodos.
O apóstolo Paulo se deparou com certo grupo de religiosos com essas mesmas características na igreja de Corinto, o qual lhe deu muito trabalho (leia 1Co 3.1-23).
Fica evidente que pessoas que assim procedem são, na verdade, mensageiros do mal e não bons embaixadores de Cristo, como no dizer do sábio Salomão.
Contudo, conforme Paulo declarou: “…É me imposta essa obrigação e ai de mim se não pregar o Evangelho”.
Quem usa o Evangelho de maneira contrária aos ditames da Palavra de Deus, é classificado como mau mensageiro e não embaixador fiel. Por estar sempre lambendo mel de espinhos, não é reconhecido como pessoa de conduta moral e espiritual saudável, portanto indigna de ser seguida ou imitada.
José Orcélio de Almeida Amâncio é pastor, escritor e membro da Academia Evangélica de Letras do DF.
Conheço o Pr. Orcelio a muitos anos, homem honesto, intrigou e temente a Deus.
Quão esclarecedor esse documentário do ilustríssimo pastor Orcélio; homem de Deus comprometido com a verdade, que liberta!
Parabéns pelo seu posicionamento pastor!
Que Deus te abençoe sempre!