Apesar do otimismo do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT/CE) de que o diálogo com o Congresso Nacional vai bem, o cenário ainda está nebuloso e, por enquanto, derrotas são anunciadas para irritação do Palácio do Planalto.
Pauta-bomba
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia a semana sob risco de enfrentar uma “pauta-bomba” no Congresso, que ameaça o governo nas últimas semanas. Apesar dos esforços, ainda não conseguiu chegar a um acordo com os dois principais comandantes do Legislativo: os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Eles controlam a pauta de votação no plenário das duas casas.
Deputados nervosos
Mais uma vez, o presidente Lula tem que entrar em campo, para assumir diretamente as negociações com o Parlamento, com deputados ainda bastante nervosos, com Lira publicamente rompido com o articulador político oficial do Planalto, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Despesas adicionais
Projetos em tramitação no Legislativo podem gerar despesas adicionais de R$ 70 bilhões aos cofres públicos apenas este ano. A maior parte viria de um projeto patrocinado por Rodrigo Pacheco, a chamada Proposta de Emenda Constitucional que concede a integrantes do Judiciário o direito de receber um bônus a cada cinco anos de trabalho, chamado de quinquênio.
Desespero do ministro
O pagamento desses valores aos magistrados e também para integrantes do Ministério Público está orçada em R$ 40 bilhões, um valor significativo para desespero do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, que garimpa recursos em todas as áreas.
Desafio do PP nas eleições municipais
O deputado Afonso Hamm (PP/RS) assume a presidência do Partido Progressista no Estado, “ dentro de uma gestão compartilhada”, que é um acordo onde o parlamentar ao longo dos três próximos anos, assume, em alguns momentos, o comando do partido.
Estimular candidaturas
O maior desafio, segundo disse ao Repórter Brasília, o deputado Afonso Hamm, é priorizar a organização das eleições municipais, estimulara as candidaturas à prefeito, vice-prefeito e vereadores. “ O grande objetivo é manter e ampliar os progressistas como maior partido do Rio Grande, que tem o maior número de vereadores, sete deputados estaduais, três federais, um senador, 145 prefeitos, quase esse mesmo número de vices -prefeitos, mais de 1200 vereadores”.
Capilaridade no “puxa e frouxa”
Afonso Hamm destaca que “ o partido tem muita capilaridade. Neste “puxa e aflouxa” aí, que entra e sai gente, nós tivemos um balanço positivo tanto de prefeitos como de vereadores, o Partido Progressista, não ficou menor, mesmo com essa pressão do PL”.
Região Metropolitana
O parlamentar quer que o PP eleja o maior número de vereadores, em todo o Estado, com uma ampliação maior em Porto Alegre e na Região Metropolitana, região que a gente sempre tem mais dificuldade. Com o agro, o PP é um partido que atua muito no interior”.
Sempre centro direita
Afonso Hamm garantiu que “o Partido Progressista é um partido de centro direita e continuará assim. Não tem como estar na esquerda. Sempre vai caminhar dentro de uma condição, de centro direita. Este é o caminho”, concluiu o progressista.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa