Lula na defesa do Supremo

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Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem entrado com força na defesa do Supremo Tribunal Federal contra os ataques do empresário Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes. Sem citar nomes, tem deixado claro a posição do governo sobre o tema, rechaçando a postura do dono do X, antigo Twitter.

Xenofobia do extremismo

“O crescimento do extremismo de extrema direita que se dá ao luxo de permitir que o empresário americano, que nunca produziu um pé de capim desse país, ouse falar mal da corte brasileira, dos ministros brasileiros e do povo brasileiro. Não é possível”, disparou lula, acrescentando que “o mundo viva a xenofobia do extremismo, que é o que está acontecendo, com o crescimento do extremismo”.

Brasil não pode ficar de joelhos

O deputado Heitor Schuch (PSB/RS) considera que “a provocação de Elon Musk, do X ou do Twitter, que muda de nome, mas a ferramenta é a mesma” não pode ficar sem resposta.  O parlamentar argumenta que “o Brasil é um país soberano, tem sua autonomia política administrativa, a 9º economia do mundo, não pode ficar de joelhos diante de um empresário, muito rico, que tem apenas o propósito de ganhar dinheiro”.

Leis acima de uma relação comercial

Heitor Schuch afirmou que o empresário pretende que “nós façamos o que ele quer, e como quer. Nós temos que ter claro que as nossas leis, estão em vigor, estão acima das pessoas, acima das instituições, acima das entidades e acima de uma relação comercial”.

Hora de regrar legislação

No entendimento do deputado, “essa manifestação do Elon Musk, agora faz com que o Parlamento se aperceba que está na hora de regrar a legislação”.

Modificações no projeto

Heitor Schuch lembra que, “nós tentamos votar no passado, os parlamentares, os movimentos das redes sociais, em especial de direita, não deixaram. Essa é que é a verdade”. O congressista defende que “o projeto, do jeito que está, talvez tenha que sofrer alguma modificação”.

Se o Congresso não faz, o judiciário faz

Heitor Schuch apontou que “o Congresso precisa ter claro: ou ele faz a lei ou amanhã ou depois, o judiciário vai fazer o regramento e aí não adianta chorar”.

Difícil saída

Luiz Carlos Busato (Crédito: Pablo Valadares /Câmara dos Deputados)

Para o deputado Luiz Carlos Busato (União/RS), “é uma briga de dois deuses onipotentes, um da área econômica e o outro da área  judiciária. Não sei onde vai chegar isso, não sei quem leva a pior na situação”. Na opinião de Busato, “o Musk leva prejuízo financeiro, mas não está nem aí e o outro entrou num pantanal tão denso que não sabe como vai sair dessa. É uma briga que chegou a um ponto que ninguém sabe o que vai fazer”, concluiu o parlamentar.

Esperar desdobramento

A deputada Any Ortiz (Cidadania/RS) acha que, agora, é esperar para saber qual o desdobramento em relação a isso e ver se surgem alguns fatos novos. A consequência é que o governo tentou voltar com o projeto de lei do fake News, “que é um projeto da censura, que impõe limites à liberdade de expressão e eu acho que essa discussão acabou retirando, de uma vez por todas, as possibilidades desse projeto tramitar na Câmara. Foi sepultado”. Enquanto isso, “Elon Musk está falando para o mundo todo sobre os abusos cometidos pelo STF”.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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