Armas de fogo

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O Plenário da Câmara pode votar, nos próximos dias, projeto de lei do deputado Max Lemos (PDT/RJ) que proíbe pessoas acusadas de agressão e violência contra as mulheres de adquirirem armas de fogo e munições. A proibição se estende também ao porte de armas.

Críticas da bancada da bala

O projeto ganhou regime de urgência e pode ser votado diretamente no Plenário, sem passar pelas comissões permanentes da Câmara. O regime de urgência vem sendo criticado por parlamentares, principalmente da “bancada da bala”. O deputado Marcos Pollon (PL-MS) quer mudanças no projeto. Na opinião do parlamentar do Mato Grosso, “proibir a aquisição de armas de fogo é punição muito severa para ser aplicada antes de um processo judicial chegar ao fim”.

Medida aplicada a todos

A proposta estabelece que a medida será aplicada a qualquer pessoa que responda a inquérito ou processo por crimes de violência doméstica, agressão física, sexual ou psicológica contra uma mulher.

Restrições antes da condenação

Fernanda Melchionna (Crédito: Mario Agra, Câmara dos Deputados)

A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) defende a restrição ao acesso a armas de fogo a pessoas acusadas de agressão a mulheres, mesmo antes da condenação. A parlamentar argumentou que “é justamente na fase de inquérito, ou seja, entre a denúncia e a conclusão do processo, que muitas mulheres são mortas, daí a importância da medida”.

Feminicídios com arma de fogo

“Não dá para esperar a fase de finalização”, defende Fernanda Melchionna. Ela salienta que “tem que proibir sim a venda de armas de fogo para quem está respondendo por violência doméstica e familiar”. A congressista alerta que, “os feminicídios aumentaram no Brasil, e aumentaram com arma de fogo”, acentuou a congressista gaúcha.

Foro privilegiado

O Supremo Tribunal Federal (STF), retoma na quarta-feira (10 de abril), o julgamento virtual do processo que trata do foro privilegiado para políticos.

Regalia deve mudar

O foro por prerrogativa de função, durante muito tempo, era considerado uma regalia, tanto que ficou conhecido como foro privilegiado. A tramitação das denúncias era mais lenta e o recebimento exigia a avaliação de um colegiado. Políticos envolvidos em crimes buscavam um mandato para garantir a proteção.

Evitar o Supremo

Ao contrário do que era anteriormente, hoje a visão de deputados e senadores é oposta. Eles temem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os parlamentares se movimentam para aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), para mudar o sistema de foro no país. A proposta é de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Competência do Supremo

Na avaliação de Marlon Reis, advogado, jurista e um dos autores da lei da ficha limpa, “mesmo que se extinga o foro privilegiado, ou se rebaixa a sua aplicação para outras instâncias do poder judiciário, isso não resume o fato de que em outras circunstâncias, o Supremo já vinha reconhecendo a sua competência, mesmo em caso de término de mandato”, concluiu.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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