Abigeato cresce e assusta fazendeiros na fronteira

Por Edgar Lisboa

Ilustração: Edgar Lisboa com recursos da Inteligência Artificial

O abigeato (roubo de gado), na fronteira do Brasil com o Uruguai, deixa a região cada vez mais perigosa.  Ladrões dos dois lados da fronteira estão provocando medo a produtores rurais que possuem propriedades, principalmente, em Santana do Livramento e toda a fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Pecuaristas se unem e utilizam tecnologia e até homens armados para proteger suas propriedades dos roubos e ameaças dos abigeatários. Legislações semelhantes às do Brasil, no Uruguai, Argentina e Paraguai, para o combate ao roubo de gado, é o que defende o autor da lei que criminaliza e tipifica o crime do abigeato, o deputado Afonso Hamm (PP/RS).

Segurança para o setor agropecuário

“O uso de tecnologia no combate ao abigeato precisa ser uma prioridade do Plano Safra. É crucial criar uma linha de crédito com condições especiais e implementar melhorias nas políticas públicas de segurança para o setor agropecuário”, afirmou o senador Luis Carlos Heinze.

Negligência do Estado

Para o senador progressista, “ o fato é que o problema tem sido negligenciado pelo Estado, resultando em prejuízos crescentes tanto nas fronteiras quanto nas demais regiões do país”, acentuou Heinze.

Legislação de fronteira

O deputado Afonso Hamm, propõe uma legislação de fronteira que permita uma atuação integrada das autoridades dos países que integram o Mercosul. Para o parlamentar, “com as devidas adequações, os países vizinhos poderiam implementar uma legislação similar para também fazer o controle, com mais rigidez e com resultados mais rápidos”.

A Lei é boa

O parlamentar explica que a Lei no Brasil, é boa, mas tem que ser aplicada na fronteira. “Às vezes o crime é cometido por abigeatários de outros países que vem roubar gado no Brasil, ou vice-versa”.

Delegacias especializadas

Deputado e pecuarista Afonso Hamm, em sua fazenda, em Bagé (Crédito: arquivo pessoal)

Afonso Hamm afirmou que, “o Rio Grande do Sul evoluiu muito na política de combate ao crime de abigeato e aos crimes rurais”. O deputado celebra que foram criadas e anunciadas, na Expointer, mais três delegacias de polícia especializada na repressão aos crimes rurais. A primeira já funciona ,em Bagé, “na minha região”, as outras serão criadas em Osório, Santa Mariza e Vacaria, se somando as já existentes  em Bagé, Alegrete, Camaquã e Santo Ângelo, comemora.

Segundo ele, “é uma política que está dando certo, do ponto de vista de ter delegacia especializada trabalhando com inteligência, para desarticular quadrilhas”.

Proposta para o Parlasul

Membro titular do Parlasul, o deputado Afonso Hamm pretende, após as eleições municipais, por sugestão dos produtores, pecuaristas e sindicatos da fronteira, propor oficialmente essa integração, um ponto novo. “A legislação sempre tem que ser aperfeiçoada”, diz.

Utilização de tecnologia

Outro ponto abordado pelo parlamentar gaúcho, é dar condições para que o combate ao abigeato seja realmente eficaz. Para isso, é necessário a utilização de tecnologia e outros meios de apoio. “Já disponibilizei viatura e drones, com emendas parlamentares. É uma forma também de alavancar recursos rapidamente para preparar a polícia”, assinalou. Outros parlamentares podem seguir o mesmo caminho.

Saúde Pública

Afonso Hamm destacou que, “se você reduzir o abigeato, vai ter um consumo de carne com procedência, com controle de saúde, uma garantia à saúde do consumidor”.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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