Região administrativa deixou de ser uma ocupação irregular e passou a ter equipamentos de saúde, educação e socioassistenciais
Toda pessoa deve ter direito e acesso a moradia, água, luz, esgoto, lazer e equipamentos públicos. Se durante muitos anos esses serviços foram negligenciados à população do Sol Nascente/Pôr do Sol, o cenário mudou e tem se transformado desde 2019, quando o local virou oficialmente uma região administrativa. Os investimentos na cidade somam R$ 630 milhões, que se transformam, pouco a pouco, em infraestrutura e dignidade para os mais de 95 mil moradores.
O crescimento populacional deve ser levado em consideração para entender como o Sol Nascente virou o que é atualmente e suas carências, ao saltar de 7 mil habitantes no ano 2000 para quase 100 mil pessoas atualmente. Esse aumento vertiginoso demandou o acompanhamento com obras de infraestrutura, que ganharam ritmo acelerado nos últimos seis anos. Como resposta, este Governo do Distrito Federal (GDF) tem concentrado esforços nas obras de urbanização, com destaque para a pavimentação, drenagem e sinalização de ruas e avenidas.
“Nós não consideramos de uma maneira prática e real, o Sol Nascente como uma favela”, José Humberto Pires de Araújo, secretário de Governo
“Nós não consideramos de uma maneira prática e real, o Sol Nascente como uma favela. No passado pode ter sido, mas desde que o governador Ibaneis Rocha assumiu o governo, criou a Administração Regional, legitimou as pessoas ali dentro e trabalhou na regularização da área, tem implantando os equipamentos públicos necessários, fazendo as obras de infraestrutura que a cidade precisa”, afirma o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, ao rebater pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que classifica a cidade como a terceira maior favela do Brasil em extensão territorial.
Atualmente, 95% da população tem acesso a água potável e esgoto sanitário. A região conta com um Restaurante Comunitário com capacidade para servir 3,6 mil refeições diárias a um preço acessível – com apenas R$ 2 a população toma café da manhã, almoça e janta. A cidade também ganhou uma rodoviária para atender 20 mil pessoas.
No momento, estão em obras a construção de um campo de grama sintética, um Centro de Ensino Fundamental e uma unidade da Casa da Mulher Brasileira. Além disso, estão em fase de licitação e contratação a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a sede da região administrativa e o 42º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM).
“Temos 70% de toda infraestrutura implantada na cidade, 95% de rede de água e esgoto instalada, 100% de energia elétrica para abastecimento das residências. Nós temos escolas, hospitais, posto de saúde, rodoviária, temos o Centro Olímpico. Não consideramos mais como favela porque o Estado está lá, entrou com a infraestrutura, sabemos que ainda faltam equipamentos públicos, mas o GDF está empenhado em colocar isso à disposição da população”, pontua o secretário de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro.
Na área da educação, primordial para qualquer nação se desenvolver, este GDF entregou a primeira creche no Pôr do Sol (Cepi Jandaia), com capacidade para 188 crianças, e a primeira creche no Sol Nascente (Cepi Sarah Kubitschek), também com capacidade para 188 alunos. Além disso, foi inaugurada a Escola Classe JK, que atende 900 estudantes. Por meio da Agência de Desenvolvimento (Terracap), o GDF disponibilizou um terreno para a construção de uma unidade do Instituto Federal de Educação na região.
A cidade também é atendida na saúde com o Hospital Cidade do Sol e está em processo de construção da maior UPA do Distrito Federal, que irá reforçar a assistência médica local. A infraestrutura básica, como coleta de lixo e varrição de ruas, tem sido regularmente mantida, garantindo uma melhoria significativa na qualidade de vida dos moradores.
A cidade ainda é olhada com carinho pelo governo em um dos pontos que foram mais esquecidos desde o surgimento da ocupação irregular no local: a moradia. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) já entregou mais de 800 moradias, o que representa um lar para mais de 3,2 mil pessoas. Os apartamentos se dividem entre os empreendimentos Parque do Sol e Residencial Horizonte. Em outra frente, o GDF atua em ações voltadas para famílias de baixa renda em áreas de interesse social com a reforma de casas.
Esse conjunto de iniciativas tem gerado um impacto positivo, com 86% dos residentes afirmando que não têm intenção de deixar a cidade, conforme pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF).
Repórter Brasília/Agência Brasília