O Governo chega ao feriado de Corpus Christi com uma série de derrotas na votação dos vetos, mostrando a fragilidade diante de um “Congresso forte,” que dá um recado ao Palácio do Planalto, que “quem manda é o Parlamento”. Deputados e senadores derrubaram veto de Lula ao fim das saídas temporárias de presos. Por outro lado, parlamentares mantêm, o veto de Jair Bolsonaro a projeto que torna crime a disseminação de informação falsa em período eleitoral
Derrota para a sociedade
Para o deputado Elvino Bohn Gass (PT/RS), “a derrota do governo nas votações do Congresso Nacional, nesta terça-feira (28), não é uma derrota para o governo, isso é uma derrota para a sociedade e para a democracia”, assinalou o parlamentar.
Congresso desconectado
“O Congresso não está conectado com a sociedade brasileira, ele se elegeu numa conjuntura nas eleições passadas, aonde a regra era violência, milícias, fake News e mentira”, disparou Bohn Gass.
Transparência e paz
Na opinião de Bohn Gass, “o parlamento hoje, enquanto o mundo respira por ter transparência, não ter mais fake news, trabalhar a paz, parlamentares continuam com a ideia central, da violência, da guerra, das armas e da mentira, é o que sustenta a extrema direita”, acentuou o petista.
Não representa a sociedade
“Mas esse Congresso, já não representa mais a sociedade brasileira. Nós já estamos passando para outro patamar.
Essa posição que o Congresso Nacional oferece hoje para o Brasil, é um atraso para o país, é um atraso para a economia, é um atraso para a democracia. Não é uma derrota ao governo, é uma derrota para o Brasil”, afirmou Bohn Gass.
Sobrevivência da direita
“É a sobrevivência deles, só se mantém mentindo”, avalia Elvino Bohn Gass, acrescentando: “esse é o padrão que infelizmente a política mundial está assim, é o padrão da extrema direita, ela é assim, só existe, se retroalimenta mentindo e sendo violenta”.
Recuperação do Rio Grande do Sul
Por dois dias consecutivos, o deputado federal Marcel van Hattem (NOVO/RS) trabalhou focado em impedir a tramitação de um projeto do Governo Federal que buscava o remanejamento inesperado de quase R$ 3 bilhões de reais dos recursos públicos provenientes do Orçamento Geral da União (OGU).” A proposta (PLN 13/2024 CN) foi inserida na pauta da sessão do Congresso Nacional realizada na noite desta terça-feira (28), sob a alegação de que houve um acordo de líderes sobre o assunto no momento da sessão.”
Sem processo legislativo
Para o parlamentar, trata-se de projetos de valores exorbitantes que não passaram pelo devido processo legislativo.
“Nós estamos falando de colocar um PLN de quase R$ 3 bilhões de reais aqui, que não estavam na pauta, para distribuir para não sei quem, enquanto o meu Estado continua embaixo d’água! Como gaúcho e parlamentar brasileiro, é vergonhoso o que está sendo debatido aqui!
“Demagogia, não aceito”
O Governo não liberou nem um R$ 1 bi para os nossos empreendedores que não têm mais nada! Nem móveis, nem cadeiras, nem nada! E aqui estão querendo votar R$ 3 bilhões na calada da noite, isso é uma vergonha! Demagogia eu não aceito!
Estou aqui para representar o meu povo gaúcho! Colocar um projeto sem que ninguém tenha discutido ou lido o texto do relatório isso é uma sacanagem!”, afirmou Marcel van Hattem, que também é presidente da Comissão Externa sobre danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul (RS).
Encerramento da sessão
Indignado, Marcel solicitou o encerramento imediato da sessão. Prontamente, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), suspendeu a sessão do Congresso Nacional, para que as propostas pudessem ser avaliadas pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).