Espaços foram construídos nos centros de ensino médio 1 e 2 da região administrativa, com investimento superior a R$ 3,2 milhões
O Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou 12 salas modulares nos centros de ensino médio (CEMs) 1 e 2 de Planaltina, nesta quinta-feira (14), com investimento de mais de R$ 3,2 milhões. Cada escola ganhou seis salas de aula com 45 m² e capacidade para 35 estudantes, possibilitando a criação de 210 novas vagas por turno (manhã, tarde e noite), além de banheiros e áreas de convivência.
Presente à cerimônia de entrega, a governadora em exercício Celina Leão destacou a agilidade dos trabalhos para a construção das novas salas: “Esse tipo de obra utiliza uma técnica construtiva que entrega mais unidades, a um preço em conta e com maior rapidez. Essa é mais uma inovação do nosso governo. São quase R$ 100 milhões de investimento em módulos, isso sem contar a construção de novas escolas”.
A iniciativa é fruto de uma parceria da Secretaria de Educação (SEEDF) com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), e funciona como estratégia de resposta ao aumento contínuo da demanda por vagas na rede pública, uma vez que a construção de salas modulares é mais rápida do que uma obra rotineira. Nas duas escolas, os empreendimentos ocupam uma área total de 1.185,80 m², que antes estava sem uso.
“Os módulos vêm para melhorar os espaços pedagógicos nas escolas onde os alunos já estão assistidos, com salas de aula suficientes, e para possibilitar a implementação do ensino em tempo integral”, detalhou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
Os módulos foram erguidos em alvenaria e possuem telhas termoacústicas com isolamento, e a estrutura da cobertura é feita em steel frame, uma chapa de alumínio extremamente leve para instalação, o que otimiza a velocidade da obra. Além disso, o piso das salas foi feito em concreto polido resinado, e o dos banheiros, em revestimento em cerâmica, facilitando a manutenção das áreas.
A obra incluiu a estruturação de um conjunto de banheiros: um masculino, um feminino e dois para pessoas com deficiência (PcDs), todos com acabamento em granito cinza. Há áreas de convivência cobertas e descobertas, com bancos e mesas de concreto, incluindo tabuleiro de xadrez, bebedouros e lixeiras. O paisagismo foi elaborado com grama-esmeralda e plantio de árvores do tipo casca-de-vaca.
Para promover conforto aos estudantes, os cômodos são iluminados, arejados e contam com três aparelhos de ar-condicionado. A novidade, inclusive, foi a parte mais elogiada pela estudante Lohany Araújo, 17 anos. “Já até falei que queria que uma das salas fosse a minha. Achei muito bom que as janelas são altas porque, quando são mais baixas ,acabam abafando o ambiente. As novas ficaram bem arejadas, com ar-condicionado, e ainda têm um projeto maravilhoso”, disse.
A diretora do CEM 2 de Planaltina, Sonara Martins, adiantou que os espaços também poderão ser usados para o ensino de pessoas com deficiência auditiva. “Somos uma escola inclusiva, com mais de 100 alunos com deficiência. As salas vão nos ajudar a atender a demanda escolar, com mais jovens matriculados e um menor número por turma”, enfatizou. “São mais espaçosas, ventiladas e estão em um lugar adequado, porque muitas vezes pensamos que o aluno surdo não escuta nada, mas o barulho interfere, sim, na aprendizagem dele. Com esse novo espaço, vamos poder dar um melhor atendimento a eles”.
Com os módulos, é prevista a criação de mais vagas para cada turno. A estudante Manuela Marques, 17, afirmou que os novos colegas serão bem-recebidos pela comunidade escolar: “Aqui temos uma quantidade enorme de alunos justamente porque o ensino é perfeito. Nossa escola acolhe a todos, principalmente pessoas com deficiência”.
Ampliação
No CEM 1 de Planaltina, também são previstas novas oportunidades, nos períodos matutino, vespertino e noturno. “Hoje atendemos 3 mil alunos e a ideia é aumentar a quantidade de turmas em cada turno. A maior demanda que temos é para o primeiro ano do ensino médio, nos dois primeiros horários”, esclareceu a diretora, Andreia Neves, que está há mais de duas décadas atuando na escola.
Neves destacou, ainda, que as salas vão beneficiar o desempenho de todos. “Se o professor trabalha em um ambiente em que se sente bem, em que a aula rende, os alunos percebem isso e tudo flui, fica melhor. E eles amam porque é uma sala nova, tem ar-condicionado e, além disso, ficarão mais próximos da área verde”, observou a diretora.
A estudante Natália Goulart, 17, está prestes a concluir o ensino médio na unidade e celebrou a inauguração. “É ótimo que a escola esteja crescendo e ampliando para novos alunos, porque é uma das melhores da cidade. É uma escola de referência tanto pelo ensino e professores quanto pela qualidade do material que a gente recebe”, observou. “A sala é bem-iluminada, bem-ventilada e fica em uma área que tem acesso direto à área verde, então o pessoal poderá estudar com mais tranquilidade”.
O estudante Cauã Lucas Correia, 17, também salientou os benefícios da estrutura mais arejada para a rotina escolar: “Às vezes o aluno fica agoniado por conta do calor, que incomoda e até pode fazer o aluno pedir uma licença da sala, e é difícil também para os professores. Então essas salas vão ajudar bastante para termos uma aula melhor”.
Investimento
Reflexo da atenção à demanda escolar, o GDF inaugurou 28 salas modulares em quatro estabelecimentos de ensino desde novembro do ano passado. Neste ano, 16 espaços foram entregues na Escola Classe (EC) 8 do Guará e no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 2 da Estrutural, com capacidade para atender 560 alunos por turno. Em 2023 foram entregues 12 módulos na Escola Classe 16 e no Centro de Educação Infantil 1, ambos em Planaltina, para 770 estudantes e investimento de R$ 4,8 milhões.
Além disso, seguem em construção os módulos de instituições de ensino de Sobradinho, Recanto das Emas, Gama, Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Núcleo Bandeirante, São Sebastião, Paranoá e Planaltina.
Repórter Brasília/Agência Brasília