Indiciados pela tentativa de golpe

Bohn Gass (Crédito: Mário Agra, Câmara dos Deputados)

A Polícia Federal (PF) indiciou na última quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e mais 37 pessoas por uma tentativa de um golpe de Estado a fim de impedir a posse do presidente Lula da Silva, legitimamente eleito em 2022. O deputado Bohn Gass, do PT, do Rio Grande do Sul, se diz indignado, e fala “do submundo dos quartéis”.

Explicações à justiça

Muitos dos indiciados são ex-ocupantes de altos cargos da República durante o governo de Jair Bolsonaro. É o que mostra a investigação policial. Além de Bolsonaro, que seria o maior beneficiado de eventual sucesso do golpe, terão de se explicar à Justiça os generais da reserva Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que foram os principais assessores do então presidente no Palácio do Planalto.

Lição para o Brasil

O deputado Bohn Gass (PT/RS) disse ao Repórter Brasília: “A gente sabia que eles estavam aprontando, mas foi escancarada a farsa e o golpe que eles estavam tramando”. Segundo o parlamentar, “é muito bom que tudo seja elucidado; em segundo lugar, que sejam punidos. Em terceiro lugar, que isso sirva para uma lição para nós termos um exército no Brasil que faça segurança, e não que crie insegurança”.

Extrema direita nos quartéis

Para Bohn Gass, “o exército praticou golpes jamais vistos na história do Brasil. Então, a sua formação tem que ser questionada. A formação da extrema direita ativista nos quartéis, o golpe que essa gente patrocinou, os acampamentos que eles permitiram, toda esta onda de danos ou de golpe, ou de formação interna, que eles têm da extrema direita, que permitia inclusive os atos nos quartéis; tudo isso sempre foi trabalhado por eles, e eles tiveram no Bolsonaro alguém que permitiu e estimulou ter essa prática”.

Retomada do Poder

Na opinião de Bohn Gass, “sempre foram golpistas de direita, mas com Bolsonaro tiveram mais razão, e ele passou a ser o cara que estimulou isso porque ele teria interesse próprio de retomada do poder”.

Submundo dos quartéis

O deputado Bohn Gass critica os militares que, “ganhando altos salários, benefícios aqui e acolá, e nunca se pode mexer na previdência dessa gente.  O povo tem que conhecer o que é o submundo dos quartéis. Não é só picanha, whisky, e prótese peniana, além da compra de viagra. Esse é o submundo dos quartéis que se apresenta como dono para matar um presidente eleito pelo povo”.

Deputado indignado

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“Eu estou indignado vendo que o dinheiro do povo brasileiro que devia estar indo para o desenvolvimento do país, está indo para pessoas viverem bem às custas do povo e planejando golpe contra o povo. Isso é inaceitável”, acentuou Bohn Gass.

Ironia do senador

O congressista afirmou que o senador Flávio Bolsonaro “está fazendo ironia sobre o golpe andando de táxi. Ele tem que cobrar essa incompetência da turma dele, não de nós. Tem um irmão dele que achava que o Supremo ia ser fechado com um cabo e um jeep”, ironizou Bohn Gass.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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