Repórter Brasília
Senadores Paulo Paim (PT), Luis Carlos Heinze (PP) e Hamilton Mourão (Republicanos). (Crédito: Site oficial do Senado)
O projeto de lei que cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, aprovado pela Câmara dos Deputados. A aprovação veio depois de intensa articulação política do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que buscava desde o fim de 2023 votar propostas da chamada “pauta verde”. Agora, o projeto chega ao Senado para avaliação dos senadores. A expectativa é que não enfrente resistências e seja aprovado. Veja a opinião dos senadores:
Compromisso com a transição energética
“Aguardaremos a chegada do projeto dos combustíveis do futuro ao Senado para uma compreensão mais aprofundada” avaliou o senador Paulo Paim (PT/RS), acrescentando: “contudo, uma análise rápida revela um compromisso com a transição energética e a implementação de medidas de descarbonizarão. O Brasil precisa buscar, cada vez mais, a promoção do crescimento e desenvolvimento sustentáveis”, pontuou.
Brasil já é referência mundial
“Toda iniciativa que traga real benefício para o Brasil é bem-vinda. Nosso País já é referência mundial na geração de energia limpa e o diesel verde chega para ajudar a diminuir, ainda mais, a emissão de carbono, além de contribuir com o setor AGRO, tão importante para a nossa economia”, disse ao Repórter Brasília, o senador Hamilton Mourão (Republicanos/RS).
Consumidor menos vulnerável
“A minha expectativa é ampliar o debate sobre o projeto no Senado e aprovar um texto equilibrado”, afirmou o senador Luis Carlos Heinze (PP/RS). Ele entende que “a iniciativa irá nos ajudar a expandir a produção de biodiesel. É bom para quem produz, para o meio ambiente e para o consumidor que fica menos vulnerável as oscilações do petróleo”, acentuou o senador progressista.
Será modificado, “mas passa”, diz Izalci
Izalci Lucas (Crédito: William Sant`Ana/ Divulgação)
O senador do Distrito Federal, Izalci Lucas, líder do PSDB, no Senado acredita que o projeto do “Combustível do Futuro”, passa no Senado. Ele alerta, entretanto, que haverá modificações, será alterado, melhorado”. O tucano afirmou que o tema foi discutido, na última reunião de líderes, quinta-feira (14), e vários senadores já
Se manifestaram querendo relatar, discutir, fazer audiência pública. Izalci Lucas destaca que o tema é muito importante e merece uma discussão profunda, mas não vê dificuldades para aprovação do projeto. É só melhorar mesmo”.
Brasil já tem estrutura
O senador acentuou que, agora, tem que regulamentar pois é o combustível do futuro. Citou o hidrogênio e o etanol que já tem condições de ser implantada o em todos os postos, pela estrutura que o pais já tem e ajuda muito”, concluiu o lidere dos PSDB, no Senado.
As senadoras Damaris Alves (Republicanos/DF) e Leila Barros (PDT/DF) não responderam os questionamentos feitos, através das assessorias, pelo Repórter Brasília até o fechamento da matéria.
Mobilidade Verde e Inovação
A proposta segue a lógica estabelecida pela Medida Provisória 1205/23, que instituiu o Programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) para apoiar a descarbonização dos veículos brasileiros, o desenvolvimento tecnológico e a competitividade global.
Consolidar vocação agro
Como já afirmou o relator na Câmara, Arnaldo Jardim, trata-se de um projeto estratégico para que o Brasil consolide sua vocação agro e aprofunde a conquista da matriz energética limpa e renovável, setor em que se destaca no resto do mundo.
Brasil pode ser exportador global
Os biocombustíveis podem criar uma cadeia de investimento para diferentes setores da economia brasileira. O País tem potencial para se tornar um exportador global de biocombustíveis avançados, como o bioquerosene e o biogás.
Investimentos em pesquisa
Para manter sua liderança global, o Brasil precisa continuar investindo em pesquisa, aprimorar as políticas públicas e promover a integração entre os diferentes setores envolvidos.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa
