Após reunião, governadores criticam ações de combate às queimadas do governo federal

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que a gestão Lula não estava preparada para enfrentar a questão. Disse ainda que o Executivo estaria procrastinando as ações de combate aos incêndios.

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado  (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou as ações de combate às queimadas do governo federal. As declarações foram dadas após reunião do alto escalão da gestão Lula e 11 governadores, em Brasília, nesta quinta-feira (19).

Caiado afirmou que o governo federal não estava preparado para enfrentar os incêndios que atingem o país. Disse ainda que o Executivo estaria procrastinando as ações de enfrentamento e criticou a ausência do presidente Lula no encontro. O petista está em viagem ao estado do Maranhão.

Caiado também criticou o montante destinado ao combate das queimadas. Só ao estado de Goiás, por exemplo, foram destinados R$ 13 milhões.

“O governo federal não estava preparado para o que aconteceu. De repente, foi procrastinando e agora vai chegando ao final. Desde quando Brasília vai saber resolver um problema lá no Nordeste Goiano, ou no Pará, ou no Tocantins, ou em qualquer lugar do Brasil? Precisamos parar com essa bobagem. Brasília não sabe governar o país. Isso é uma ineficiência completa. Achar que de Brasília vai poder decidir o que é que vai fazer em cada estado? Meu amigo, isso aí, nós estamos cansados. Não deu conta de resolver Rio Grande do Sul, não vai dar conta de resolver o problema das queimadas”, afirmou.

Mauro Mendes (União Brasil), governador do Maranhão, também fez críticas ao governo federal. Ele afirmou que as ações e os planos que estão sendo elaborados pelo Palácio do Planalto só vão ter efeitos concretos e objetivos a partir do ano que vem.

“Os seus efeitos concretos e mais objetivos vão acontecer para o ano de 2025, porque todo mundo que conhece a administração pública sabe que se liberar, hoje, um recurso na conta de qualquer estado, dificilmente você consegue comprar veículos, comprar equipamento, alugar aeronaves para que, em 15 dias, tudo isso esteja funcionando. Mas, para 2025, eu tenho certeza que essa reunião poderá produzir bons resultados se nós tivermos efetividade na união dos esforços de governo federal, governo estadual e governos municipais”, disse.

Rui Costa estranha críticas

Questionado sobre as críticas, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que participou da reunião, disse que não houve nenhum mal-estar. Segundo ele, pelo contrário, houve um agradecimento unânime e elogios às medidas que foram anunciadas.

Rui Costa afirmou que há três meses o governo federal tem feito reunião com os estados. Na visão dele, as críticas são feitas pelos governadores que não estiveram nos encontros anteriores.

Sobre a ausência de Lula, Rui Costa afirmou que ligou diretamente para Caiado nesta quarta-feira (18), explicando que o presidente poderia estar em Brasília na sexta-feira (20) para fazer a reunião com os representantes dos estados. Mas, segundo o ministro, o governador de Goiás disse que não poderia participar porque só estaria em Brasília nesta quinta.

“Nós estamos há três meses fazendo reunião com os estados. Alguns governadores não vieram nas reuniões anteriores, mas eu participei. Esses que estão aqui, talvez estejam estranhando, achando que é essa a primeira. Nós já estamos há três meses com o comitê funcionando e reunindo. Eu acho estranho que nenhum deles disse isso lá. Eu liguei pessoalmente para ele [Caiado] para perguntar. O presidente disponibilizou a agenda para amanhã com os governadores. Ele foi um dos que disse que não podia estar amanhã na reunião, e que só podia estar hoje”, explicou.

Portal Repórter Brasília, Edgar Lisboa/CBN

 

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