Diálogo com o Congresso, defende Henrique Fontana

Henrique Fontana (Crédito: Site do Partido dos Trabalhadores)

O secretário-Geral do Partido dos Trabalhadores, ex-deputado e um dos timoneiros do PT, Henrique Fontana, disse ao Repórter Brasília, o que acredita que serão as prioridades para o ano legislativo que inicia. “A agenda econômica é uma agenda sempre presente, ela já avançou bastante, no ano passado”. O líder petista defende que “tem que seguir no ambiente de negociação e dialogar muito com o Congresso”.

Desafio de formar maioria

“É sempre um desafio para nós, formar maioria, mas as coisas vão andando”, considera o petista, acrescentando que “a ideia é debater, mais um pedaço dos desafios tributários, para além daquilo que já foi aprovado, da reforma essencial e com uma alternativa negociada, que é a grande questão, em torno deste tema da desoneração da folha. O governo tomou a decisão e tirou a MP. Isso vai ser a negociação mais complexa do início de ano”, ponderou.

Governo tem conseguido dialogar

Para Henrique Fontana, o diálogo tem que ser feito sobre negociações, o Congresso tinha derrubado o próprio veto do presidente. “O ambiente que a gente está encontrando, por mais que as vezes tentam dizer que tem muita hostilidade, eu não vejo assim, vejo que o governo tem conseguido dialogar”. Ele acrescenta : “é lógico que o perfil do Congresso que se elegeu, é um perfil onde os deputados mais ligados programaticamente ao governo Lula, é um número reduzido. Mas essa ampliação de base que o presidente tem costurado, que o Alexandre Padilha, como ministro tem trabalhado intensamente, é uma questão de todos nós, e tem dado certo. ”

Negociar para ter governabilidade

“Essa é a tarefa que nós recebemos do povo brasileiro. Ganhamos a eleição presidencial, com uma minoria no Parlamento que, no sistema de coalizão presidencialista brasileiro, a gente tem que negociar, para conseguir ter governabilidade”, considera o secretário-geral do PT.

Inteligência Artificial e fake news

Para o líder petista, a inteligência artificial e o fake News, “ é um dos principais, senão o principal desafio de preservação da democracia e do direito à informação confiável”, acentuou.

Direito à informação confiável

Esse não é só um desafio brasileiro, é um desafio global. Henrique Fontana enfatiza que “todos os países estão se debruçando sobre isso, alguns já fizeram legislações, que estão mais adiantadas. Entendo que isso deve ser uma pauta prioritária, no Congresso”.

Questão de sociedade

É uma questão, menos de governo e mais de sociedade., alerta Fontana destacando que “diversos ministros do TSE e do Supremo, tem falado sobre isso, ou seja, a necessidade de uma legislação mais potente para garantir o direito à informação confiável e, efetivamente, uma democracia plena, que depende da informação confiável”.

Terra de ninguém

Henrique Fontana destaca que “não podemos continuar com essa espécie de terra de ninguém, que é um pedaço das redes sociais. A rede social tem muita coisa boa, mas elas estão, hoje, impregnadas dessa lógica da disputa de narrativas falsas, de distorção, de todo esse processo que hoje é ilegal”.

Apoio da direita, do centro e da esquerda

Na opinião de Henrique Fontana, “ esse é um assunto que encontra apoio tanto a esquerda, como ao centro, bem como setores da direita. Ele argumenta que, “a continuidade de uma deterioração, no ambiente de disputas, isso não é só para a eleição, esse processo de fake News, de narrativas falsas, de desinformação, que é uma palavra que é melhor, prejudica a tudo. Prejudica a saúde pública, prejudica, inclusive, os negócios, onde também começa a aparecer diversas ações de concorrência desleal”.

Regulação democrática das redes

Na visão do ex-parlamentar, “a regulação democrática das redes sociais, da internet é imperativa para um país como o Brasil, aliás, o mundo inteiro está buscando esse tipo de solução”.

Votação ainda este ano

Com sua experiência de três mandatos, e tendo sido líder, do PT, no Parlamento, Henrique Fontana acredita que os projetos sobre o tema, serão votados ainda este ano. “ É uma avaliação intuitiva, não tenho muita informação para orientar essa minha avaliação”. Fontana acha que o presidente Arthur Lia (PP/AL), tem essa preocupação. O presidente Rodrigo Pacheco também, o TSE tem essa preocupação, setores responsáveis e democráticas da mídia tem essa preocupação””, avaliou Fontana.

Regulação do bem

No entendimento de Henrique Fontana, “ essa regulação, que as vezes é uma palavra muito demonizada, ela é o que eu chamaria de uma regulação do bem. É uma regulação para garantir o acesso à informação confiável para todos, independente se a informação ou as opiniões, vejam da direita, do centro ou da esquerda. Não importa, o que importa é que as informações tem que ser autênticas, comprováveis. A população não pode ficar à mercê de um conjunto de narrativas mentirosas que geram situações graves”.

Exemplos além da politica

O Secretário-Geral do PT, Henrique Fontana, concluiu afirmando que “temos exemplos, além da política, como dei o exemplo, na saúde pública, e também de jovens que estão muitas vezes, sendo levados a ato extremistas”, concluiu.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

Um Comentário

  1. Mauro Francisco Gasperin

    O PT um bando de vagabundo que não tem o que fazer a não ser complicar a vida dos dos que produzem nesse país que são os empresários. Criar divisões sociais e incentivar, racismo o diferente e a discriminação.

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