Deputada Caroline De Toni (Crédito: Bruno Spada, Câmara dos Deputados)
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) trabalharam rápido e controlam comissões importantes na Câmara. A deputada de Santa Catarina, Caroline De Toni, do PL, conhecida por suas posições radicais, assumiu a Comissão de Constituição e Justiça, uma das mais disputadas do Parlamento. Qualquer pauta do governo, certamente, terá obstáculos para ser aprovada. Já a Comissão de Educação ficou com o folclórico deputado Nikolas Ferreira (PL/MG), que não é especialista em educação, mas foi o deputado mais votado do país, com quase 1 milhão e meio de votos, um atuante nas redes sociais, considerado um expert da era digital.
Bancada da bala
A Comissão de Segurança Pública ficou com o deputado Alberto Fraga (PL/DF), membro atuante da bancada da bala. O pastor Eurico (PL/PE), da bancada evangélica, que atua intensamente com apresentação de vídeos, nas redes sociais, assumiu a Comissão de Seguridade e Família. Na opinião de especialistas, as pautas ideológicas estarão à frente das Comissões.
Cochilo pode sair caro
De extrema importância no Parlamento, é por lá que passam os projetos de lei, realizados os debates temáticos e também são convocados para dar explicações, os ministros de Estado e outras autoridades. Isso pode atrapalhar e muito, o processo legislativo.
Espaços decisivos
A bancada do Rio Grande do Sul está representada, por enquanto, nas Comissões já definidas, pelos deputados Lucas Redecker (PSDB), no comando da Comissão de Relações Exteriores e a deputada Daiana Santos (PCdoB), presidindo a Comissão de Direitos Humanos.
Novos presidentes
As comissões de Turismo; Minas e Energia; e de Defesa dos Direitos da Mulher foram instaladas, mas tiveram as eleições para a definição da presidência marcadas para quarta-feira (13). As demais comissões, ainda não tem data definida.
Imunização de crianças contra o Covid
Diante da “decisão unilateral” do Ministério da Saúde de incluir a vacinação para crianças de 6 meses a 5 anos no Programa Nacional de Imunização (PNI), o deputado federal Luiz Ovando (PL/MT), que é médico, vem realizando reuniões com especialistas, parlamentares e líderes do Congresso, discutindo e alertando para o risco de imunização de crianças contra o Covid. O congressista disse ao Repórter Brasília, que pediu para que o Parlamento tome medidas urgentes pois “as pessoas estão sendo cerciadas dos seus direitos sociais constitucionais estabelecidos através de bolsa, matrícula em escola e outros benefícios, porque os pais não querem vacinar seus filhos”.
Vacina que não protege
Luiz Ovando reclama que “o Brasil, atualmente, é o único país do mundo que obriga a vacinação contra Covid-19 na faixa etária de seis meses a cinco anos”. Segundo o deputado médico, ela tem causado transtornos, principalmente, nas crianças, adolescentes e jovens”.
Sustar decisão do governo
Projeto está sendo apresentado pelos deputados:
Dr. Frederico (PRD/MG), Delegado Paulo Bilynskj, Bia Kicis (PL/DF) e Julia Zanata (PL/SC), idealizado pelo deputado Luiz Ovando (PP/MS), com apoio do 2º vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcanti (PL/AL), que se for aprovado, “a decisão do governo vai ser sustada”.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa