Secretaria de Saúde reforça procedimentos de segurança e imunizados terão que permanecer de 15 a 30 minutos nas unidades de saúde. Medida segue orientação do Ministério da Saúde
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) reforçou os procedimentos de segurança para a aplicação de vacinas contra a dengue. Agora, as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos devem passar 15 minutos em observação na unidade de saúde após o recebimento da dose. Quem tem histórico de reações alérgicas graves terá que aguardar 30 minutos até a liberação.
A medida foi tomada por recomendação do Ministério da Saúde (MS), após serem notificados seis casos de reações alérgicas graves supostamente relacionados à vacinação, sendo dois deles no DF. “A situação é rara, foram dois casos em 47 mil doses aplicadas. Ainda assim, nossa vigilância está atenta e reforçamos os procedimentos”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
A gestora lembra ainda que a incidência de dengue na capital federal é de 3870,2 casos para cada grupo de 100 mil pessoas – número bem superior ao registrado de reações graves ao imunizante. “A vacinação é segura e convidamos as famílias de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos para garantir essa proteção”, acrescenta.
Nas salas de vacina, além do tempo de espera após a aplicação das doses, antes da imunização, os servidores irão reforçar as orientações a respeito do histórico de alergias. Há, ainda, a capacidade para atender rapidamente a eventuais reações alérgicas. Por fim, haverá um intervalo mínimo de 24 horas para que o grupo prioritário receba qualquer dose do esquema vacinal contra outras doenças.
“A situação é rara, foram dois casos em 47 mil doses aplicadas. Ainda assim, nossa vigilância está atenta e reforçamos os procedimentos”
Lucilene Florêncio, secretária de Saúde
As medidas ajudam a garantir uma resposta rápida e efetiva no caso de reação pós-vacinação, minimizando o risco às pessoas imunizadas e auxiliando na segurança da vacinação em geral.
Todas essas orientações adicionais foram aprovadas pelo Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos (Cifavi), formado por servidores de diversos setores da SES-DF, como vigilância epidemiológica, infectologia e pediatria, além de representantes da Sociedade Brasileira de Imunizações no DF e da Sociedade de Infectologia do DF.
Segundo a gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira, as novas medidas são consideradas como precauções. “O Brasil foi o primeiro país a introduzir a vacinação em massa contra a dengue e, diante da introdução de uma nova vacina, eventos adversos inesperados podem ser identificados a partir da farmacovigilância efetiva,” diz. Por isso, foi reforçado o cuidado para a correta identificação de reações graves. “Se ocorrer algo, a equipe de saúde está preparada para reconhecer e atender aos usuários”, lembra.
Vale ressaltar que todas as demais vacinas disponíveis, incluindo as doses contra a covid-19, continuam à disposição normalmente, conforme preconizado pelo MS.
Repórter Brasília/*Com informações da Secretaria de Saúde