Eleições Municipais prometem grandes emoções

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Congresso Nacional (Crédito: Agência de Notícias da Indústria)

Apesar de alguns experientes parlamentares acreditarem que as eleições municipais não darão continuidade a polarização entre “lulistas e bolsonaristas”, o quadro que vem sendo pintado é que, pelo menos, nas Capitais, pode continuar a queda de braço entre os apoiadores de Lula e Bolsonaro. Em meio a um emaranhado de problemas que se avolumam Lula e Bolsonaro, que já estão atuando intensamente na montagem das chapas de seus candidatos às prefeituras, buscando pavimentar os caminhos para as eleições de governador e parlamentares em 2026, começam a ter maior visibilidade. No Parlamento, os acordos são um jogo de xadrez, complicado, em muitos casos, sem saber quem será o adversário. Mesmo sendo do mesmo partido, às vezes, existem dúvidas se o escolhido para receber apoio é parceiro ou “fogo amigo”, tornando-se um adversário voraz.

Inversão da campanha

A polarização poderá proporcionar uma inversão da campanha onde os candidatos, em vez de tratar de temas de interesses municipais, vão tratar de temas nacionais, que em alguns casos, não dizem respeito a quem mora na ponta, na porta de entrada, como gostam de dizer alguns políticos, que é o município. E o pior é que as campanhas serão invadidas pelas redes sociais, com grandes possibilidades de notícias fakes, provocando desinformação, e insegurança;

Polarização nas capitais

Pelo que parece, queiram ou não, incrédulos e crentes, como diria o saudoso jornalista, Sérgio Jockymann, da antiga Folha da Tarde, a polarização vai ter um peso significativo, principalmente, nas capitais.

Uma situação difícil será a disputa dentro da base do Governo Federal. Em algumas cidades, os ministros de Lula, vão se enganjar diretamente como adversários dos candidatos do próprio governo, criando uma situação incomoda para o presidente.

Excesso de candidatos em Fortaleza

Merece atenção a situação de Fortaleza onde o atual prefeito, José Sato, quer ir para a reeleição, com apoio do seu partido, o PDT, que é da base do Governo e tem, inclusive, um ministério, cujo titular é o presidente do Partido, Carlos Lupi. Vai enfrentar pelo que vem sendo desenhado, o PT com o PSD, tendo como pretendente o ministro da Educação, Camilo Santana, que quer ser candidato e está se aliando à Cid Gomes que está saindo do PDT, brigado com o irmão Ciro Gomes. Uma situação difícil, pois, além disso, o PT, numa disputa interna pretende lançar a ex-prefeita Luiziane de Oliveira Lins.

Situações complicadas

Existem ainda situações complicadas, onde o PL de Jair Bolsonaro e o PT de Lula podem ser aliados, em determinados municípios. O PT, em agosto, se esquivou de aprovar uma resolução que impedia essas alianças, com a desculpa de estar protegendo alguns nomes que, ainda estão no PL, mas pretendem se aliar a Lula com vistas às eleições de 2026. Isso, sem falar no imbróglio que andam as negociações, em São Paulo e No Rio de Janeiro.

Temas federais e questões ideológicas

Pelas indicações, até agora, a eleição para prefeito, será uma eleição onde os temas nacionais terão grande espaço e a polarização deve crescer. Outro ponto que estará presente, segundo analistas, são as questões ideológicas, que no Congresso, passam a ter uma visibilidade maior. Com isso, os assuntos de interesse direto da cidade podem ficar em segundo plano.

O que pensa a população

Resta saber como vai se comportar a população, se a prioridade não for obras, asfalto, infraestrutura na cidade, os investimentos em saúde, segurança entre outros para melhorar a vida do cidadão, ou seja, dos eleitores, ou os temas nacionais, menos técnicos e mais políticos.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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